A Casa do Dragão: Primeiras Impressões
Game of Thrones foi um grande fenômeno da televisão, conquistando uma audiência mundial gigantesca, batendo recordes e vencendo prêmios. A série era ponto de debate entre espectadores dos cantos mais variados do planeta, todos esperando ansiosamente o próximo domingo com um episódio novo, ou a próxima temporada no ano seguinte.
Com isso, não demoraria para a HBO explorar novas vertentes das histórias escritas por George R.R. Martin. Muitos projetos estão sendo criados e desenvolvidos, como uma série focada em Jon Snow, uma produção (incerta) sobre a Rebelião de Robert Baratheon, uma série de contos de O Cavaleiro dos Sete Reinos e a primeira história a receber o sinal verde para iniciar as produções foi a série focada na família Targaryen, chamada “A Casa do Dragão”, que estreou no domingo, dia 21 de agosto de 2022 e já tem muito o que falar! Confira abaixo as primeiras impressões sobre a série:
Nota: Esta matéria é as primeiras impressões sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência ao assistir à série. O texto consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a dúvida de assistir à série ou não.
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Episódio 1 (Os Herdeiros do Dragão):
O primeiro episódio serve para introduzir e contextualizar o espectador sobre tudo o que será “A Casa do Dragão”.
Como a série é ambientada 172 anos antes de Game of Thrones, é normal e esperado que apresentem o Westeros daquela época e quais famílias são responsáveis de cada um dos Sete Reinos; os Stark em Winterfell, os Martell em Dorne e os Targaryen em Porto Real, que está belíssima e muito mais viva que na série original, devendo ser o cenário primário de A Casa do Dragão, pois é onde residem a maioria os personagens principais.
O episódio também mostra quem são esses personagens principais e quais deverão ser as suas funções dentro da narrativa, como princesa Rhaenyra, carismática e corajosa, que está mais interessada em se aventurar e voar em seu dragão do que servir como uma dama da corte, Alicent Hightower, uma jovem fofa e atenciosa, mas que precisa se conformar com sua posição e as ambições de seu pai (o Mão do Rei), Daemon Targaryen, o mais enigmático e atraente com uma grande aura violenta, bem como sua ambição, e o atual, Rei Viserys I Targaryen, só que acredita poder agradar a todos e fazer o certo simultaneamente.
E, por fim, quais são os pontos de tensão da história, como a amizade (ou possível romance) de Rhaenyra e Alicent, a conturbada relação dos irmãos Viserys e Daemon, a grande ambição de Otto Hightower, ou mesmo, o ressentimento de Corlys Velaryon por sua esposa, Rhaenys Targaryen, ter sido deixada de lado na linha de sucessão. Tudo pode parecer pequeno agora, mas cada uma dessas tensões e intrigas tem o potencial de se tornar tão memoráveis quanto as da produção original.
Episódio 2 (O Princípe Canalha):
O segundo episódio de A Casa do Dragão trouxe o que Game of Thrones fazia de melhor: complexidade para seus personagens e muita intriga política!
Com um breve salto temporal de seis meses, o episódio foca em desenvolver seus personagens e mexer com algumas das dinâmicas apresentadas anteriormente. Se a amizade entre Rhaenyra e Alicent permanece forte, o luto de Viserys pela morte de Aemma e seu filho natimorto, as desavenças de Daemon com o restante da família crescem, assim como as ambições de Otto Hightower e Corlys Velaryon.
Tudo é completado por uma construção muitas vezes sutil, mas que os aprofunda sem precisar explicar demais, seja mostrando diferentes aspectos de cada personagem enquanto eles interagem entre eles, ou o que provoca reações como raiva e o que os acalma, bem como o que os motiva, o elenco principal da série se torna mais interessante e complexo.
Neste episódio é onde inicia a preparação do tabuleiro para o que vem aí, ampliando as intrigas, deixando-as cada vez mais complexas, sendo por meio de suas alianças ou dos óbvios conflitos que surgem. Após a morte da Rainha, Viserys é cobrado à se casar novamente e tentar ter um herdeiro homem, situação que Corlys e Otto tiram proveito. Daemon, se refugia para a Pedra do Dragão planejando algo grande e Rheanyra aprende mais sobre a vida na corte. Diferente das últimas temporada de Game of Thrones, a história de A Casa do Dragão se destaca por abordar a disputa por poder muito além de empunhar uma espada, e é este o foco neste momento da série.
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Inspiração:
A Casa do Dragão é baseada no livro “Fogo & Sangue” que, assim como a série, retrata a história da Casa Targaryen em Westeros, da Conquista de Aegon à regência de Aegon III. No entanto, o livro não se trata de um romance. Isso quer dizer que ele não é escrito como uma narrativa literária tradicional, como os livros da série principal de “As Crônicas de Gelo e Fogo“.
O livro é o que George R. R. Martin chama de “história imaginária”. O termo “história” é usado nessa expressão no sentido da disciplina que estuda eventos passados, e George a adjetiva como “imaginária” para esclarecer que não se trata da história real, mas sim de um universo inventado. Assim, Martin escreveu Fogo & Sangue emulando um livro de história real, como se fosse escrito por um personagem historiador de seu mundo ficcional.
Sinopse: A história de Fogo & Sangue começa com o lendário Aegon, o Conquistador, criador do Trono de Ferro, e segue narrando as gerações de Targaryen que lutaram para manter o assento, até a guerra civil que quase destruiu sua dinastia. O que realmente aconteceu durante a Dança dos Dragões?
Conclusão:
Como tudo o que eu disser de opinião sobre o primeiro episódio também servirá para o segundo, então desenvolverei isso aqui:
A série focada na família Targaryen acerta ao enfatizar fatores semelhantes aos que construíram o sucesso de Game of Thrones: uma intriga política complexa diante da disputa pelo trono, personagens cativantes, cenários bem montados, figurinos estilosos, belos efeitos visuais e tudo mais são de uma qualidade esperada da HBO, mas é necessário prestar atenção e ter um pouco mais de ousadia e planejamento para evitar que a série fique na mesmice e na sombra de sua antecessora.
Vale dizer que a série já tem sua segunda temporada garantida, graças a chegar no recorde de 2,6 milhões de espectadores na HBO e HBO Max, superando os 2,4 milhões da 2ª temporada de Euphoria no início deste ano.
E aí! Quem assistiu os dois primeiros episódios? O que acharam? Comentem!
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Olá, viajantes! Meu nome é Fabrizio Galluzzi. Assim como vocês, viajei para Westeros até uma Galáxia Muito, Muito Distante. Conheci os Heróis Mais Poderosos da Terra e os Grandes Deuses Nórdicos e Gregos. Porém, no meu tempo livre sou um simples aluno universitário do curso de Rádio e TV, que ama muito ir ao cinema.
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