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Maid of Sker | REVIEW

Maid of Sker traz em sua essência o bom e velho terror com uma boa atmosfera e narrativa intrigante

Maid of Sker é um jogo de terror em primeira pessoa, desenvolvido e publicado pela Wales Interactive. É um jogo que possui boas ideias e ambições, mas que peca ao executá-las, talvez por falta de orçamento ou experiência. Porém, isso não tira o brilho que o jogo traz em si.

Num primeiro momento, o jogo até que impressiona visualmente quando o protagonista (Thomas) é largado em uma floresta densa a caminho do Hotel Sker. Os cenários são camuflados por uma forte luz que dificulta a visualização de defeito, mas que visualmente fica agradável com exceção de determinadas partes.

Em relação aos gráficos, na análise foram observados alguns acontecimentos estranhos. Aqui não se tem nada de especial, o gráfico e texturas são bem simples, assim como a modelagem. Mas algo estranho que acontecia é que com o movimento da câmera, alguns objetos grandes e pequenos pareciam possuir ghosting. Isso que dizer que ao movimentar a câmera, uma imagem “fantasma” do objeto ficava por um tempo na tela, não muito longo, mas perceptível. Inicialmente imaginei que se tratava de algum efeito derivado do motion blur mas acessando os menus, tal efeito não estava disponível e também só acontecia com determinados objetos.

Em relação a paleta de cores disponível do jogo, se trata de uma muito limitada, quase tudo tinha tons de cinza. Dificilmente era encontrado alguma cor no jogo. Em contraste a isso, a trilha sonora, quando presente, criava uma atmosfera bem convincente, tendo essa uma relação intrínseca com a história.

Entrando na história, aqui não se tem muita originalidade, sendo um compilado de várias inspirações em outros jogos do gênero, o que nem de longe é ruim. Ela parte do princípio de que o protagonista, chamado aqui de Thomas, parte em busca de sua mulher, Elisabeth, no Hotel Sker, pertencente ao pai dela.

A história tem um foco muito grande em música, pois a mãe da Elisabeth era uma famosa cantora e sua filha tinha herdado o seu talento. A princípio, parece uma história simples, mas com o decorrer do jogo, nos é apresentado uma complexidade interessante. É uma história contada por meio de arquivos de texto e áudio.

MAID OF SKER | REVIEW

Partindo para o gameplay, é outra parte bem simples novamente, porém efetiva, uma gameplay complexa não quer dizer que ela é boa. No jogo nós podemos andar, correr, se agachar, usar algumas armas e segurar a respiração. Essa ultima mecânica com certeza é a mais importante no jogo. Encontramos vários inimigos no decorrer do jogo e eles nos detectam principalmente pelo som, por isso, na presença deles, é importante andar lentamente e segurar a respiração para evitar ser detectado.

Se trata de uma gameplay bem concreta, mas nem tudo são flores. Quando o personagem é atacado, é bem difícil detectar o grau de ferimento do personagem, muito pela paleta de cores acinzentada. Outro problema são as paredes invisíveis, que, em cenários mais abertos principalmente, são frequentes, as vezes em itens que claramente daria pra se passar por cima, como por exemplo, um galho no chão. Foram testemunhados também alguns bugs que atrapalharam um pouco a experiência, como quando o personagem atravessava o chão e ficava preso no limbo, obrigando o jogador e reiniciar de um ponto e salvamento. Apesar de acontecerem, os bugs foram muito raros, podendo até mesmo não acontecer com outros jogadores.

Se tratando de um jogo indie, é muito recomendável jogar Maid of Sker, principalmente para aqueles que buscam bons jogos de terror. Um gênero que está tão escasso de jogos de qualidade no momento atual. Nesse jogo você não vai encontrar apenas momentos jump scare como ocorrem com outros exemplos, mas também uma atmosfera e narrativa intrigante e bem desenvolvida.

Maid of Sker está disponível Microsoft Windows, Nintendo Switch, PlayStation 4 e Xbox One.

*Key cedida para análise.

 

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