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Uncharted: Legacy of Thieves Collection | REVIEW

Uncharted: Legacy of Thieves Collection, lançado a pouco tempo atrás, se trata de uma coletânea que inclui o quarto jogo da franquia (Uncharted 4: A Thief’s End) e a sua DLC standalone (Uncharted: The Lost Legacy) com algumas atualizações técnicas como a possibilidade de jogar com resoluções maiores ou com uma taxa de quadros que vai até incríveis 120 fps. Antes de falarmos sobre essa nova coletânea em si, vamos adentrar um pouco mais nos dois jogos individualmente.

A Thief’s End

Uncharted 4: A Thief’s End é um jogo de ação e aventura desenvolvido pela Naughty Dog e publicado pela PlayStation. Lançado no dia 10 de maio de 2016, o quarto capítulo da franquia foi um marco para os jogos de console por sua qualidade inquestionável. Até aquele momento, não existia nada semelhante no mundo dos games, principalmente se levarmos em consideração os jogos que tínhamos disponível para consoles.

É considerado até hoje um dos melhores jogos disponíveis para PlayStation o que ocasionou em uma enorme quantidade de prêmios ao redor do mundo (com exceção daquele que foi tirado dele injustamente). A sua qualidade gráfica era tanta que até hoje, 6 anos depois, seus gráficos continuam acima da média. Assim como os gráficos, a história também teve um salto importante na qualidade, muito por ser o primeiro jogo da franquia a ter o envolvimento do diretor e roteirista Neil Druckmann.

Anos antes dos eventos de Uncharted: Drake’s Fortune, Nathan Drake (protagonista) e Sam (irmão do Drake) procuram pelo tesouro perdido do famoso pirata Henry Avery, que saqueou em 1695 o equivalente a quatrocentos milhões de dólares no assalto do navio mongol Gunsway. Os irmãos, ao lado de Rafe, infiltram-se em uma cadeia panamenha com o objetivo de acessar a antiga cela do imediato de Avery, onde Nate descobre uma imagem oca de São Dismas. Rafe mata impulsivamente um guarda da prisão quando este exige uma parte do tesouro em troca de deixá-los irem embora, iniciando uma fuga frenética em que Sam é baleado pelos guardas e Rafe e Nate fogem acreditando que Sam foi morto.

Quinze anos depois, Nate está aposentado e vivendo com Elena, porém sente falta da agitação e aventuras de sua antiga vida. Ele é visitado por Sam, que sobreviveu e passou os últimos anos preso. Ele explica que o chefão das drogas Hector Alcazar exigiu que Sam encontre o tesouro de Avery ou seja morto. Nate reluta em retornar para a vida de aventuras, porém aceita ajudar o irmão e mente para Elena dizendo que aceitou um trabalho em outro país. Os Drake, ajudados por Sully, conseguem roubar outra imagem de São Dismas de um leilão ilegal na Itália, o que os faz entrar em conflito com Nadine e Rafe, que ainda está procurando o tesouro de Avery.

A história segue em diante e nos proporciona cenas de ação explosivas e de tirar o fôlego que fazem os filmes de ação hollywoodianos ficarem no chinelo. A história termina com um encerramento digno para a franquia, mas ainda tinham história a ser contadas, e é aí que chegamos a…

The Lost Legacy

Pouco mais de um ano depois, em agosto de 2017, a Naughty Dog disponibilizou para o público uma nova DLC do Uncharted 4, chamada de Lost Legacy. O objetivo do estúdio era fazer um novo conteúdo com uma das personagens importantes da franquia, porém, com uma grande ambição, o conteúdo adicional ficou grande demais a ponto de ser vendido como um standalone, um conteúdo que se sustenta por si mesmo.

Apesar de não ter nenhuma evolução grande em termos de mecânicas, Lost Legacy foi uma grande surpresa por ser tão bom, até melhor na opinião de algumas pessoas, quanto o jogo original. Agora o jogo tira o foco do Nathan Drake, protagonista de todos os jogos anteriores e coloca o foco em Chloe Frazer, assim como em Nadine, personagem introduzida no quarto capítulo da série.

Por incrível que pareça. Esse standalone parecia ser ainda mais bonito que o jogo principal, talvez pela sua temática. E ele foi responsável por introduzir um mapa mais aberto, algo que vimos ser incrementado em The Last of Us Part 2. O jogo continuou entregando as set-pieces incríveis que vimos no jogo anterior e entregando visual que eram de tirar o fôlego. Além disso, também não decepcionava na história.

