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Assassin’s Creed Valhalla | REVIEW

Assassin’s Creed está de volta para os consoles da antiga e nova geração, dessa vez com a invasão Nórdica à Inglaterra

Assassin’s Creed, uma das sagas mais queridas pelos jogadores e uma das mais famosas da Ubisoft levará o jogador dessa vez ao século IX, durante as invasões nórdicas à Britânia. Em Assassin’s Creed Valhalla o jogador controlará Eivor, Marca-De-Lobo uma poderosa guerreira viking, sendo a última de seu clã e adotada e criada pelo Rei Styrbjorn como sua própria filha.

Assim como era possível em Assassin’s Creed Odyssey, em Valhalla também é possível escolher o gênero do personagem, porém em Valhalla tem uma opção chamada “Padrão” que é a opção canônica de acordo com a Ubisoft, e isso pode ser explicado para o jogador ao decorrer de sua jogatina. Layla Hassan e seus companheiros assim como Origins e Odyssey também estão presentes em Valhalla, dessa vez solucionando os mistérios de uma ossada de um guerreiro nórdico que encontraram na Nova Inglaterra através de um misterioso áudio que receberam.

Assassin’s Creed Valhalla tem um extenso mundo e inúmeras atividades para se realizar como algumas tarefas de explorações, incursões, caçadas ou até mesmo a opção de ampliar sua vila, algo bem parecido com o que era presente em Assassin’s Creed Brotherhood.

Assassinos e Templários ou Vikings e Saxões?

Em Assassin’s Creed Origins os jogadores tiveram a possibilidade de ver um pouco do nascimento da Ordem dos Ocultos que posteriormente se tornaria a Ordem dos Assassinos tão conhecida no mundo dos games, porém em Odyssey as coisas foram um pouco diferentes já que cronologicamente se passava antes do próprio Origins, e em Valhalla? Em Assassin’s Creed: Valhalla, Eivor é apenas uma Viking que porta uma Lâmina Secreta dada de presente por seu irmão Sigurd e nada mais do que isso, porém nessa época a Ordem dos Ocultos já existia, e é dessa maneira que a Lâmina Secreta chega até as mãos de Eivor.

AC Valhalla Eivor

Enquanto sua irmã Eivor invadiu as terras do sul da Inglaterra, Sigurd embarcou em uma jornada para invadir as terras do leste. Enquanto estava em Constantinopla, Sigurd conheceu e tornou-se amigo do Oculto Basim Ibn Ishaq, aprendendo muitos dos costumes da organização. Em 872, Sigurd voltou para casa junto com Basim, que deu uma lâmina oculta para Eivor.

Em Assassin’s Creed Origins, Os Ocultos eram muito presentes através da expansão que carregava o próprio nome da ordem, já em Assassin’s Creed Valhalla a Ordem dos Ocultos é muito presente desde as primeiras horas de jogo porém assim como os dois jogos anteriores a influência da Ordem não é tão grande nos brutos Vikings, fazendo com que Eivor mesmo ao portar uma Lâmina Secreta acabe naturalmente soprando berrantes em incursões por toda a Inglaterra.

Combate difícil, estratégico e menos Assassin’s Creed possível

Algo que foi uma ótima adição na minha opinião lá em Origins foi o estilo de combate um pouco mais souls-like, onde ao invés de você apenas pular de um lugar alto e eliminar um boss você deve lutar contra ele, utilizando armas e armaduras mais fortes, desviando dos golpes pesados do inimigo, dando parry em golpes mais fracos até você realmente eliminar ele. Em Assassin’s Creed Valhalla o combate não é diferente, porém aprimorado, uma das maiores adições foi uma barra de “stun” ao inimigo que faz eu me lembrar imediatamente de Sekiro, após aquela barra se esvaziar o inimigo ficará atordoado por um certo tempo para você poder “sentar o sarrafo”.

Assassin’s Creed Valhalla além de trazer um combate aprimorado também consegue trazer novas possibilidades de armas e a grande volta do Stealth caso seja de sua preferência, porém que se torna impossível em incursões. Agora ao contrário de Origins e Odyssey que permitiam você utilizar uma arma e um escudo ou então uma arma de duas mãos, você também poderá utilizar armas distintas em cada mão, seja armas diferentes ou até escudos diferentes – sim! você pode jogar apenas de escudo -, fazendo com que o combate seja muito mais completo e divertido.

AC Valhalla Inventory

Eivor também terá sua própria barra de vigor, ao esquivar-se ou errar golpes ocorrerá um decréscimo na barra e ao acertar seu adversário o seu vigor irá aumentar mais rapidamente, então sempre tente entender os movimentos e golpes do inimigo antes de ir para cima apenas apertando o botão de atacar.

Algo muito interessante destacar é que há duas habilidades presentes no jogo que trarão o jogo um pouco mais para as raízes, uma das habilidades fará com que você consiga eliminar qualquer inimigo através do stealth (até os bosses) porém ao clicar o botão de assassinar irá aparecer um quick time event, após acertá-lo o inimigo morrerá. Já a outra habilidade irá te dar a opção de após assassinar um inimigo furtivamente você conseguir lançar um machado na cabeça de outro inimigo, lembrando também que existe um capuz presente no jogo que você pode colocar e retirar a qualquer momento do jogo para poder se infiltrar com menos chance de ser visto em áreas restritas.

