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Besouro Azul (2023) – Novo filme da DC carrega diversão e representatividade latina para a jornada heroica de Jaime Reyes

Após o lançamento conturbado do filme sobre o Velocista Escarlate em junho, o Universo DC está prestes a voltar aos cinemas com “Besouro Azul”. E apesar de ser um herói muito clássico dos quadrinhos, com a primeira versão do Besouro Azul surgindo em 1939, este protagonista que estará nas telonas é relativamente novo, sendo criado há menos de 20 anos. O desenvolvimento de um longa-metragem para o personagem começou no final de 2018, quando Walter Hamada, antigo responsável pela DC, planejava lançar vários filmes de orçamento médio exclusivamente para o HBO Max.

Vídeo: “Besouro Azul” – (Divulgação: WBD).

Porém, inúmeras mudanças aconteceram na Warner Bros. durante os anos: a compra da Discovery; a criação da DC Studios (extinguindo a DC Films); a admissão de James Gunn e Peter Safran como novos gerenciadores desse Universo; cancelamentos e surgimento de projetos (R.I.P “Batgirl” e bem-vindo “Superman Legacy“) e claro, o longa protagonizado por Xolo Maridueña e pela nossa queridíssima Bruna Marquezine ganhou uma data de estreia nos cinemas, para ser preciso será nesta quinta-feira (17 de agosto de 2023). Será que o resultado é tão positivo que justifique a persistência da Warner Bros. Discovery e da DC Studios em lançar a história do Besouro Azul nas telonas? Confira a resposta abaixo:

Conforme a sinopse divulgada, “Besouro Azul” conta a história do jovem Jaime Reyes, que após se formar na faculdade se vê em uma busca por seu propósito no mundo – e um emprego -, até que o destino o surpreende ao colocar em seu caminho uma antiga relíquia alienígena, conhecida como Escaravelho, que escolhe Jaime para ser seu hospedeiro simbiótico – o que lhe dá uma armadura superpoderosa e lhe garante poderes. O problema é que o item é de grande interesse da empresária Victoria Kord, que pretende recuperar o Escaravelho a qualquer custo, deixando a própria sobrinha Jenny Kord, e a família de Jaime em perigo.

NotaEstá é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência em assistir ao filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a sua dúvida de assistir ao filme ou não. Sempre priorize ver para estimular o trabalho dos realizadoresAs informações contidas na crítica já foram apresentadas em sinopses e trailers.

Uma das primeiras informações liberadas a respeito de “Besouro Azul” foi a de que o longa contaria a jornada de Jaime Reyes como Besouro Azul, mas especificamente como o terceiro personagem a assumir o manto do herói, e conseguindo expandir a mitologia em torno do protagonista e do Escaravelho, além de levar novos leitores e admiradores para as histórias do Besouro Azul. Ótima decisão para criar uma expectativa mais controlada no público e tentar trazer boas escolhas para o longa. Afinal de contas, o que assistimos neste aqui é a clássica jornada do herói que precisa encontrar um propósito no mundo. Ou seja, essa história está sendo acompanhada por grandes desafios ao contar algo que já vimos inúmeras vezes.

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Imagem: “Besouro Azul” – (Divulgação: WBD).

Ángel Manuel Soto (“Twelve”), o diretor escolhido para levar Jaime Reyes/Besouro Azul para as telonas, entrega alguns momentos de emoção e ação frenética em meio a cenas bem pensadas que conseguem compor sequências divertidas e de tirar o fôlego com a composição artística competente do diretor de fotografia Pawel Pogorzelski (“Midsommar: O Mal Não Espera a Noite”) e com a edição de Craig Alpert (“Deadpool 2”). A maioria das cenas utiliza uma série de ângulos e movimentos de câmera inventivos e sólidos em meio a uma iconografia luminescente que caracterizam os outros longas do subgênero, mas o que prejudica é o CG irregular em alguns momentos e uma trilha sonora genérica e nada evolvente de The Haxan Cloak.

