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Resident Evil A Série | Crítica sem spoilers

Resident Evil é uma franquia clássica quando se trata de jogos e naturalmente teve seus altos e baixos durante seus lançamentos. Lançado em 22 de março de 1996 para Playstation, Resident Evil se tornou referência na categoria survival horror. Com o sucesso dos jogos, a Saga foi portada para as telonas, então em 30 de maio de 2002, o filme Resident Evil: O Hóspede Maldito chegou nos cinemas brasileiros. 

O resto vocês já sabem, uma sequência de filmes que pouco aproveita o enredo dos jogos e troca o terror por ação desenfreada contra zumbis. Após o lançamento da série, muitas pessoas passaram a ver os filmes de Resident Evil com bons olhos, mas isso é bem injusto com a série. 

Resident Evil

A Trama de Resident Evil a Serie considera o cânone dos jogos até o quinto jogo e segue Jade (Ella Balinska e Tamara Smarth) e Billie Wesker (Siena Agudong e Adeline Rudolph), filhas de Albert Wesker (Lance Reddick), dividindo-se em passado e futuro alternando entre ambos. No passado, Jade e Billie mudam-se para Nova Raccoon City juntas de seu pai, tentam se adaptar à nova escola e acabam descobrindo podres da Umbrella Corporation. No futuro, Jade tenta estudar os zumbis ao mesmo tempo que é perseguida pela Umbrella em um mundo devastado por zumbis.

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Reprodução: Netflix

Não vou negar que o primeiro episódio é desanimador, os personagens nesse início são pouco interessantes, os pontos em que a trama alterna entre passado e futuro são horríveis, quando a cena está começando a ficar interessante, corta para outro tempo, às vezes até mesmo antes de ficar interessante. O estabelecimento das personagens nos primeiros episódios ocorre através de um drama adolescente genérico, mas que ganha uma nova perspectiva a partir do quinto episódio.

Albert Wesker é sem dúvidas o ponto alto da série, ele é imponente e misterioso na dose correta, deixando uma pulga atrás da orelha até naqueles que não conhecem seu histórico de vilão em Resident Evil. Lance trás carisma para o personagem e imprime uma visão que nunca tivemos de Albert Wesker que só deixa a desejar num dado momento da trama que faz referência direta aos jogos. Na liderança da Umbrella está Evelyn Marcus (Paola Núñez), uma personagem curiosa pois, ao mesmo tempo que é repulsiva e egocêntrica, ela atrai uma atenção positiva, sempre que entra em tela, os outros personagens parecem acuados. 

A dupla de protagonistas Jade e Billie são legais, juntas possuem uma química ótima, você vê aquele amor de irmãs com uma dinâmica onde uma compensa o ponto fraco da outra, mas também possuem uma certa rivalidade ali nas entrelinhas da relação. A direção deu um desenvolvimento bem lento para a relação delas, que desenrola-se através de tramas menores de outros personagens, cada acontecimento com outros personagens coloca um bloquinho no relacionamento delas, o motivo fica visível após dado momento na série. Por um lado, foi uma decisão assertiva, pois ajuda a gerar impacto, por outro lado, acaba dando a sensação de que foi arrastada e que propositalmente deixam furos para serem explorados numa possível segunda temporada.

No fim, a série é boa, só demora um pouco para mostrar a que veio, isso ocorre porque ela foi pensada para ter uma continuação, toda a primeira temporada é como um contexto para algo que está por vir provavelmente só vai pegar o telespectador nos momentos próximos ao clímax. Se você está se perguntando se vale a pena assistir, a resposta é: Sim. Fora alguns erros de lógica, a série caminha para uma mídia digna de Resident Evil. E para quem espera a aparição de personagens clássicos da franquia: um nome é citado no último episódio e trás boas promessas para a segunda temporada.

7.2

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