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Hi-Fi Rush | REVIEW

Lançado na última quarta-feira (25) durante o Xbox Developer_Direct como um shadow-drop para o Xbox Game Pass, Hi-Fi RUSH pegou a todos de supetão.

Inúmeros rumores e vazamentos já davam indícios de que a Tango Gameworks, empresa de Shinji Mikami (criador das franquias Resident Evil e The Evil Within) estava produzindo um novo jogo.

Entretanto, pouco se sabia sobre, muito menos o fato de que ele seria anunciado e lançado já no mesmo dia, algo que ainda parece uma loucura.

O que é Hi-Fi RUSH?

Hi-Fi RUSH é um jogo de hack n slash rítmico de aventura, onde você controla um personagem chamado Chai, que foi em busca das indústrias Vandelay voluntariamente para ganhar um braço robótico.

Desde o início, Chai mostra muito de sua ingenuidade e seus sonhos, o principal deles: Ser uma estrela do rock.

Já na cena de apresentação podemos ver a sua proximidade com a música, onde o mesmo estava em um MP3 player, e foi daí que tudo começou.

A trama

Após um “problema na cirurgia”, Chai ficou com o seu MP3 Player preso ao seu corpo, fazendo com que agora, ele fosse como uma espécie de metrônomo.

Seu corpo respondia a intervalos rítmicos, assim como tudo ao seu redor.

Sendo então tratado como um defeito, Kale, o atual CEO das Indústrias Vandelay mandou caçar Chai, que então causou um alvoroço por todos os lugares que passava.

Jogabilidade

Ouvir que Hi-Fi RUSH é um jogo rítmico pode assustar bastante, principalmente tendo em vista que um dos mais recentes seja Metal: Hellsinger.

Entretanto, acho que uma boa forma de expressar esse jogo é que, Hi-Fi RUSH, é um casamento entre Crypt of the Necrodancer e Jet Set Radio.

A Tango buscou no fundo do baú tudo o que pouco vimos na indústria dos games, e poliu da melhor forma possível, deixando as coisas ainda mais convidativas para os novos jogadores.

Um exemplo disso, é que diferente de Crypt of the Necrodancer, onde até mesmo para movimentar o seu personagem você precisa utilizar o beat da trilha, em Hi-Fi é tudo muito mais simples.

O jogo é realmente um hack n slash de corpo e alma, onde você pode simplesmente sentar o dedo nos botões dos seus controles e fazer incríveis combos, ou então seguir o beat da incrível trilha sonora e realizar alguns batidões, ganhando pontos extras e derrotando mais rapidamente seus inimigos.

Tal como durante os parrys, que você pode apenas bloquear no exato momento do golpe, ou então acertar a todos os golpes fazendo uma defesa ritmada, para destruir seu inimigo rapidamente.

Trilha Sonora

Como falar de Hi-Fi RUSH sem citar sua trilha sonora, não é mesmo? Bem, eu acabei jogando todas as fases – faixas, como são chamadas aqui – do jogo com o modo streamer ativado.

Isto porque gravei o jogo inteiro para soltar em meu canal pessoal do YouTube, mas, curiosamente, aí vem um excelente ponto positivo.

Mesmo sem contar as músicas licenciadas pelo jogo, a trilha sonora casa completamente com tudo o que o jogo tem a oferecer. Tudo continua funcionando em plena harmonia, visto que há inúmeras músicas originais para o jogo.

Boss Fights

Meu deus, como eu queria falar sobre isso nessa review. Vi muitos que aderiram a ideia de testar o jogo, visto que está no Game Pass.

A maioria das pessoas falaram que “matei o primeiro boss, mas o jogo não me pegou”, e lamento te dizer, mas você perdeu uma experiência incrível.

Sem dúvida alguma, a melhor “boss battle inicial” de Hi-Fi RUSH é logo na segunda faixa, onde o boss tem três vidas, proporcionando diferentes batalhas em cada uma delas.

E isso vai melhorando conforme o jogo avança, trocando até mesmo a gameplay em momentos, fazendo referências a Street Fighter e Guitar Hero.

Localização

Ahhh a localização, mas que maravilha! Já é de praxe os últimos títulos da Bethesda serem totalmente localizados em Português do Brasil.

Entretanto, com Hi-Fi RUSH é diferente. Além do jogo ser legendado e dublado em Português do Brasil, ele possui talvez a melhor dublagem já feita nos games até hoje.

Muito disso é mérito do estúdio UniDub, do Wendel Bezerra, conhecido por dublar o personagem Bob Esponja nas animações, filmes e até mesmo no mais recente jogo da franquia, que também fizemos review em nosso site.

Vale a pena jogar?

Sempre há a falácia de que “se está no Xbox Game Pass, não custa nada testar”, mas definitivamente para Hi-Fi RUSH isso não funciona.

O jogo ficou no top 5 mais vendidos da Steam por dias, e isso não foi à toa.

Hi-Fi RUSH é mais do que um jogo que merece ser testado por uma ou duas horas, e muito menos um jogo que só vale a pena por estar em um serviço como o Game Pass.

Hi-Fi RUSH é uma das melhores coisas que joguei nos últimos anos, e não, não estou menosprezando jogos como God of War, Horizon Forbidden West, Elden Ring e muitos outros.

Na verdade, estou glorificando o que Hi-Fi RUSH é, e foi pra mim durante toda a jornada. É um dos poucos jogos que joguei em minha vida toda que conseguiu definitivamente tirar uma genuína risada.

Também foi um dos poucos jogos que fez com que, atualmente, eu voltasse a amar videogame. Acordasse pensando em Hi-Fi RUSH, e dormisse pensando ainda mais nele.

Esse é um jogo que vou guardar no meu coração, por tudo o que ele tem a oferecer mecanicamente, e narrativamente.

Não quero dar muitos spoilers, mas de forma resumida, esse jogo tem mais do que um pano de fundo, ele tem uma linda história de amizade, de compaixão e de confiança.

Surpreendentemente, eu tenho apenas um ponto negativo sobre minha jornada em Hi-Fi RUSH: Algumas fases você sente que acabam segurando um pouco o jogador com hordas de inimigos, fazendo-as durar um pouco mais que o necessário.

Entretanto, a variedade de inimigos presentes em cada uma, a utilização de seus companions e as defesas ritmadas, fazem com que ainda assim, a gameplay não seja maçante.

Definitivamente, esse, pra mim, é um dos melhores jogos de 2023, e digo isso com a maior facilidade do mundo.

Hi-Fi RUSH está disponível exclusivamente para Xbox Series X/S e PC.

Review realizada em uma cópia do Xbox Game Pass, rodando no Xbox Series S.

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Hi-Fi RUSH

10

Prós
  • Jogabilidade convidativa; Há a possibilidade de jogar mesmo fora de ritmo
  • Mesmo no modo streaming, a trilha sonora ainda harmoniza perfeitamente com o mundo
  • A localização do jogo é facilmente a melhor que já vi na indústria de games
  • A narrativa é mais do que um pano de fundo, passando uma linda mensagem para os jogadores
  • Mesmo após o fim da campanha principal, ainda há bastante conteúdo para aproveitar
  • Mesmo no Xbox Series S não há problemas de desempenho
  • A arte do jogo é impecavelmente linda, nas cenas in-games, nas cgs e nas artworks
Contras
  • Algumas fases parecem durar mais que o necessário

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