Grounded (PS5) | Review

Lançado inicialmente em acesso antecipado e tendo sua versão 1.0 lançada em setembro de 2022, Grounded agora chegou ao seu update final, a Edição Fully Yoked, uma das maiores atualizações do jogo que contempla também a chegada ao PlayStation 4 e PlayStation 5.

Grounded é desenvolvido pela Obsidian Entertainment, as brilhantes mentes por trás de Fallout: New Vegas, The Outer Worlds e Pentiment. Essa é a primeira vez que o estúdio se aventura em um jogo sandbox, mas sem deixar sua essência para trás.

Confira logo abaixo o nosso review de Grounded, que só foi possível devido ao apoio da Xbox Brasil.

Um jogo sandbox com narrativa da Obsidian

Em Grounded, o jogo inicia com o jornal noticiando que quatro crianças sumiram, e não se sabe o real paradeiro delas. Ao mesmo tempo, você e as três crianças foram misteriosamente reduzidas ao tamanho de uma formiga.

Com isso, você e seus amigos (ou apenas você) precisam explorar o vasto jardim de sua casa, recolhendo recursos, fabricando armas e armaduras e principalmente se protegendo das criaturas, para descobrir a verdade por trás desse acontecimento, e, claro, voltar ao tamanho normal.

Apesar de estarmos falando de um jogo de sobrevivência sandbox, tudo aqui é introduzido de forma bem orgânica, através de diálogos, documentos e até mesmo algumas cutscenes pontuais no decorrer do jogo.

Grounded possui o ápice da progressão sandbox

Já joguei alguns jogos de sobrevivência sandbox que estão disponíveis no mercado, mas muito provavelmente a progressão de Grounded é a melhor deles.

Você irá descobrir novas receitas sempre que colher novos itens e levá-los às estações de pesquisas que podem ser encontradas através da exploração do jardim. Fora a evolução do personagem através da coleta de ciência, missões do BURG.L e dos molares de leite.

A exploração também acaba sendo crucial na progressão do jogo. Mesmo que você esteja indo ao contrário do seu objetivo, novos insetos e recursos estarão presentes, permitindo que você os use para armas e armaduras diferentes, que permitem que você acesse locais diferentes como as profundezas, a área com gás tóxico e mais.

A experiência cooperativa é bem interessante

A experiência cooperativa de Grounded foi algo que me chamou bastante atenção. Cada vez que você entrar em uma nova sessão, você poderá escolher entre as quatro crianças.

De início, você acha aquilo um pouco estranho, já que não há uma personalização de personagem e sequer elas possuem alguma diferença na gameplay, mas é legal ver como elas comportam na narrativa.

Enquanto você faz as ações pelo mundo, interage com os inimigos e leem documentos ou assistem cutscenes de história, os personagens conversam entre si, debatendo aquele ocorrido.

É algo que pode ser um pouco bobo para alguns, principalmente pelo fato de isso não ser muito comum no gênero, mas adiciona uma camada a mais na narrativa do jogo, inclusive, passando a vibe Obsidian para o jogo.

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Nenhum lugar é seguro e esse é o terror de Grounded

Todo jogo de sobrevivência possui aquele momento onde a tensão é transmitida para o jogador. Em Dying Light você encontra zumbis mais poderosos, Minecraft coloca aranhas, esqueletos e creepers em seu caminho, V Rising faz a sua gameplay ser insanamente mais difícil durante o dia, e Grounded não deixa a desejar nesse quesito.

Grounded consegue fazer um equilíbrio entre o medo e a dificuldade em qualquer um dos horários do dia. Durante o dia a maioria das aranhas estão dormindo, o que pode facilitar sua travessia, mas há outros insetos gigantescos que rondam por esse horário.

Se não for na terra, há também grandes peixes no fundo do lago, que ao te avistarem não hesitarão em te engolir por inteiro. Caso você decida inverter os horários, a dificuldade de visibilidade (caso não haja uma tocha) e a frequência que você encontrará os insetos (muitos deles diferentes) será ainda maior.

Prefere ficar em casa para ficar protegido? Nada disso. A chance de um percevejo ou qualquer outro inseto destruir a sua casa é extremamente grande. Inclusive, me aconteceu algumas vezes.

Como está o jogo no PlayStation?

Depois de jogar boas horas no PlayStation, eu definitivamente posso ter o meu veredito de como está o porte na versão do console da Sony.

Particularmente eu acredito que o DualSense não foi bem utilizado. Não há nada nesse jogo que faça com que o DualSense seja mágico, ou pelo menos funcional.

Em relação ao desempenho, é um jogo que está bem bonito e possui os 60fps de frame rate, mas ele não é estável à todo momento. Com uma certa frequência você deve enfrentar quedas de frames, mas que rapidamente estabilizam.

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Vale a pena jogar Grounded?

Grounded é um jogo que possivelmente consegue fisgar jogadores de muitos gêneros diferentes. Jogadores que gostam de boas experiências cooperativas, boas histórias e um bom jogo de sobrevivência, irá se encontrar no jardim.

Minha experiência com o jogo foi divertida, tensa e principalmente que desenvolveu muito o fator cooperativo e permitiu que eu colocasse a conversa em dia. Não hesite em jogar Grounded, independente da plataforma que você estiver, é um excelente jogo e uma joia rara dentro do gênero.

Grounded já está disponível para PC, PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series e Nintendo Switch.

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Marcos Henrique

Colunista, Reviewer e Streamer da Nerds. Apaixonado por Jogos, Filmes e Séries, mais especificamente apaixonado por Assassin’s Creed e Harry Potter.

19 anos e um milagre aconteceu.

Twitter: @otaldomarcosh