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The Flash não vale tanto hype? – Crítica Sem Spoilers

Em meio a elogios das primeiras impressões do filme e comentários super esperançosos de James Gunn, CO-Presidente da DC Studios ao lado de Peter Safran e roteirista de “Superman: Legacy”, que chegou a prometer que The Flash “é um dos melhores filmes de herói já feitos” e seu roteiro vai “reiniciar muitas coisas” no Universo DC, “The Flash” acumulou muito hype, algo que jamais imaginaríamos, visto os adiamentos do longa devido às grandes polêmicas de Ezra Miller e mudanças no comando da direção. Durante a produção, 3 diretores assumiram o filme: inicialmente, o cargo era de Rick Famuiywa (The Mandalorian), depois passado a Seth Gramahe-Smith (Orgulho e Preconceito e Zumbis) e, por fim, para Andy Muschietti (It – A Coisa).

Porém, tudo deu certo, e “The Flash” está mais que garantido nos cinemas brasileiros para o dia 15 de junho. Mas, bateu ainda aquela insegurança? Como se preparar para ver o grande filme da DC de 2023? A Nerds da Galáxia foi convidada pela Warner Bros. Discovery Brasil para ver antecipadamente o primeiro longa do Velocista Escarlate comandada por Miller e responderá todas as perguntas acima. Acompanhe!

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Cartaz de “The Flash”. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

NotaEstá é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência em assistir ao filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a sua dúvida de assistir ao filme ou não. Sempre priorize ver para estimular o trabalho dos realizadoresAs informações contidas na crítica já foram apresentadas em sinopses e trailers.

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Crítica sem spoiler de ‘The Flash’

Seguindo a longa temática do Multiverso, que reina o gênero de ação, ficção cinetífica e fantasia em Hollywood, “The Flash” traz uma abordagem muito interessante sobre o “pulo” entre outras realidades e apresenta um Barry Allen menos bobão comparado à “Liga da Justiça” de Joss Whedon. Heróis com uma grande capacidade intelectual e super-poderosos, apesar da idade, não devem apresentar um senso de idiotice, embora que uma certa “empolgação” do personagem sobre esse meio é bem-vinda, mas vocês entenderam. Tudo há um equilíbrio.

Um Barry mais sério é resultado de uma maior exploração do personagem. Toda a origem traumática do herói foi recaptulado – já que, como todos nós sabemos, o longa adapta o maior arco do Flash nos quadrinhos: O “Flashpoint” ou “Ponto de Ignição”, em tradução brasileira -, bem como todo o ar de dificuldade emocional, financeira e social que Allen passa ao longo do filme. Nesse quesito, Ezra Miller resgatou sua excelente carga dramática e cômica de “As Vantagens de Ser Invisível” (2012) e “Precisamos Falar Sobre Kevin” (2011), dando muito mais profundidade e maturidade em “The Flash”.

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Cena de “The Flash” (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Tocando ainda nos pontos positivos, “The Flash” apresenta uma boa fotografia e uma trilha épica que preenche as cenas de ação e aquelas com mais carga emocional. Seu roteiro nitidamente expressa uma inspiração a “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” por trabalhar a trama multiversal com elementos expecionais do polo do Flash, funcionando o andamento do filme na nostalgia dos retornos de Michael Keaton como Batman e outras aparições marcantes das fases mais antigas da DC nos cinemas. O plot do vilão foi bem desenvolvido, ainda que a velocidade da conclusão foi rápida – combinando com o grande poder do herói-protagonista.

“The Flash” funciona bem como um filme que rende risadas sinceras e momentos mais tensos, e cumpre o seu roteiro. No entanto, o filme foi longe de cumprir com o que prometia de “reiniciar o universo” – pelo menos significativamente -e não traz artimanhas mais surpreendentes com o que foi mostrado nos trailers. Assim, eu digo: “The Flash” seria um filme muito melhor se não tivessem revelado tanto nos trailers e teasers.

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Cena de “The Flash” (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Talvez se não revelassem as aparições de Zod (Michael Shannon) e de Supergirl (Sasha Calle), “The Flash” traria um maior apelo e seria mais instigante pela sua surpresa. Por falar na prima de Superman, a heroína foi uma grande decepção pessoal: por aparecer tanto nas campanhas publicitárias e até em pôsters, seu tempo de tela é mediano e sua importância foi totalmente anulada. Se não incluíssem a Supergirl, as ações de “The Flash” permaneceriam praticamente da mesma forma, com a narrativa da presença do General Zod sendo a única justificativa plausível para sua participação. E que fique registrado: Sasha Calle possui o porte adequado como Supergirl, sendo apenas um erro de roteiro, que custou muito caro em seu trabalho final.

Continuando com alguns empecilhos, o CGI de “The Flash” ficou também longe do esperado. Sei que escrevi, muito acima, que a fotografia está muito boa, mas vale ressaltar que são dois pontos bem diferentes no audiovisual. Uma envolve a angulação da câmera, qualidade de vídeo e movimentação; a outra fala mais de efeitos especiais, em si – para mim, o fator mais desgastante. Não há como dizer que é um detalhe bobo, afinal um filme de super-herói, obrigatoriamente, tem que protagonizar excelentes cenas de ação e efeitos especiais. No caso de Flash, que seu poder é a super-velocidade, basicamente fica muito complicado, por ter uma forte dependência do CGI.

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Cena de “The Flash” (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Em diversos momentos de ação – principalmente no começo para a metade do filme -, é visível a falta de recursos mais apropriados e uma atenção maior por parte dos profissionais de efeitos especiais – muitas vezes, sendo mais culpa dos diretores e dos produtores – nestas cenas, causando momentos “cringe”. Sabe aquela dor de barriga do tipo “ai, meu Deus”? Exatamente. Pelo que senti, foram somente em algumas cenas envolvendo a velocidade dos Flash’s. Desatenções e correrias bobas que implicaram fortemente na experiência, novamente repetindo: nos momentos mais importantes de todo o longa.

Por fim, as participações especiais de “The Flash” também não foram significativas. Só porque o nome é “participação”, não siginifica que o personagem deva aparecer cerca de 1 minuto, no máximo, de tela. Nas cenas finais, o negócio já começou a melhorar muito, com grandes momentos emotivos e referências muito legais.

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Cena de “The Flash” (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Conclusão

The Flash” é um filme mediano de super-heróis, que traz grande apelo nostálgico como grande recurso de atrair telespectadores para os cinemas. Porém, tal medida usada pela Warner Bros. Discovery foi pelas alturas, já que não deixou um final que demonstrava um “reset parcial” da DC como combinado, assim como está longe de ser “um dos melhores filmes de heróis já feitos”. Sua qualidade é boa e, até então, é o melhor filme da DC – atribuição que não é tão difícil de fazer, né? -, mas definitivamente não vale tanto o hype vindo dos fãs, já te adianto.

The Flash

5.5

O filme tem direção de Andy Muschietti e é estrelado por Ezra Miller, Michael Keaton, Bem Affleck e Sasha Calle, e promete trazer cenas de aventura baseadas livremente na HQ “Flashpoint”. Nessa aventura solo, Barry Allen, mais conhecido como The flash (Ezra Miller), volta no tempo para tentar evitar o assassinato de sua mãe e a condenação injusta de seu pai. O que ele não imaginava é que, depois de tudo, quando retorna ao presente, sua mãe ainda está viva e sua atitude e sua viagem ao passado afetaram o universo de forma catastrófica. Allen passa então a viajar por diversos mundos diferentes e, com a ajuda de versões de heróis que já conheceu, como batam, para evitar mais estragos no universo.

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