20 anos de Need For Speed: Underground | relembre aqui!

Com pouco menos de 30 anos de existência, a franquia Need for Speed passou por algumas mudanças, experimentações de diferentes estilos, mas acabou se estabelecendo como um jogo arcade de corrida urbano. E um dos títulos mais populares de toda a série é o Underground.

Need for Speed: Underground (2003) – Intro

Completando 20 anos de sua publicação em 17 de novembro. Need for Speed: Underground marcou uma época e ajudou a consolidar a receita definitiva da franquia.

Antes do lançamento do título, Need for Speed tinha uma proposta bastante diferente da conhecida hoje. Os primeiros jogos eram simuladores baseados em corridas com carros esportivos exóticos, como Ferraris e Lamborghinis, quase um “Gran Turismo Ocidental”. Mas esses já tinham alguns elementos que viriam a acompanhar toda a franquia; como perseguição policial e tráfego local em rodovias abertas e capacidade de destruição de elementos da pista (placas, por exemplo).

Mas após o lançamento do primeiro filme de Velozes & Furiosos (2001), e a crescente popularidade da cena de carros importados, fez com que a EA (Electronic Arts), publicadora, transformasse os ares do game, mudando de uma cena de carros desportivos com circuitos de A-para-B, para a da subcultura tuning e corridas de rua num ambiente urbano noturno. Basicamente, ela abriu mão de carros exóticos como Ferrari 550 Maranello, Lamborghini Murcielago e Porsche 911 para jogar luz em automóveis mundanos como os pacatos Nissan Sentra e Honda Civic, além de reavivar alguns sonhos de consumo dos jovens da época, como Toyota Supra e Mazda RX7. Assim surgiu a premissa de Need for Speed: Underground

Contudo, foi justamente essa mudança de veículos que trouxe encanto ao jogo, pois a inexistência de “supercarros” permitia que você transformasse o seu veículo em sua própria máquina de corrida. A ideia era focar-se nas melhorias mecânicas do carro. As opções incluíam, por exemplo, modificações no ABS, controle de tração e suspensão alterada, ou melhorias em certas partes como o motor e a caixa de transmissão. Mas sem sombra de dúvidas, a parte mais legal eram as alterações estéticas. Adesivos e luz de néon faziam parte da decoração das máquinas, assim como rodas, para-choques, capôs e aerofólios.

No jogo, você podia transformar um carro normal numa máquina de rua personalizada

Além disso, foi o primeiro jogo a trazer um enredo. Na história, o jogador é um novato que chega na cidade de Olympic City e precisa mostrar seu valor e ganhar uma reputação ao participar das corridas de rua locais. Nada muito elaborado ou arrastado, mas que ajudava na imersão de quem jogava. Além de contar uma trilha sonora sensacional, “Get Low” de Lil Jon & The East Side Boyz, virou hit da época. O setlist casava perfeitamente com a ideia de reproduzir o clima transgressor do longa estrelado por Vin Diesel.

Need for Speed: Underground reunia as opções de carreira e jogo individual.

As competições, realizadas nas ruas da cidade, incluíam circuito, disputa de arrancadas, corridas com obstáculos e outras variações, além do campeonato, que mescla os diferentes tipos de competições. No modo de campeonato, o jogador somava pontos conforme a sua posição ao final de cada corrida.

Enfim, mesmo depois de, praticamente, duas décadas e o comportamento “questionável” da EA, Need for Speed: Underground ainda continua sendo um dos títulos mais relevantes da série, sobrevivendo graças a quem tem seus jogos armazenados em seus PCs ou como cópias baratas de PS2 em barracas que ainda têm clientes cativos, além de ser justamente o primeiro jogo da chamada “era de ouro”, época em que a franquia era o carro-chefe da empresa, e que viria a atingir seu ápice com os games posteriores, como o icônico “Underground 2” e o badalado “Most Wanted”.

SIGA A NERDS DA GALÁXIA

Facebook Twitter Instagram YouTube Pinterest

Rodrigo Marques

Hello seres humanos! Meu nome é Rodrigo Marques (mas pode me chamar rodri), sou uma fusão de nerd, otaku, roqueiro e apaixonado por jogos de corrida ou, simplesmente, uma enciclopédia de coisas inúteis. Estudante universitário cursando jornalismo que sonha em fazer um filme/série