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Stellar Blade | REVIEW

Em meio a diversas polêmicas ao redor do jogo, tive a oportunidade de jogar Stellar Blade graças a uma chave enviada a nós pela PlayStation. E não poderia estar mais contente com a oportunidade que tive, pois além de ser gratificante ser reconhecido, Stellar Blade me trouxe uma experiência surpreendentemente boa, da qual falarei mais à frente.

Mas gostaria de entrar um pouco sobre este assunto polêmico, dar minha opinião sobre, mas caso não tenha interesse, é só pular para o tópico “vamos ao jogo”.

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Polêmicas Vazias (opinião)

Mas para começo de conversa, podemos passar um pouco sobre esse tema polêmico, que é referente a sexualização da personagem Eve, protagonista do jogo. Após finalizar o jogo, posso afirmar que em nenhum me senti incomodado, e posso falar que joguei ao lado de uma mulher e que ela igualmente não se sentiu incomodada.

Claro, isso não quer dizer nada, é uma experiência minha e não universal, mas é um tema que está sempre em destaque desde sempre. Tivemos casos parecidos em NieR Automata com a 2B principalmente, em Metal Gear Solid The Phatom Pain com a Quiet, sem contar os diversos jogos de luta que temos no mercado.

Uma coisa em comum que estes jogos têm é que a maioria deles são desenvolvidos por estúdios asiáticos, e que por diversos motivos, possuem mais liberdade para explorar tais coisas. Exemplo disso são os animes, que até mesmo aqueles mais infantis, possuem algum traço de sexualização.

Temos aí uma questão cultural, e no ocidente, coincidentemente a questão cultural vai contra esta citada no oriente. É direito de todos não gostar de uma coisa, mas isso não muda um fato: o jogo foi feito seguindo a visão de seu criador. É necessário ter este conhecimento e aceitá-lo, caso isso não seja possível, simplesmente não compre e nem jogue.

Já vi pessoas citando que o diretor nunca tenha visto uma mulher na vida para ter feito um design tão vulgar como este, mas além de a personagem ser modelada conforme o corpo de uma atriz real, todos os traços alterados do modelo foram feitos pela própria esposa do diretor. Agora, outro ponto é que a cultura ocidental tem que ser respeitada, mas como adquirir respeito sem respeitar outra, um pouco de hipocrisia, não?

Estamos em um momento em que tudo precisa ser problematizado, principalmente aqui no ocidente. Estamos em um momento em que tudo se trata de representatividade, e se existir algo que não me represente, tem um problema. Tudo isso simplesmente para alimentar alguns egos mais frágeis.

Não me entendam mal, representatividade é importante, uma pauta que só conseguiu ter sucesso após décadas ou centenas de anos de luta por parte das minorias. Mas se desmerecer tanto a ponto de simplesmente querer aparecer sem ter uma razão ou motivação que faça sentido na história, é no mínimo curioso.

Alguém pode não se sentir representada por meio do corpo da protagonista, mas se você fizer uma simples pesquisa no instagram, vai ver que existe não apenas milhares, mas milhões de mulheres assim. Então, caso não curta, repito, não compre e não jogue, ou vá atrás do que você acha correto e faça melhor.

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Vamos ao jogo

Agora vamos ao que realmente importa, Stellar Blade. Bom, desde seu anúncio, quando era conhecido como Project Eve, me interessei pelo projeto, e isso me traz uma certa felicidade hoje em dia. Vi como este projeto foi mudando ao longo dos anos, crescendo em escopo, e quando finalmente obteve seu real nome, já estava muito maior do que era em seu início.

Mas desde sua primeira aparição, uma coisa sempre chamou a atenção: seu combate. Ainda não tínhamos colocado a mão no jogo, mas visualmente, sempre pareceu divertido e desafiador. Para início de conversa, estamos diante de um hack’n’slash, mas não é daqueles que é simplesmente esmagar os botões.

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Como o jogo funciona?

Como disse, o jogo é um hack’n’slash, mas é daqueles que simplesmente bater não é o suficiente, e ele vai te dar muitas maneiras de se defender. Mas começando pelo básico, podemos realizar ataques fracos e fortes, sendo os mais fracos mais rápidos e os mais fortes, mais lentos, obviamente. Apertar esses botões sucessivamente gerarão combos, inclusive podendo apertá-los em diferentes ordens.

Por meio do “bolinha”, podemos desviar dos ataques, em todas as direções possíveis, e por meio do L1, bloqueá-los. Mas não para por aí. Se por acaso, pressionar o L1, mas qualquer um dos quatro botões, um tipo de ataque especial será ativado. E mais pra frente no jogo, caso pressione o R1 e aperte algum dos quatro botões, outro ataque especial será ativado.

Se apertar R2, terá acesso a uma arma e poderá atirar com ela, utilizando diversos tipos diferentes de munição. E caso aperte também L3+R3, terá um modo “fúria” semelhante aqueles que temos em God of War ou Final Fantasy XVI por exemplo. Modos de derrotar os inimigos é o que não falta.

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TPS

O jogo possui diversas árvores de habilidades, sendo cada uma delas referente a algum aspecto do jogo. Por exemplo, estes golpes com o L1 e o R1 podem ser melhorados, assim como todos estes outros citados. E ainda não comentei um elemento da gameplay importante, os golpes a longo alcance.