Níveis e Builds

Assassin’s Creed Valhalla mantém a Árvore de Habilidades bem parecida com o que havia sido feito nos dois jogos anteriores, ganhe pontos de habilidade ao completar uma quantia específica de experiência ou alguns objetivos específicos pelo mapa e distribua na árvore que está diferenciada em cores para cada caminho.

A Arvore de Habilidades começa bem pequena e vai se expandindo conforme você vai traçando os caminhos, vários caminhos são existentes como por exemplo o de combate, stealth, longo alcance e por aí vai. Algo que é de extrema importância é que você pode redefinir uma habilidade específica ou até todas caso queira sem nenhum custo adicional, podendo assim traçar uma build totalmente diferente.

Além das Habilidades presentes na árvore, você também terá as Aptidões que você poderá adquirir através da Árvore de Habilidades ou até mesmo pelo próprio mapa do jogo em alguns pontos dourados pelo mapa, as aptidões costumam ser golpes especiais de curta ou longa distãncia e que requerem o uso de uma barra dourada presente acima da vida de Eivor.

Skill Tree Valhalla

Algo muito reclamado pelos fãs nos dois jogos anteriores era o Farm excessivo que o jogador precisava fazer para completar as quests, já que o jogo possuia um sistema de levels e era completamente desbalanceado, em Assassin’s Creed Valhalla isso não existe mais, os levels foram completamente excluidos do jogo.

Assassin’s Creed Valhalla agora trás uma adição chamada de “Poder” que irá determinar se você é forte o suficiente para aquela área ou não, porém independente de você ter o poder recomendado ou não você ainda sim conseguirá passar por aquele local, porém você terá um pouco mais de dificuldade.

Poder é possível conquistar adquirindo novas habilidades na árvore, porém como não existe mais sistema de levels você pode simplesmente obter armas e armaduras de “alto calibre” pelo mapa que façam que você derrote adversários com poder muito superior a você com uma enorme facilidade, uma dica também é usar e abusar das aptidões.

Assentamento no melhor estilo Assassin’s Creed Brotherhood

Assassin’s Creed Valhalla trouxe algumas mecânicas novas e também reviveu algumas já existente em jogos mais antigos da série, e é mais ou menos o caso do Assentamento. Em Assassin’s Creed Valhalla os jogadores terão que criar e fazer a manutenção de seu próprio assentamento, que nada mais é do que um vilarejo viking. Para melhorar o seu assentamento você precisará obter recursos para estabelecer novas pessoas de extrema importância dentro da vila como por exemplo o Ferreiro, Loja de Cabelo e Tatuagens, Estábulo e muito mais.

A primeira vez que isso foi presente na série foi em Assassin’s Creed 2 e Assassin’s Creed: Brotherhood, algo um pouco similar apareceu também em Unity. A diferença para esses jogos é que em Assassin’s Creed Valhalla você não terá uma parte financeira do seu negócio, isso não irá gerar renda alguma, a única vantagem de um assentamento é novas possibilidades dentro dele como por exemplo melhorar seu cavalo, suas armas ou até pegar algumas espécies de missões secundárias como as caças lendárias ou fazer alguns minigames como por exemplo os banquetes, jogar dados e muito mais para dar um ar cada vez mais Viking.

Assassin’s Creed Valhalla é digno para ser chamado de Assassin’s Creed?

Estou com cerca de 40 horas de jogo e estou muito feliz com o que vejo e sinto jogando esse jogo, o jogo não contém um mundo tão grande quanto era AC: Odyssey porém ao mesmo tempo ele tem bastante conteúdo para explorar, seja fazendo incursões para poder obter recursos o suficiente para melhorar seu assentamento ou então pegar armas, armaduras e aptidões. Algo que me deixou muito feliz é o fato do jogo não ter mais o sistema de nível, e algo que vai me deixar muito triste é eu retornar para outros jogos da série que ainda tem esse sistema.

Até o momento a história do jogo impressiona, porém a quantidade de bugs relatadas pelos usuários acaba assustando um pouco também, em Assassin’s Creed Valhalla o combate foi muito aprimorado, assim como o Stealth e o Parkour, trazendo um ar muito mais Assassin’s Creed à série que faltava a um bom tempo já, arrisco a dizer que desde AC: Unity eu não via um Assassin’s Creed tão Assassin’s Creed – e olha que Valhalla é um jogo sobre Vikings.

Algo que me deixa muito feliz é que dessa vez o jogo realmente traz uma variedade de missões um pouco superior aos dois jogos anteriores onde era possível perceber uma similiaridade muito alta e constante entre as missões secundárias ou até mesmo as principais, durante minha jogatina eu pude me questionar inúmeras vezes, isso é realmente da Ubisoft? Quem me conhece sabe que sou muito fã de Assassin’s Creed e principalmente das grandes franquias da Ubisoft, porém jogando Valhalla eu fico triste com tudo o que a Ubisoft vem trazendo ao longo dos anos para a série, e feliz que finalmente ela conseguiu trazer um bom jogo novamente.

Assassin’s Creed Valhalla já está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, PC e Google Stadia. / Cópia cedida pela Ubisoft para Review no PlayStation 4 Slim – a review pode ter alterações no futuro -.

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