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Life is Strange: True Colors | REVIEW

Life is Strange: True Colors explora uma nova cidade, uma nova personagem e novas maneiras de desabar suas emoções

Life is Strange: True Colors apresenta Alex Chen, uma garota considerada um tanto quanto conturbada após perder sua mãe com uma doença terminal, e seu pai ter abandonado ela e seu irmão. Alex Chen andou de orfanatos e orfanatos, e nenhuma família quis adotar ela, por culpa de seu péssimo histórico.

Antes de mais nada, deixo avisado que essa análise não trará nenhum tipo de spoiler, a não ser os já inclusos na sinopse do jogo. Algumas imagens irão aparecer no decorrer da matéria, mas nada que tenha uma relação forte com a narrativa do jogo.

Narrativa

Bem como em outros jogos da série, Alex Chen também tem ‘super poderes’. Ao contrário dos jogos anteriores, os poderes de Alex são muito mais importantes para a personagem e para a narrativa. Alex é capaz não só de sentir, mas de controlar os sentimentos das pessoas ao redor, ou até entrar no mundo dessas pessoas.

Após anos sem ver o irmão Gabe, que foi mandado para orfanato diferente, Alex é convidada para se mudar para uma cidade pacata no Colorado, Haven Springs. Contudo, a vida de Alex recebe um novo início, uma nova relação com seu irmão mais velho, a readaptação de quem não se vê há anos.

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A princípio, tudo é muito calmo. Alex conhece a cidade, os pontos importantes, as principais figuras da história e as pessoas que farão parte da vida de Alex. A vontade de explorar Haven Springs, vem desde o primeiro momento, quando o jogo apresenta ao jogador essa linda cidade.

Ainda assim, True Colors mantém o padrão Life is Strange. Nem tudo são flores, nem todos os personagens são amigáveis, e nenhuma vida é fácil. Alex passará por inúmeros problemas durante sua vivência em Haven, principalmente quando ela e seus poderes se envolvem.

Visual e Trilha Sonora

Life is Strange: True Colors capricha nos visuais, trazendo além do carisma dos personagens, uma qualidade impecável no quesito gráfico, o que não é muito comum na série. Há alguns personagens que não contém o mesmo cuidado, porém personagens como Alex, Gabe, Ryan, Steph e outros, tem um visual excepcional.

O jogo ainda acaba pecando um pouco nas texturas, principalmente das roupas, mas melhora e muito no quesito facial e cabelos.

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Haven Springs também não fica para trás, trazendo lindas paisagens, lindas cenas cinematográficas e sendo de longe a cidade mais linda de todos os jogos da série. Durante os capítulos, o jogador poderá presenciar festivais, cenas incríveis, cenários de brilhar os olhos e a magia de Life is Strange, o sentimento.

Life is Strange nunca deixou ninguém na mão no quesito Trilha Sonora, e em True Colors não é diferente. True Colors acaba melhorando o que já era bom, trazendo além de trilhas originais, faixas licenciadas de Gabrielle Aplin, Radiohead, Phoebe Bridgers e muito mais. Todas as faixas são inseridas no momento correto, para imergir o jogador na narrativa e pega-lo sentimentalmente.

Jogabilidade

No quesito jogabilidade há poucas adições, mas as adições são bem vindas. O poder de Alex é representado através de auras ao redor dos personagens. As auras mudam de cor conforme o sentimento, segurando L2+X podemos ouvir o pensamento daquele personagem. Alex também aprende a utilizar o poder de maneira mais eficaz, conforme o andar da carruagem.

Semelhantemente aos jogos anteriores, a aba de SMS serve apenas para você entender quão próximo Alex e outros personagens são, entender alguns acontecimentos, e ver a vida pessoal de Alex. Podemos utilizar dessa aba para saber mais sobre o passado de Alex, seja na sua conversa com sua psicóloga, ou com seus ex-amigos e amigas. Toda a vida de Alex está dentro dessa aba, assim como sua vida está no WhatsApp.

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Por outro lado, podemos ver uma adição muito legal, o MyBlock. O MyBlock se trata de uma espécie de Twitter, onde a comunidade local interage entre si. Através do MyBlock podemos aprender mais sobre os habitantes, suas relações e o quão feliz – ou triste – os personagens ficaram com aquelas ações, eventos e o que der e vier.

A melhor adição de True Colors na minha opinião, é o diário. Desde o início podemos ver a conexão de Alex com a música, e isso reflete em seu diário. O diário conta todas as experiências de Alex com as fortes emoções dos outros personagens, no início do jogo você já é capaz de ler sobre duas pessoas que você nem conhece.

Todo o seu diário é escrito em partituras musicais, contendo letras e notas além das letras que refletem os sentimentos dessas pessoas. Apesar disso, o jogo conforme lhe passar as informações de maneira bem sutil, fazendo com que você não precise entender sobre música.

Veredito

Life is Strange: True Colors me pegou não só na parte sentimental, também na parte lógica. A cada fim de capítulo eu pude criar inúmeras teorias sobre o que poderia acontecer no próximo capítulo. Desde o início do jogo você percebe que algo está errado, mas isso nunca é entregue de bandeja para o jogador. True Colors resgatou Steph, uma personagem que pouco apareceu em Before the Storm, e lhe deu uma personalidade incrível. Alex Chen, Gabe Chen e Ryan são os novos “protagonistas”, e todos viram amigos do jogador, a trama soube utilizar muito bem deles.

A trilha sonora, mais do que nunca, faz você enlouquecer enquanto joga, fazendo até adicionar as músicas em sua playlist do Spotify. Tal como você irá perder horas tirando fotos de Haven Springs. Em síntese, True Colors poderia ser um tiro no escuro, mas ele acabou acertando no melhor jogo da série, nos melhores personagens, na melhor trilha e na melhor trama.

Life is Strange: True Colors chega no dia 10 de Setembro, para PlayStation, Xbox, Nintendo Switch e PC.

*Key recebida gratuitamente para review. Review realizada no PlayStation 5.

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