Na Índia, a caçadora de tesouros Chloe Frazer procura pela lendária Presa de Ganexa. Este era o filho do deus hindu Xiva que perdeu sua presa enquanto defendia o templo de seu pai. O próprio pai de Chloe fora morto por bandidos enquanto procurava pela presa. Ela se infiltra em território de insurgentes indianos e se encontra com a mercenária Nadine Ross. As duas conseguem entrar no escritório de Asav, o líder dos insurgentes que deseja usar a presa para levar a Índia para uma guerra civil. Chloe e Nadine roubam um mapa que afirma que a presa está escondida dentro do antigo território do Império Hoysala, além de um disco antigo que serve como chave.

As duas rumam para os Gates Ocidentais e seguem as pistas de várias torres adornadas com armas hindus: o tridente de Ganexa, o arco de Xiva e o machado de Paraxurama, que foi usado para remover a presa.Chloe e Nadine encontram a cidade antiga de Halebidu, uma das capitais dos hoysala, que fora capturada pelos persas. Elas percebem que o último rei dos hoysala deixou uma trilha falsa a fim de enganar invasores e que a presa está na verdade em Belur, sua antiga capital. As duas acabam emboscadas pelas forças de Asav e perdem o disco. Nadine descobre que seu antigo adversário Samuel “Sam” Drake é o especialista liderando as investigações de Asav. Chloe revela que ela estava trabalhando com Sam antes dele desaparecer. Nadine fica furiosa e abandona Chloe, porém as duas mais tarde fazem as pazes.

Algo que foi muito interessante no jogo, que trouxe um sabor a mais para a história é essa relação estremecida entre a Chloe e a Nadine, assim como com o Sam também mais para frente no jogo. Ver a relação entre os personagens amadurecer conforme o decorrer da história acaba se tornando meio clichê, porém, nunca deixa de ser bom. E aí chegamos em 2022…

Legacy of Thieves Collection

Chagamos a nova geração com o lançamento do PlaySation 5 e Xbox Series S|X, e como foi costumeiro na entrada da geração do PS4 e ocorreu novamente, muitos dos jogos mais recentes da geração anterior foram relançados com algumas melhorias visuais e melhorias em hardware, principalmente relacionado às novas mecânicas presentes no novo controle do PlayStation, o Dualsense.

Ano passado vimos a chegada das Director’s Cut de Ghost of Tsushima e Death Stranding e nesse ano temos a Coleção Legado dos Ladrões, que inclui os jogos citados anteriormente (Uncharted 4 e Lost Legacy) com as melhorias citadas a pouco.

Modos de jogo

Para iniciar a conversa sobre essa nova coletânea, vamos falar um pouco sobre aquilo que está na moda hoje em dia, modos de jogo. Aqui nessa nova coleção temos três diferentes modos:

  • Modo Fidelidade: Para quem tem um monitor 4K e quer resolução muito alta acima de tudo para curtir os ambientes incríveis e os detalhes que fazem a série Uncharted famosa, selecione o Modo Fidelidade e jogue em resolução 4K nativa com uma meta de taxa de quadros de 30 fps.
  • Modo de Desempenho: O Modo de Desempenho tem a meta de alcançar 60 fps.
  • Modo de Desempenho+: Se você quer a jogabilidade mais fluida possível e não se importa com uma queda na resolução, experimente nosso novo Modo de Desempenho+ com uma meta de taxa de quadros de 120 fps em uma resolução de 1080p.

É bom deixar claro que para conseguir aproveitar de forma completa os modos com resolução nativa 4K assim como a alta taxa de atualização de quadros, é necessário possuir um monitor ou uma TV que suporte tais tecnologias.

Comparação entre versões do jogo

Temos essas melhorias descritas acima nesses diferentes modos, mas na prática isso faz diferença? Para checar se houve diferenças gráficas entre as versões originais do jogo e as versões remasterizadas, decidimos pegar e comparar algumas cenas lado a lado para checar se a diferença é perceptível.

Para deixar claro, a comparação foi feita utilizando as versões originais do PlayStation 4 base, comparadas com as versões mais recentes no modo fidelidade. Veja abaixo algumas das comparações realizadas:

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Recursos do PlayStation 5

Assim como temos a presença desses modos de jogo cada vez mais, os recursos disponíveis no PlayStation 5 estão presentes cada vez mais nos lançamentos que vemos, em especial os jogos da PlayStation Studios e não poderia ser diferente com esse novo jogo.

