The Settlers: New Allies | REVIEW

Desenvolvido pela Ubisoft Düsseldorf, The Settlers: New Allies marca o retorno de uma icônica franquia de RTS que já estava adormecida há 13 anos, desde The Settlers 7: Paths to a Kingdom.

O novo jogo de The Settlers vem para fazer jus ao legado de 30 anos da franquia, e com alguns altos e baixos, ele até consegue, fisgando muito pela nostalgia dos fãs.

Mas nesse texto, irei lhe passar uma visão diferente; Uma visão de alguém que não é próximo do gênero RTS, e que nunca conseguiu ter interesse, até chegar The Settlers: New Allies.

Já de início, gostaria de agradecer à equipe da Ubisoft Brasil, por ter cedido uma key de review para o jogo na versão de PC, a única disponível até o momento.

A história de The Settlers: New Allies

De antemão, já aviso que The Settlers: New Allies não necessariamente me fisgou por sua história, que de início, é algo genérico, de fato.

A facção dos Elari acabam tendo boa parte de suas tropas eliminadas em uma invasão, fazendo então com que fossem forçados à evacuar com navios até uma outra região do oceano.

Desta forma, você acaba chegando em um ambiente hostil e desconhecido, onde você precisará pouco-a-pouco colonizá-lo, descobrindo tudo o que a nova ilha há por oferecer, todos os seus desafios, as suas culturas e é claro, os grandes embates que você terá em sua jornada.

O que vale destacar, é claro, que são três facções presentes no jogo: os Elari, os Maru e os Jorn. Cada uma dessas três facções possuem aparência única, estilo de jogo e uma história de fundo.

A curva de aprendizado

Embarcar em um RTS geralmente pode ser algo um pouco complicado, muito por culpa da sua complexidade e a quantidade de informações que são oferecidas para o jogador.

Em The Settlers: New Allies não chega a ser tão diferente, mas posso considerar que a curva de aprendizado não é tão íngreme quanto parece.

O tutorial do jogo é bem amplo e explicativo, visto que ele abrange todas as vertentes do jogo, que são:

• Gameplay básica
• Produção
• Engenheiros
• Logística
• Reforço
• Moradia
• Defesa
• Combate
• Pesquisa
• Comércio
• Prática

Sim, realmente são muitos tutoriais, e que levam ao menos uma hora de duração no total, fazendo com que você chegue na “hora do vamo ver” com todas as possibilidades e necessidades na ponta da língua.

Claro que não funciona bem assim, já que com a quantidade de informações, você pode acabar esquecendo um item ou outro, e bem, esse acabou sendo o meu caso.

Mas, é interessante saber que com o modo campanha tudo vai se expandindo de forma natural, pouco-a-pouco, fazendo com que você não sofra tanto, mas é claro, é sempre bom gerir bem suas economias e tropas.

Os modos de jogo

Em The Settlers: New Allies há três modos possíveis para serem jogados, sendo dois deles os pilares de toda a gameplay.

O modo escaramuça – que foi o segundo modo em que resolvi testar – permite que você enfrente outros jogadores online ou formar um grupo de 2,4 ou até 8 pessoas para jogar contra amigos.

No escaramuça, são 13 mapas no total para serem escolhidos, sendo cinco deles para 1×1, quatro para 2×2 e quatro para 4×4. Vale ressaltar que você também poderá jogar esse modo contra a IA.

Ainda no modo escaramuça você terá uma espécie de “terceiro modo de jogo”, o chamado Modo Massacre. No Modo Massacre você irá enfrentar um desafio especial para testar todos os seus limites.

Por último mas não menos importante, há o modo campanha. Na campanha você irá iniciar como parte da tribo Elari, mas dentre as 13 missões disponíveis, você poderá encontrar e jogar com as facções Maru e Jorn.

A estrutura de The Settlers

A estrutura de The Settlers é uma espécie de hierarquia. Um dia, todo mundo são simples carregadores, no outro, eles podem ser militares, engenheiros ou trabalhadores. Mas ainda assim, os carregadores são indispensáveis para o crescimento da sua tribo.

Dentre as tropas, você poderá ter Guerreiros, Guardiões, Patrulheiros, Balestras, Azavaias, Bersekers, Elementalista, Místicos, Ritualistas e Aventureiros.

Para chegar nas tais evoluções de tropas, você irá precisar ter diferentes estruturas de treinamento, sendo então o Pátio de Treinamento, Taberna Sombria, Santuário e Casa de Ofício. Como construir essas estruturas de treinamento? volte duas casinhas, busque os seus carregadores e inicie esse processo.

Além das tropas de diferentes “classes”, você também terá diferentes estruturas defensivas, sendo então as seguintes:

• Bastião: Habilidade de curar suas unidades
• Chamariz: Atrai as unidades inimigas e força-as à ataca-lo
• Torre: Ataca os inimigos dentro do alcance

Uma estrutura chamada “academia” também funciona como a clássica árvore de habilidades, disponibilizando três opções para você aprimorar: Proteção, Criação e Administração, Cidadãos/Engenharia.

No caso da terceira “linha” da árvore, você precisa escolher entre Cidadãos ou Engenharia. Para isso você precisará utilizar alguns recursos.

A jogabilidade

Como falei muito sobre a estrutura do jogo no tópico acima, não vou me aprofundar tanto na jogabilidade, mas de antemão já adianto que ela é MUITO prazerosa.

Você basicamente irá começar com poucos residentes, irá coletar recursos como madeira, pedra, carvão e muito mais. Criar residências para os novos moradores chegarem na ilha, caçar e pescar para manter os residentes alimentados e realizar esse ciclo infinitas vezes.

Conforme você vai crescendo a sua colônia, você pode ir adentrando nas regiões e ir descobrindo acampamentos de bandidos, outras facções e muito mais.

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A narrativa abraça o atual

Confesso que, de início, eu facilmente imaginava que The Settlers: New Allies me colocaria em uma grande enrascada: Uma história complexa e transmitida através de textos. Eu estava enganado!

A narrativa de New Allies abraça o atual, transformando os encontros chaves de cada missão em lindas cutscenes 3D, mostrando não mais em visão área, mas sim rosto a rosto de cada personagem.

Vale a pena jogar?

Eu nunca pensei que algum dia eu falaria isso de um jogo RTS, mas sim, vale muito a pena jogar. Curiosamente, The Settlers: New Allies também atiçou a minha curiosidade para ir atrás de outros jogos do gênero.

Curiosamente, a minha opinião não compactua com a da maioria dos jogadores, principalmente com os grandes fãs da série, mas como deixei claro no início, essa é a experiência pessoal de alguém que nunca nem encostou em algo do gênero.

Pontos negativos? Sim, há, mas são pouquíssimos e mais técnicos do que práticos, como o jogo não estar possibilitando eu sair da resolução Ultra-Wide para Wide.

Neste exato momento estou escrevendo e ansiando por mais The Settlers, quero explorar ainda mais as ilhas, travar batalhas contra outros jogadores ao redor do mundo e construir uma grande colônia.

The Settlers: New Allies está disponível para PC. Ainda em 2023 ganhará versões para PlayStation e Xbox.

Marcos Henrique

Colunista, Reviewer e Streamer da Nerds. Apaixonado por Jogos, Filmes e Séries, mais especificamente apaixonado por Assassin’s Creed e Harry Potter.

19 anos e um milagre aconteceu.

Twitter: @otaldomarcosh