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Death’s Door | REVIEW

Death’s Door é um jogo que pode ser classificado como um Souls Like de aventura, onde várias das soluções são os quebra-cabeças

Death’s Door tenta transpor ao jogador a única coisa que todos os humanos já pararam para pensar ao menos uma vez em todas as suas vidas, a morte. Em Death’s Door você é um jovem corvo que irá começar na profissão de ceifador, trabalhando para o Comitê dos Ceifadores, a sua tarefa principal é resgatar uma alma que não aceitou o seu destino, porém no caminho a sua alma é roubada e você precisa custe o que custar recuperá-la.

Os corvos são imortais em sua dimensão, porém no reino dos vivos eles são vulneráveis ao envelhecimento e a morte, não permitindo que eles voltem para casa de forma definitiva sem que terminem o seu trabalho. Death’s Door tem uma história bem enigmática e que talvez seja difícil de ser compreendida.

A história tem como pano de fundo a recuperação da alma que lhe foi roubada e do porque ela foi roubada, porém cada vez mais tudo se torna um mistério maior e te apresenta inúmeros personagens que enganaram a morte por séculos até fazer você entender qual é o real motivo do seu trabalho e porque ele é tão importante para a humanidade.

Death’s Door trás um visual simples mas arrojado, com uma paleta de cores desbotada que fazem você se sentir no além, em algum lugar que você nunca chegou antes que acompanhado de uma lenta e envolvente trilha sonora e sussurros que completam a atmosfera dos cenários.

Semelhanças com a série Souls podem ser notadas logo de início seja no combate onde podemos atacar, atacar forte, rolar ou usar uma espécie de “especial” que liberamos ao decorrer do jogo como o Arco, Bomba, Gancho e Fogo, ou então pelo sistema de aprimoramento do Corvo onde podemos aprimorar sua Força, Magia, Destreza ou Velocidade usando uma espécie de “almas” que obtemos ao derrotar os inimigos.

O ataque a distância é feito através dessa espécie de “especial”, onde o jogo te limita a 4 tiros de Arco, Bomba ou Magia de Fogo, porém esses tiros podem ser recarregados de uma maneira bem prática mas que dependendo do inimigo pode ser uma grande dificuldade, atacando os inimigos corpo a corpo. Cada ataque corpo a corpo que você acertar em qualquer inimigo ou em pouquíssimos objetos específicos do cenário você irá ganhar mais um tiro, dando 4 ataques você poderá recuperar seus 4 tiros novamente.

De início o seu Corvo tem 4 riscos de vida, que fazem com que você consiga levar apenas 4 ataques até morrer, porém há alguns santuários que oferecem um fragmento de cristal de vitalidade, ao coletar 4 desses fragmentos o seu corpo irá expandir o limite da vitalidade, o maior problema é que para achar esses santuários talvez não seja tão fácil, e você terá que explorar bastante.

Death’s Door usa e abusa dos quebra-cabeças mas de uma forma inteligente e nem um pouco cansativa, em um momento do jogo isso foi tão bem utilizado que eu fiquei algum tempo na sala tentando descobrir o que fazer, até perceber no reflexo do chão que havia alguns itens e uma porta não presente no cenário, ao destruir esses itens a porta se abriu e eu pude passar. Por mais que o jogo tenha gráficos que não exigem tanto de seu computador, ele usa e abusa dos reflexos, muita das vezes lembrando até um pouco o que o Ray Tracing faz, e isso é muito inteligente principalmente para um jogo indie.

Toda essa história de jogo com paleta de cores desbotadas, assuntos sobre a morte e roubar almas podem fazer com que Death’s Door seja um jogo triste e que vá te pegar emocionalmente, mas muito pelo contrário, ele é contagiante pela aventura que irá te proporcionar e dos momentos de humores que podem ser encontrados durante sua jornada através de NPCs com que você vai poder conversar.

Death’s Door é um jogo muito mais barato do que deveria ser, podemos realmente perceber que eles tiveram um carinho ao desenvolver seu universo e tudo o que está presente no jogo. Esse foi um dos poucos jogos que eu realmente acordava empolgado para poder joga-lo e entender o que a história estava escondendo de mim, por mais que o jogo tenha algumas semelhanças do Souls Like, ele é um jogo feito para todos. Ele apenas pega o melhor desses jogos e deixa tudo de uma maneira mais simples para fácil entendimento do jogador, deixando também a dificuldade muito mais tranquila para você conseguir aproveitar ao máximo essa aventura.

Death’s Door é um jogo que me surpreendeu muito positivamente e eu tenho certeza que no final do ano estará na lista de um dos melhores indies do ano de 2021, é uma compra obrigatória para todos os amantes dos jogos indies, principalmente pelo seu baixo valor e pelo carinho que a Acid Nerve teve com esse jogo ao proporcionar uma aventura magnífica para os jogadores.

Death’s Door já está disponível para Xbox One, Xbox Series X e PC através do STEAM. / A review foi realizada através do PC

*Key cedida gratuitamente para review pela Devolver Digital

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