Os atores do elenco estão bem em seus respectivos papeis em “Besouro Azul”. Todos conseguem transmitir carismaafetoempatia e outras emoções, como George López, Damián Alcázar, Belissa Escobedo, Elpidia Carrillo e Adriana Barraza que interpretam os membros da família de Reyes, e até mesmo a Becky G, que empresta a sua voz para o Escaravelho, mas principalmente Maridueña e Marquezine, que certamente estão se divertindo sendo Jaime Reyes/Besouro Azul e Jenny Kord, se entregando de uma forma impecável com uma sinergia atraente e acima de tudo, entenderam o que os personagens precisam ser para essa história. Enquanto Susan Sarandon e Raoul Max Trujillo como os vilões Victória Kord e Carapax não conseguem convencer e são apenas maus e caricatos.

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Imagem: “Besouro Azul” – (Reprodução: WBD).

Agora, para imaginar uma história circunstancial em torno da jornada do herói que precisa encontrar um propósito no mundo em “Besouro Azul”, o roteirista Gareth Dunnet-Alcocer (“Miss Bala”) recebeu a tarefa de escrever um roteiro simples e honesto que se permita ser divertido, engraçado e repleto de ação frenética, bem como na filosofia dos filmes de super-heróis (mais parecido com os recentes longas do Homem-Aranha no “UCM”), especialmente quando combinado com a capacidade de dialogar com o público por meio do enfoque na representatividade latina, seja em diálogos que abordam o tema, ou nas informações vistas na tela, ou referências e homenagens às icônicas novelas e programas latinos (exemplo, “Chapolin Colorado”), para aproveitar todos os momentos possíveis desta aventura.

Infelizmente, “Besouro Azul” pesou a mão em se basear nos outros filmes de super-heróis, ao não conseguir fugir da sensação de que estamos assistindo algo que já vimos inúmeras vezes, preferindo focar em contar o mesmo de forma bem metódica, do que trazer novidades para essa história que costuma tomar rumos facilitados detectáveis a quilômetros de distância com algumas sequências gratuitas, subdesenvolvidasexpositivas e repetitivas que podem tornar a história previsível. Mas essas queixas deixam de ser relevantes, pois mesmo com uma história clichê, os espectadores se conectam com história a partir da construção dos personagens, do bom trabalho ao tratar dos dilemas internos e as relações com suas famílias.

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Imagem: “Besouro Azul” – (Reprodução: WBD).

Não tem como negar que “Besouro Azul”, novo longa-metragem da DC na Warner Bros. Discovery, responde à pergunta no início da crítica de uma forma até que positiva, sendo um bom filme, tanto para os admiradores do subgênero de super-heróis quanto para aqueles que vão assisti-lo somente por puro entretenimento. E por mais que não seja perfeito, – falha ao não fugir da sensação de que estamos assistindo algo que já vimos antes, ele se beneficia com a direção competente de Ángel Manuel Soto, além de belas atuações de Xolo Maridueña e Bruna Marquezine que tem uma sinergia tão atraente que permite o roteiro de Gareth Dunnet-Alcocer fluir em uma história divertida, repleta de ação frenética e cheia de representatividade latina.

“Besouro Azul” contém duas cenas pós-créditos: uma dá pistas para um “possível” futuro do personagem e a outra faz uma grande homenagem a um consagrado e aclamado ator, roteirista, diretor, produtor, comediante e dramaturgo mexicano.

“Besouro Azul” estreia nesta quinta-feira, 17 de agosto, nos cinemas brasileiros e caso você já tenha assistido, comente a sua opinião sobre o filme.

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Besouro Azul

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"Besouro Azul" conta a história do jovem Jaime Reyes, que após se formar na faculdade se vê em uma busca por seu propósito no mundo - e um emprego -, até que o destino o surpreende ao colocar em seu caminho uma antiga relíquia alienígena, conhecida como Escaravelho, que escolhe Jaime para ser seu hospedeiro simbiótico - o que lhe dá uma armadura superpoderosa e lhe garante poderes. O problema é que o item é de grande interesse da empresária Victoria Kord, que pretende recuperar o Escaravelho a qualquer custo, deixando a própria sobrinha Jenny Kord, e a família de Jaime em perigo.

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