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M3GAN – Crítica

O mais recente produto da Blumhouse Productions e Atomic Monster Productions, fornecedores de grandes sucessos do terror, será provavelmente colocado na mesma prateleira que filmes de brinquedos assassinos como Chucky, A Boneca do Demônio, Boneco do Mal, Annabelle e muitos outros. Portanto, novidade já não é. M3GAN é uma combinação de várias peças de ficção científica e terror que parece contemporâneo, mas a história evoca um dos monstros mais antigos de Hollywood, Frankenstein, e a pergunta que fica é: será que esse filme é bom? A resposta você confere agora na análise abaixo.

Vídeo: “Trailer 2 Oficial de M3GAN” – (Divulgação/Universal Pictures).

Tornou-se chocantemente óbvio que a nossa tecnologia excedeu a nossa humanidade.

Frase do filme Energia Pura.

Essa frase do filme de 1995 “Energia Pura” pode exemplificar o como e o porquê de M3GAN é uma alegoria clara e muito eficiente sobre a dependência contemporânea a tecnologia e como a levamos em nossos dias durante a vida toda.

NotaEstá é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência ao assistir ao filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a dúvida de assistir ao filme ou não. Sempre priorize em ver para estimular o trabalho dos realizadores.

Em um futuro não muito distante, a engenheira de robótica Gemma (Allison Williams) se vê cuidando de sua sobrinha traumatizada de oito anos, Cady (Violet McGraw), após perder sua irmã e o cunhado em um acidente de carro, e como não se sente habita para a maternidade (além do desejo de lucrar), ela projeta um brinquedo de prestígio máximo.

M3GAN (abreviação de Model 3 Generative ANdroid), um protótipo de boneca ciborgue de olhos azuis límpidos, com uma capacidade de aprender e ter empatia com seu “usuário principal”. Ela vem com um preço que você compraria um carro familiar de médio porte, uma gama completa de reviravoltas de julgamento adolescente e um gosto pelo abate casual. E agora, ela é uma salvação para sua criadora.

Imagem: “Pôster de M3GAN” – (Divulgação/Universal Pictures).

A familiaridade que temos com filmes de terror com brinquedos assassinos ou IA assassinos não gera desprezo, mas sim conforto aqui. M3GAN contorna anos de evolução do gênero para apresentar o tipo de terror leve, popular e facilmente digerível. É mais cômico do que assustador (mesmo precisando um pouco mais de sustos) e pretende alcançar o público mais amplo possível. É simplesmente um bom momento para uma audiência de massa e esse filme será mais agradável quando visto com uma multidão de espectadores que pensam da mesma forma. Sabemos que muitos discordam e desaprovam um filme de terror com uma classificação indicativa PG-13, mas M3GAN necessitava disso.

O diretor Gerard Johnstone montou essa obra específica com competência e energia. Utilizando uma série de ângulos e movimentos de câmera sólidos que sugerem a curiosidade sobre os pensamentos de M3GAN. Close-ups invasivos no rosto da personagem e belos planos gerais acentuando a boneca no fundo que proporcionam um tom ameaçador. O design de produção minimalista concentra-se no estilo de vida da personagem de Allison Williams, em vez de pintar uma estética típica de filme de terror com características góticas, sombrias ou com cores despotadas. O design de som e a música são tão enervantes quanto as raras cenas gráficas da morte em M3GAN.

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Imagem: “M3GAN” – (Reprodução/Universal Pictures).

Os efeitos e o trabalho de design realmente acentuam o desempenho físico de Amie Donald como M3GAN e vocal feito por Jenna Davis. Eu não saberia dizer onde a Donald termina e o CGI começa, mas em conjunto eles trabalham absolutamente para abranger aquele desconfortável “vale da estranheza” onde algo parece quase real. O terror comercial combina bem com uma antagonista memorável, e a Blumhouse e a Atomic Monster definitivamente têm uma aqui – principalmente uma que cante Titanium de David Guetta e Sia. 

As atuações humanas são sólidas. Allison Williams é uma protagonista pouco envolvente e sua personagem parece estranhamente negligente por motivos de enredo. Violet McGraw está excelente como Cady, apresentando um retrato convincente e complexo de apego emocional, dor e raiva. O comediante Ronnie Chieng está bem escalado, apesa de seu personagem ser bem caricato como um chefe bem-humorado e irracional, mas a verdadeira estrela aqui é a escritora Akela Cooper, que desenvolveu uma boa história, mesmo com umas partes bem clichês e com facilitações de roteiro, com o produtor James Wan. Ela também escreveu Maligno do próprio Wan, em 2021. E agora, ela está lidando com a sequência A Freira 2.

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Imagem: “M3GAN” – (Reprodução/Universal Pictures).

A mais recente adição ao gênero de bonecas assassinas, M3GAN é uma divertida brincadeira de terror leve: inteligente, envolvente, mas não particularmente assustadora. Mas, embora o robô psicoticamente alegre possa não ter a energia caótica de Chucky ou a malevolência de porcelana de Annabelle, ela traz uma prazerosa transição de uma “menina” agradável, com dancinhas dignas do TikTok, para seus ataques violentos. Suspeito que veremos muito mais desse novo brinquedo assassino do momento. Pois nem todo filme é uma obra-prima e nem todo filme precisa ser uma obra-prima. Algumas vezes, não há problema em simplesmente mostrar ao seu público um bom momento.

M3GAN estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 19 de janeiro.
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7.8

M3GAN é uma maravilha da inteligência artificial, uma boneca realista programada para ser a melhor amiga de uma criança. Uma robótica brilhante dá a sua jovem sobrinha um protótipo M3GAN, mas a máquina logo se torna violenta.

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6 Comments

  1. Me deixou ansioso!
    Eu queria ver por causa da boneca, mas com o que li aqui vou por tudo!

  2. O cara tentou lacrar no começo da crítica?
    Kkkkkkkkkkkkkkk

  3. Boa crítica.

  4. “Terror leve”…
    Essa porra não existe!
    Terror não existe sem sangue.
    Esse filme vai ser uma bosta!

  5. Aaaaa.
    To ansiosa para esse filme.
    Eu achei os trailers super divertidos mas fiquei com medo do filme ser ruim e genérico.
    Vou ver no sábado!

  6. Olha, Fabrizio…
    Essa foi disparada a sua melhor crítica.
    Muito elucidativa, coerente e muito direta.

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