BEEKEEPER — Rede de Vingança (2024) | Novo filme estrelado por Jason Statham tem uma história clichê, porém com identidade própria
Uma curiosidade interessante em relação às abelhas: quando o desempenho da abelha-rainha é considerado insatisfatório, devido a certos fatores como, por exemplo, algum acidente do apicultor, uma diminuição do potencial reprodutivo, a chegada da idade avançada e até possibilidade de doença, as próprias abelhas-operárias podem optar em matá-la.
Certo, agora imagine que a abelha-rainha seja um CEO bem malvado de uma megacorporação muito corrupta e Jason Statham como uma abelha-operária insatisfeita com o desempenho da regente. Temos o filme da vez: “Beekeeper — Rede de Vingança”, que estreará nesta quinta-feira (11 de janeiro), dirigido por David Ayer (“Esquadrão Suicida”) e estrelado por Statham (“Megatubarão 2”), Emmy Raver-Lampman (“The Umbrella Academy”), Josh Hutcherson (“Jogos Vorazes”) e Jeremy Irons (“Watchmen”). Mas será que o resultado é positivo? Confira a crítica abaixo:
Nota: Está é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência ao assistir ao filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta e/ou uma resposta definitiva para a sua dúvida sobre assistir ou não à obra. Sempre priorize ver para estimular o trabalho dos realizadores e desenvolver sua formação de opinião. As informações contidas na crítica já foram apresentadas em sinopses e trailers.
Conforme a sinopse, “Beekeeper — Rede de Vingança” acompanha Adam Clay, um homem aparentemente comum que esconde um grande segredo: ele é ex-agente de uma poderosa organização secreta chamada Beekeepers (Apicultores). Clay, tomado pela fúria, busca vingança contra aqueles que machucaram uma pessoa querida em uma perigosa conspiração com golpes cibernéticos e se revela para o mundo.
Vocês concordando ou não, Jason Statham é um dos maiores astros de ação do cinema, como Sylvester Stallone (“Rambo”), Tom Cruise (“Missão Impossível”), Arnold Schwarzenegger (“O Exterminador do Futuro”), Keanu Reeves (“John Wick”) e outros, conseguindo atrair um certo público para o cinema, streaming ou qualquer outra mídia; com “Beekeeper — Rede de Vingança” posso afirmar que não será diferente. Em uma história que proporciona sensações de ecstasy e uma ligação profunda com o público com uma ação muito bem produzida, tipica do gênero, que utiliza uma identidade própria.
O diretor David Ayer foi escolhido para comandar “Beekeeper” e ele entrega uma direção consistente, capaz de criar momentos impressionantes de ação bem coreografados e frenéticos. E com a ajuda da boa direção de fotografia feita por Gabriel Beristain (“Homem de Ferro”), as cenas são planejadas com ângulos e movimentos de câmeras energéticos que se harmonizam com a essência do gênero e a ágil edição de Geoffrey O’Brien (“Bright”), que raramente tem um gatilho rápido no mouse e acaba cortando as cenas antes da hora.
Os atores do elenco não estão muito operantes em seus papéis e nem conseguem transmitir muito bem carisma, afeto, empatia e outras emoções e sentimentos em “Beekeeper — Rede de Vingança”, com exceção de Jason Statham como Adam Clay. O ator se entregou ao personagem e certamente está se divertindo muito, demonstrando empenho em criar uma nova franquia de ação. Entretanto, eu não posso dizer o mesmo de seus companheiros de elenco. Josh Hutcherson está extremamente mal e não consegue passar verdade com sua atuação, enquanto Jeremy Irons e Emmy Raver-Lampman estão em um piloto automático deplorável. Inclusive, a personagem de Raver-Lampman não tem nada para fazer a não ser perseguir, gratuitamente, o personagem de Statham.
O roteirista Kurt Wimmer (“O Vingador do Futuro” de 2012) escreveu um roteiro que sabe exatamente o que é e não tenta reinventar a roda, porém constrói uma identidade própria com relações entre a vida das abelhas e as ações humanas. Permitindo “Beekeeper” contar uma história honesta sobre a jornada de vingança de Adam Clay contra as instituições corruptas em uma linguagem de “porrada, tiro e bomba” bem eletrizante e satisfatória. No entanto, os problemas começam quando surgem os furos na história e deslizes na condução da própria narrativa, que resultam na falta de informações sobre determinados personagens e a trama principal, criando rumos facilitados, com seções e elementos subdesenvolvidos e inserções nada orgânicas.
Não tem como negar que “Beekeeper — Rede de Vingança” novo filme da Miramax com Jason Statham, é um excelente filme para os admiradores do ator (ou do gênero) e um bom filme para aqueles que vão assisti-lo somente por puro entretenimento. E por mais que não seja perfeito, falhando ao criar furos na história e tropeços na narrativa, ele se beneficia com a atuação de Statham, que permite a direção de Ayer e o roteiro de Wimmer fluírem bem com uma a jornada de vingança que personifica a nossa vontade de esganar os golpistas que volta e meia ligam para nós.
Beekeeper — Rede de Vingança estreia em 11 de janeiro de 2024 nos cinemas brasileiros e caso você já tenha assistido, comente a sua opinião sobre o filme.
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Olá, viajantes! Meu nome é Fabrizio Galluzzi. Assim como vocês, viajei para Westeros até uma Galáxia Muito, Muito Distante. Conheci os Heróis Mais Poderosos da Terra e os Grandes Deuses Nórdicos e Gregos. Porém, no meu tempo livre sou um simples aluno universitário do curso de Rádio e TV, que ama muito ir ao cinema.
Beekeeper — Rede de Vingança
Beekeeper — Rede de Vingança acompanha Adam Clay, um homem aparentemente comum que esconde um grande segredo: ele é ex-agente de uma poderosa organização secreta chamada Beekeepers (Apicultores). Clay, tomado pela fúria, busca vingança contra aqueles que machucaram uma pessoa querida em uma perigosa conspiração com golpes cibernéticos e se revela para o mundo.