Fervo – Crítica

Eu tenho certeza que ninguém pensou ser possível misturar Os Fantasmas Se Divertem com Se Eu Fosse Você e adicionar uma grande vibe LGBTQIA+, mas aparentemente alguém teve a ideia e assim nasceu Fervo, a nova coprodução da Star Original Productions e Movie&Art, em associação com TF1, com direção de Felipe Joffily e a Nerds da Galáxia teve o prazer de conferir o longa para podermos descobrir se ele cumpre com a sua proposta de entreter através das risadas e lagrimas até o seu lançamento no dia 19 de janeiro.

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Nota: Está é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência ao assistir o filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a dúvida de assistir ao filme ou não. Sempre priorize em ver para estimular o cinema.

O roteiro de Thiago Gadelha (Tá No Ar da TV Globo), uma reinvenção do filme Poltergay (2006)., apenas cortando personagens, adicionando tramas e situações para que o público brasileiro alcance a mensagem, conta história de um casal, Leo e Marina (Felipe Abib e Georgianna Goes) que estão se mudando para uma casa inabitado há anos no Alto da Boa Vista (RJ) e decidem fazer uma reforma até um deles descobre que três fantasmas, Mo Nanji Manhattan, Diego e Lara (Rita Von Hunty, Gabriel Godoy e Renata Gaspar), habitam o local e vão fazer de tudo para expulsá-los de lá. Mas, com o tempo, acabam descobrindo o outro lado da história e resolvem ajudá-los a fazer a passagem para o “além-vida“.

Para transmitir o humor e o drama em Fervo, Felipe Joffily, com Diego Robaldo (diretor de fotografia) utilizam uma série de ângulos e movimentos de câmera inventivos que sugerem a mínima falta da zona de conforto na nova realidade dos protagonistas. Uma montagem ágil, com cortes rápidos e close-ups nos rostos dos personagens. O design de produção concentra-se no estado mental e na personalidade de seus personagens, como no primeiro ato há uma estética típica de filme de terror com características sombrias ou com cores despotadas e nos atos subsequentes as cores e a extravagância vão assumindo. 

Gadelha escolheu focar e detalhar a narrativa de Fervo, Leo e Marina, e também os fantasmas Mo Nanji, Diego e Lara com suas subtramas que, para ser honesto, não influem diretamente no andamento ou na resolução da história principal e ele se excede no humor. E, embora seja um filme de pouco mais de uma hora e meia, a impressão que deixa é o ritmo acelerado da história. Não permitindo muita profundidade que mesmo sendo interessante.

O desenvolvimento dos personagens centrais já é outra coisa, a fusão de comédia e drama contribuiu para que cada personagem conseguisse se desenvolver tanto no lado cômico como no lado emocional, principalmente os personagens Rita Von Hunty, Paulo Viera e Gabriel Godoy graças aos seus intérpretes que se engajaram nos papéis e pela sensibilidade colocada em momento dramáticos que são realmente algo digno de nota e de atenção.

Quando vemos o filme como peças desmontadas de um quebra-cabeça criado por Felipe Joffily e Thiago Gadelha podemos observar que a intenção aqui é o entretenimento e a diversão, mesmo errando no timing cômico em várias vezes e na falta de profundidade da história, Fervo se torna uma opção válida, servindo como um excelente exemplo de “Filme Sessão da Tarde”.

Fervo tem seu lançamento previsto para 19 de janeiro.

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Fabrizio Galluzzi

Olá, viajantes! Meu nome é Fabrizio Galluzzi. Assim como vocês, viajei para Westeros até uma Galáxia Muito, Muito Distante. Conheci os Heróis Mais Poderosos da Terra e os Grandes Deuses Nórdicos e Gregos. Porém, no meu tempo livre sou um simples aluno universitário do curso de Rádio e TV, que ama muito ir ao cinema.