A primeira melhoria que percebemos rapidamente é a velocidade do carregamento, graças ao uso do SSD presente nos consoles de nova geração. O carregamento é quase instantâneo, levando de 2 a 3 segundos para carregar, enquanto as versões originais tinham um carregamento de mais ou menos 30 a 40 segundos.

Houve também uma boa melhoria, e muito bem-vinda, em relação ao som por conta no novo áudio 3D disponível no console por conta da implementação do Tempest3D. É possível aproveitar o Áudio em 3D Espacial para saber de onde estão vindo os tiros e mergulhar na atmosfera dos locais dos jogos. E hoje em dia, é possível aproveitar a função mesmo para aqueles que jogam utilizando o som da TV, não sendo mais obrigatório a utilização do fone de ouvido para utilizar a função.

Outra inclusão se trata da resposta tátil e dos gatilhos adaptáveis presentes no Dualsense. A inclusão dessas funções serve para nos manter ainda mais imersos no jogo, e trabalhando em conjunto com as funções de áudio, tornam a experiência mais agradável.

Upgrade entre versões

Uma das maiores polêmicas que vieram com esses relançamentos como as versões Director’s Cut foi a forma como poderíamos fazer o upgrade entre as versões. Isso quer dizer que, para aqueles que já tinham comprado os jogos anteriormente e quisessem fazer o upgrade para a versão mais atual, seja para utilizar as novas mecânicas do novo console ou para ter acesso aos conteúdos adicionais inclusos na nova versão, teriam que pagar por ela.

Assim que foi anunciado esses upgrades, com o Director’s Cut do Ghost of Tsushima, muitas pessoas foram contra devido ao alto valor que tinham que desembolsar para serem realizadas. Porém, com o Uncharted , a solução foi um pouco diferente e mais fácil de “engolir”.

Quem comprou Uncharted 4: A Thief’s End, Uncharted: The Lost Legacy ou o pacote digital UNCHARTED 4: A Thief’s End e UNCHARTED: The Lost Legacy terá a opção de pagar para fazer upgrade para a versão digital de UNCHARTED: Coleção Legado dos Ladrões. O upgrade ficou disponível a partir do lançamento em 28 de janeiro de 2022.

Proprietários de cópias em disco para PS4 precisarão inseri-las no PS5 sempre que quiserem jogar ou baixar as versões digitais para PS5. Proprietários do disco de jogo para PS4 que comprarem o console PS5 Edição Digital sem compartimento de disco não poderão adquirir a versão para PS5 com desconto. Assinantes PlayStation Plus que tiverem adquirido Uncharted 4: A Thief’s End por meio da assinatura PlayStation Plus não são elegíveis para o upgrade digital para o PS5.

Uma coisa que infelizmente ficou de fora desse relançamento são os modos multiplayer presentes no Uncharted 4. Jogar o multiplayer de Uncharted só será possível utilizando a versão de PS4, ou seja, não será possível utilizar das melhorias que temos no console de nova geração.

Conclusão

Bom, após tudo isso que foi falado acima, a conclusão que tiro é que para aqueles que não haviam jogado o jogo anteriormente, vão poder ter a melhor experiência possível agora. Graficamente, apesar de haver melhorias, é difícil vê-las pois o jogo mesmo na geração anterior tinha gráficos incríveis.

A forma de realizar o upgrade me agradou bastante pois, independente da versão que foi adquirida anteriormente, é possível atualizá-la por apenas 50 reais e ter acesso a todas as melhorias e até mesmo um jogo novo dependendo da versão. Mas como assim? Se você tiver adquirido apenas o jogo original ou apenas o standalone, pagando o upgrade, você receberá tanto o jogo que possui com as melhorias e ainda receberá o jogo que não foi adquirido anteriormente, novamente com as melhorias. Acredito que seja um upgrade justo.

E para aqueles que são adeptos do Master Race, pela primeira vez na franquia, teremos os jogos chegando para o PC. Ainda não temos uma data definida para isso, mas a previsão é de chegar ainda em 2022.

  • Desenvolvedora: Naughty Dogs
  • Plataforma: PlayStation 5
  • Plataforma de Teste: PlayStation 5
  • Data de Lançamento Inicial: 28 de Janeiro de 2022

*Key recebida gratuitamente para teste.

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Ucharted: Legacy of Thieves Collection

8.9

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