NYAD (2023) | Drama biográfico com Annette Bening e Jodie Foster conquista com uma boa jornada de superação física e mental
Diana Winslow Sneed (conhecida como Diana Nyad) é uma jornalista e nadadora de longa distância estadunidense que ganhou atenção em 1975, quando nadou ao redor da ilha de Manhattan, Nova York, em tempo recorde, e em 1979, quando nadou das Bahamas até Flórida. Porém, após 35 anos e quatro tentativas fracassadas, Nyad conseguiu completar o seu maior feito: uma travessia sem a proteção de uma gaiola de tubarão do Estreito da Flórida (Cuba até Flórida).
Apesar de suas realizações como nadadora, Diana Nyad atrai críticas constantes entre outros nadadores e especialistas há décadas, com afirmações sobre ela ter exagerado e deturpado detalhes que cercam sua vida e suas conquistas, além de espalhar mentiras descaradas sobre diversos assuntos. Como uma celebridade que experimentou os holofotes da fama em termos opostos de adoração e intenso escrutínio, ela continua sendo uma figura polarizadora e continua a atrair controvérsia.
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Com isso, os diretores Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin (“Free Solo“), levam os espectadores aos eventos sobre o Estreito da Flórida em “NYAD”, seu primeiro drama biográfico sobre tenacidade, amizade e triunfo do espírito humano de uma jornada de superação física e mental, estrelado por Annette Bening (“Beleza Americana“) e Jodie Foster (“O Silêncio dos Inocentes“), que estreou nos cinemas na última quinta-feira (19 de outubro) e permanecerá algumas semanas em exibição nas telonas, chegando depois ao catálogo da Netflix no dia 03 de novembro. Será que o resultado é positivo? Confira na crítica abaixo:
Nota: Está é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência ao assistir ao filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta e/ou uma resposta definitiva para a sua dúvida sobre assistir ou não à obra. Sempre priorize ver para estimular o trabalho dos realizadores e desenvolver sua formação de opinião. As informações contidas na crítica já foram apresentadas em sinopses e trailers.
Conforme a sinopse, “NYAD” narra um momento importante da carreira da nadadora Diana Nyad, que aos 64 anos, desafiou as probabilidades de completar uma viagem de 161 km em 53 horas, de Cuba à Flórida em pleno alto mar. Auxiliada por sua melhor amiga e uma equipe de 35 apoiadores dedicados, ela pretende nadar em águas infestadas de tubarões e águas-vivas venenosas para conquistar o tal feito.
Eu gostaria de deixar claro que não irei abordar ou questionar a veracidade dos fatos na história, pois uma das primeiras informações liberadas a respeito de “NYAD” foi a de que o longa seria uma adaptação de “Find a Way”, a autobiografia de Diana Nyad. O que posso afirmar ter sido uma ótima decisão, tornando-se capaz de criar uma sensação mais pessoal e uma ligação mais profunda com o público para tentar trazer novidades nessa história. Afinal de contas, o que assistimos aqui é mais um filme de superação por meio do esporte, como “Rocky – Um Lutador“, “Um Sonho Possível” e por aí vai. Essa história está sendo acompanhada por grandes desafios ao contar algo que já vimos inúmeras vezes.
Os atores do elenco estão bem em seus respectivos papéis em “NYAD”. Todos conseguem transmitir, seja individualmente ou em conjunto, carisma, afeto, empatia e outras emoções ou sentimentos, com destaque para Annette Bening como a Diana Nyad, Jodie Foster sendo Bonnie Stoll e Rhys Ifans interpretando o John Bartlett que realmente entenderam o que as personagens precisam ser para essa história, sendo a melhor parte do filme (e até prevejo indicações aos grandes prêmios do cinema para Bening e Foster). O filme consegue apresentar uma protagonista marcante e personagens secundários bem interessantes, tendo com uma química e sinergia agradável entre si.
A Netflix chamou os documentaristas Elizabeth Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin para comandar “NYAD” e felizmente, eles entregam uma direção capaz de criar cenas visualmente impressionantes em meio a uma direção de fotografia brilhante de Claudio Miranda (“Top Gun: Maverick“) e pela edição competente de Christopher Tellefsen (“Um Lugar Silencioso“) que utilizam ângulos e movimentos de câmeras inventivos e energéticos que, infelizmente, não se harmonizam com a narrativa. Porém, o que prejudica é a trilha sonora nada evolvente composta por Alexandre Desplat (responsável por “Asteroid City“).
Para imaginar uma história circunstancial em torno dos eventos no Estreito da Flórida através do olhar de Diana Nyad, a roteirista Julia Cox (novata em longa-metragens) adaptou o livro escrito por Nyad com uma linguagem bem pessoal e nada original. O que foi uma jogada arriscada, pois permitiu “NYAD” contar uma boa jornada de superação sobre tenacidade, amizade e triunfo do espírito humano muito solar, de cores vivas e cheio de boas energias, mas que não consegue criar um verdadeiro impacto em momentos dramáticos. Isso sem mencionar que a história costuma tomar rumos facilitados com soluções que podem estar no livro, entretanto estão faltando no filme e acabaram se tornando meros “Deus Ex-Machina“, além de sequências subdesenvolvidas.
Não tem como negar que “NYAD”, novo filme da Netflix (que com certeza concorrerá ao Carequinha de Ouro e outros prêmios), é um bom filme, tanto para os admiradores do gênero quanto para aqueles que vão assisti-lo somente por puro entretenimento. E por mais que não seja perfeito, – falha ao não consegue criar um verdadeiro impacto em momentos dramáticos, além de usufruir de Deus Ex-Machina e sequências subdesenvolvidas, ele se beneficia com a direção impressionante dos documentaristas Chai Vasarhelyi e Chin além de belas atuações de Bening e Foster que tem uma sinergia tão atraente que permite o roteiro Cox fluir em uma boa jornada de superação sobre tenacidade, amizade e triunfo do espírito humano.
“NYAD” estreou nos cinemas na última quinta-feira, 19 de outubro, e permanecerá algumas semanas em exibição nas telonas, chegando depois ao catálogo da Netflix no dia 03 de novembro. Caso você já tenha assistido, comente a sua opinião sobre o filme.
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Olá, viajantes! Meu nome é Fabrizio Galluzzi. Assim como vocês, viajei para Westeros até uma Galáxia Muito, Muito Distante. Conheci os Heróis Mais Poderosos da Terra e os Grandes Deuses Nórdicos e Gregos. Porém, no meu tempo livre sou um simples aluno universitário do curso de Rádio e TV, que ama muito ir ao cinema.
NYAD
“NYAD” narra um momento importante da carreira da nadadora Diana Nyad, que aos 64 anos, desafiou as probabilidades de completar uma viagem de 161 km em 53 horas, de Cuba à Flórida em pleno alto mar. Auxiliada por sua melhor amiga e uma equipe de 35 apoiadores dedicados, ela pretende nadar em águas infestadas de tubarões e águas-vivas venenosas para conquistar o tal feito.