Podemos utilizar nossa espada para dar golpes a distância, mas o jogo vai além disso e introduz uma arma, que transforma o jogo literalmente em um TPS, jogo de tiro em terceira pessoa. Alguns locais só podemos utilizar esta arma, e nestes momentos, o jogo se transforma num Resident Evil like muito maneiro. Podemos também aprimorar a arma e acessar diversos tipos de munição.

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Linear?

Bom se levarmos em consideração a campanha do jogo, pode se dizer sim que o jogo é linear em grande parte do jogo, porém, temos alguns cenários que são mais abertos. Nestes cenários, podemos andar livremente, sem um rumo pré-definido. E nele é onde faremos grande parte das missões secundárias do jogo.

O jogo possui uma grande gama de missões secundárias, que podem até ser um pouco repetitivas, mas que trazem recompensas muito boas. Para explorar os cenários, além de correr, podemos saltar, inclusive dar saltos duplos, e usar dashs no ar. A Eve também tem a capacidade de escalar algumas paredes, o que contribui com a verticalidade do jogo.

Uma coisa que o jogo faz bem é variar a sua jogabilidade, como já disse, temos os momentos de combate corpo a corpo, os momentos de shooter, a exploração em diferentes níveis dos cenários, podemos até mesmo usar nossa espada como prancha em determinados locais. É um jogo que dificilmente vai te cansar.

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Variedade de inimigos

Deixo claro desde já que existe uma grande variedade de inimigos no jogo, e desde os mais fracos, o desafio nunca vai deixar de existir. Cada inimigo possui um padrão de ataque bem definido, tendo também golpes normais e golpes mais poderosos.

Para nos defender dos golpes, podemos utilizar tanto o bloqueio quanto a esquiva, e se fizermos qualquer um destes no momento certo, temos um bloqueio/esquiva perfeita. Ao fazer isso, o tempo dá uma diminuída e nos possibilita uma pequena abertura de tempo, mas é bem pequena mesma.

Alguns golpes dos inimigos brilham e determinadas cores como azul e rosa, e nestes casos, podemos utilizar um combo que vai nos dar uma vantagem boa. No caso do azul por exemplo, se apertarmos o “bola” e colocarmos o analógico para frente, realizaremos um teleporte para atrás do inimigo, onde ele recebe mais dano e não pode se defender.

Em geral, cada cenário possui inimigos únicos, mas em determinados momentos, alguns inimigos acabem se repetindo. Mas em Stellar Blade, isso não é um problema pois o jogo tem um combate muito divertido e satisfatório. A repetição de inimigos nos torna mais experientes nos combates, e com a experiência, podemos realizar os desvios e bloqueios perfeito, que são extremamente satisfatórios.

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E a parte visual/sonora?

Bom, a polêmica deste jogo vem desta parte, não é mesmo? E isso em si já é um atestado da qualidade do jogo neste sentido, mas ele ainda não é perfeito. Em relação aos modelos dos personagens jogáveis e não jogáveis, não há o que falar. São simplesmente muito bem desenvolvidos.

Cada personagem é muito bem detalhado, com aquele traço característico das obras orientais, e neste caso, traços característicos das obras coreanas. E se levarmos em consideração a Eve, o nível de qualidade vai lá no alto. A personagem é super detalhada, com diversas físicas envolvidas, inclusive, a física dos cabelos é uma das melhores que já vi até então.

E nos combates, a qualidade não cai nem um pouco, com diversas partículas em tela, tornando cada luta simplesmente linda. E isso é aprimorado por meio dos três diferentes modos de jogo, priorizando respectivamente gráficos, taxa de quadros e um híbrido que busca um pouco dos dois mundos.

Outra coisa impressionante é a quantidade de skins diferenciadas que o jogo possui, simplesmente sensacionais. Mas para conseguir todas, não será uma tarefa simples, nem difícil, mas demorada, o que não faz mal quando o jogo é extremamente divertido.

Os cenários são igualmente bonitos e variados neste jogo, mas isso se aplica apenas quando estamos em cenários fechados. Quando acessamos os cenários mais abertos, as texturas começam a pedir arrego, sendo este o único ponto negativo em termos visuais.

Já em termos de trilha sonora, acredito que para eu tenha ficado num meio termo. As músicas são, vezes clássica, vezes pop, vezes rock, bem variada. Porém, em determinados momentos ela acaba ficando repetitiva, por tocar uma música cantada em loop, e isso pode ser um pouco incômodo. Mas confesso que comigo aconteceu apenas uma vez.

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A história é legal? O jogo vale a pena?

Bom, em termos de história, temos um daqueles clichês bem legais, o que para alguns pode ser um ponto negativo, mas que não incomodou na minha experiência. Caso foque na campanha, a história é bem simples e previsível, mas não a ponto de deixar o jogo desinteressante.

E tem um porém, caso faça as missões secundárias e leia os arquivos de texto disponíveis no jogo, a história pode dar um salto de complexidade bem grande. Mas de fato, é um dos pontos onde o jogo fica um pouco abaixo, mas que está longe de ser ruim e longe de ser um problema devido a sua diversão.

E no final, para aqueles que só querem polemizar, estarão apenas perdendo uma experiência incrível visualmente e em termos de gameplay. Dificilmente um jogo me prende da forma que este jogo fez.

Sua gameplay é capaz de agradar tanto aqueles que curtem hack’n’slash como eu, mas ele também tem uma gameplay que se assemelha um pouco com jogos souls like, podendo atingir um público bem maior. No final do dia, o jogo traz uma experiência simplesmente sensacional. Recomendo Stellar Blade para todos aqueles que possuem o PlayStation 5, garanto que não vão se arrepender.

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Stellar Blade

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