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“A Última Chamada” (2022) é mais um filme de terror na prateleira

No dia 1 de Setembro, “A Última Chamada”, filme do mesmo criador de “Premonição” – Timoth Woodward Jr -, chegará aos cinemas exclusivamente nas redes de cinema Cinemark. O elenco contém nomes como Lin Shaye, Tobin Bell, Chester Rushing, Erin Sanders, Mike Manning; nomes incomuns do cinema.

A sinopse de “A Última Chamada” consiste que, no outono de 1987, um grupo de amigos de uma pequena cidade deve sobreviver à noite na casa de um casal sinistro depois que uma mulher idosa, suspeita de ser uma bruxa, vem a falecer. Um grupo de amigos que a atormentava é forçado a ligar para um telefone instalado em seu caixão. Para seu horror, alguém do outro lado atende e mostra como o inferno realmente se parece.

Com atualmente estando em pré venda, nós da Nerds da Galáxia, fomos convidados pela Cinemark a assistir o filme com antecedência em sua cabine de imprensa. Confira abaixo nossa crítica:

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Pôster oficial do filme – Reprodução/Cinemark

Nota: Está é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência ao assistir o filme. A crítica consiste em uma opinião individual do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a dúvida de assistir ao filme ou não. Sempre priorize em ver para estimular o cinema.

“A Última Chamada” (2022) – Crítica

“A Última Chamada” é um filme que homenageia o gênero de terror, mas isso nao quer dizer que acrescente devidamente aos fãs.

O filme é baseado e desenhado em cima de diversos clichês e ‘normalizações’ dentro do terror, tentando inovar em sua narrativa – o que é compreensível, visto que há uma popularização mais crescente do terror e é um trabalho complexo criar algo criativo e único dentro do universo -, fator este que também não auxiilia no desenvolvimento da obra

No pouco mais de 1 hora e 30 minutos de duração, “A Última Chamada” conseguia prender o público, entretanto não é um feito tão marcante assim pelo curto tempo de minutagem. Diante de um público cada vez mais ativo e exigente, os elementos repetidos do filme “A Última Chamada” tornaram-o preguiçoso e genérico. É um filme de década, em uma cidade de interior em que todos querem sair de lá, os protagonistas são adolescentes com as mesmas personalidades – um descolado marrento e seu arauto, uma garota popular e um cara novo na cidade -, misticismo envolvendo bruxas e jumpscares com figuras deformadas recheados de sangue. O que muitos consideram o “básico” para qualquer filme do gênero.

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Cenas de “A Última Chamada” – imagem: Cinemark

Não somente os elementos idênticos de terror que provocaram um sentimento de um não- esforço do roteiro, mas também a falta de aprofundamento. Com exceção de seu final – que já adianto que foi inconclusivo -, “A Última Chamada” não chega a terminar com pontas soltas, entretanto seus nós são muito frouxos. Há uma única preocupação em apresentar os plots, e não explicá-los profundamente, resultando em uma comoção muito parcial e pequena do público, algo que vejo como uma ‘pena’, porque poderia ter gerado um grande impacto se fosse desenvolvido mais profundamente.

Um grande contestamento da afirmativa acima é o background dos personagens principais, que chegam a ser controvérsios com a personalidade que foi designada para eles no filme e pela expectativa que tínhamos em cima dos próprios protagonistas.

Chris (Chester Rushing), desde o começo, tinha algo ligado ao passado – sendo até o principal motivo que fez com que e sua mãe parassem na cidade enredo de “A Última Chamada”- que não foi um motivo tão forte assim para uma decisão tão brusca. Poderia ter sido uma ponta do iceberg? Sim, mas seu desenvolvimento foi limitante. Tonya (Erin Sanders) tinha um lado mais dramático e conectivo com a grande vilã do filme, tanto que o grande plot se determina a partir disso, todavia a revelação não condizia com o que a Tonya era em “A Última Chamada”.

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Cenas de “A Última Chamada” – imagem: Cinemark

Pelo menos os dois tiveram algumas espécies de camadas, enquanto Zack (Mike Manning) e Brett (Sloane Morgan Siegel), irmãos em “A Última Chamada”, ficaram como coadjuvantes, não tendo um papel de real destaque dentro da narrativa. Somado com o ‘fato de origem’ – uma cena da infância dos dois personagens -, nada mais foi mostrado dos dois personagens para os telespectadores, diminuindo drasticamente a importância de Zack e Brett ao longa e questionando o porquê de serem introduzidos e mantidos até o final.

Por fim, a montagem e os efeitos foram até que ótimos, condizente com uma proposta mais infernal. Em alguns momentos, houve uma aceleração de velocidade que atrapalhou a dinâmica mais horrorisada e tensa do filme. Também, algumas posições de câmeras foram muito bem úteis e deu um ‘charme’ para o filme “A Última Chamada”.

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Cenas de “A Última Chamada” – imagem: Cinemark

Conclusão

“A Última Chamada” não inova no gênero. Muito pelo contrário: usufrue de inúmeros clichês e elementos repetidos de filmes de terror da mesma maneira. Para cineastas fãs de jumpscares e da sensação que o gênero transmite, vai se decepcionar muito; enquanto o pessoal mais descompromissada com os sustos podem agradecer o filme – exatamente por não render tais momentos. O roteiro de Timoth Woodward Jr é extremamente fraco e cheio de incongruências pelo o que tínhamos, e sua direção igualmente não conseguiu salvar, com algumas tomadas de decisão precipitadas, semelhante como uma produção amadora. A atuação dos atores é bem mediano, sem captar emoções e transmitir um apreço, identificação e torcida do público.

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Cenas de “A Última Chamada” – imagem: Cinemark

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