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Shazam! Fúria dos Deuses | Seria um respiro para a DCEU, mas é uma comprovação que Zachary Levi permanece na casa.

A espera terminou! Desde o relatório do The Wrap que dizia sobre a New Line Cinema – estúdio do grupo Warner Bros. Discovery – recontratar Henry Gayden como roteirista e David F. Sandberg na direção para um novo filme de Shazam!, os fãs da DC Studios esperam a estreia de “Shazam! Fúria dos Deuses”, que oficialmente estreia nesta quarta-feira (15) nos cinemas brasileiros.

Como dito acima, toda a equipe técnica está de volta para o segundo filme da franquia Shazam!, ao lado de Zachary Levi e Asher Angel como os protagonistas, e o elenco coadjuvante da família de Billy Batson, que vimos, no final do primeiro filme, os irmãos também detendo os poderes mágicos. O vilão não é mais Mark Strong como Dr. Thaddeus Silvana: na verdade, o antagonista do filme se divide em três mulheres, com codinome As Filhas de Atlas, interpretadas pela Helen Mirren (A Rainha), Lucy Liu (Panteras) e Rachel Zegler (Amor, Sublime Amor).

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Cartaz de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Agraciado com os poderes dos deuses, Billy Batson e seus companheiros irmãos adotivos ainda estão aprendendo a conciliar a vida adolescente com alter egos de super-heróis adultos. Mas quando as Filhas de Atlas, um trio vingativo de deusas antigas, chegam à Terra em busca da magia roubada deles há muito tempo, Billy – também conhecido como Shazam – e sua família são lançados em uma batalha por seus superpoderes, suas vidas e o destino de seu mundo.

A Nerds da Galáxia teve o privilégio de ver antecipamente “Shazam! Fúria dos Deuses” em uma cabine de imprensa realizada pela Warner Bros. Discovery na última terça-feira (14). Será que atendeu as expectativas? É melhor que o primeiro? Tudo isso te falo na minha crítica sem spoilers abaixo.

NotaEstá é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência em assistir o filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a sua dúvida de assistir o filme ou não, tampouco um achismo absoluto do portal Nerds da Galáxia. Sempre priorize ver para estimular o trabalho dos realizadoresAs informações contidas na crítica já foram apresentadas em sinopses e trailers.

Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Crítica sem Spoilers – Shazam! 2

História

Apostando na mesma pegada pastelona do último, “Shazam! Fúria dos Deuses” não inova em termos narrativos. Mas isso não significa que seja de baixa qualidade ou desprezível – ainda mais levando em conta do reboot do universo cinematográfico da DC, agora chamado de DCU (DC Universe). Muito pelo contrário: a continuação se mostra forte e mais ambisciosa que o primeiro.

Fazendo um arroz com feijão bem feito, o novo filme do herói de Zachary Levi supera até o filme de 2019, trazendo uma maior dimensão de seus poderes e do backgroud que Shazam atrai, e uma veia cômica muito inteligente que rende muita gargalhada, muito aperfeiçoada pelo tempo certo dos acontecimentos e pela mesma postura que os personagens têm enraizados sobre cada personalidade em específico.

São cenas bobas se analisarmos a ideia, mas que se tornam muito bem sacadas e escritas para o filme, super coerentes com o que o personagem é e pela proposta do filme. Sem dúvidas ou hesitação, “Shazam! Fúria dos Deuses” é um dos filmes de super-heróis mais engraçado e divertido que você verá nos últimos anos.

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Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

A ordem dos acontecimentos foi muito bem pensada, fazendo com que, sem exceção, todos os atores principais e coadjuvantes pudessem ter um tempo de tela justo com que propõe para o enredo. Nada passou batido ou rápido demais, com um desenvolvimento na medida certa ao decorrer do filme, com a Família Shazam indo atrás de mais informações sobre as Filhas de Atlas em paralelo com a descoberta do público sobre a origem e as motivações das novas vilões do longa.

Um grande ponto forte do roteiro é o uso devido para cada particularidade/ elemento mostrado (a) tem para a história, sem aqueles famosos erros básicos de apresentar tal ferramenta e ser esquecida no churrasco. Cada item de grande relevância em “Shazam! 2” tem sua importância e se conclui em determinado ponto no roteiro, também impulsionando a elaboração de mini plots no filme e uma sensação gostosa de encaixe perfeito de cada traço.

Por falar em plot-twist, as grandes reviravoltas do descubrimento de como derrotar as antagonistas e a própria mudança de eixo entre as Filhas de Atlas e o destino de Billy Batson foram desenhados com muita coerência.

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Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

As maiorias das sequências de super-heróis, ultimamente, estão aderindo uma filosofia de uma continuação não-implícita, ou seja, mesmo que uma x pessoa não tenha assistido o primeiro, poderá entender a dinâmica e a história do segundo. Tem um certo ar de justiça nessa medida – apesar de ser puramente pensada no retorno financeiro, acima de tudo -, porém metade dessas produções que seguem essa risca deixam de lado as nuâncias e as possíveis riquezas que a conclusão do primeiro deixaram, tornando-a como se fosse uma nova versão, um novo capítulo… e não uma sequência verdadeiramente dita e etimológica.

Em “Shazam! Fúria dos Deuses“, a trama bebe muito do que foi “deixado” para trás no primeiro filme, mostrando como que nossas ações geram reações, mesmo que tais atitudes ficaram no passado. Se comportar sem raciocinar duas vezes custou caro para Billy Batson e sua família, com o cajado do Dr. Thaddeus sendo importantérrima na narrativa.

Isso, meus caros leitores, é uma verdadeira e poderosa continuação: ao mesmo tempo que honra e dita a importância dos eventos passados – como catalisadores de evolução do ambiente e dos personagens inseridos em Shazam! -, há grandes novidades e direcionamentos inseridos que dão um ar diferente do primeiro, com um encerramento típico de final feliz sem ser jogado e muitas caras novas para a franquia daqui para frente.

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Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Atuações

Junto com o poder cômico e harmonia de cada evento retratado, as atuações dos atores e atrizes são outro ponto forte de “Shazam! Fúria dos Deuses“. A grande capacidade cênica de cada um só foi possível por justamente esse tempo respeitoso entre cada situação do filme. Um filme corrido não permite explorar mais a fundo os personagens e um longa muito extenso fica massante pela lentidão do andamento.

Zachary Levi continua sendo ‘O Cara’ do filme, apesar de ser uma obrigação moral, né? Zachary mostra seu poder carismático e seu dom pelo humor mais uma vez com excelência, também desempenhando uma atuação boa nas cenas mais tensas.

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Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Os destaques ficam para Jack Dylan Grazer como Freddy Freeman e a novata Rachel Zegler como Anthea, que protagonizaram muitas cenas com um desempenho forte. Jack, junto a Zachary, foram grandes apelos cômicos e mostraram facilidade nesse trabalho. Helena Mirren e Lucy Liu esbanjam vilanidade a todo momento e impõe medo e tirania. Inclusive, as três vilãs juntas passam uma vibe de “Abracadabra” muito interessante de se ver, sendo completamente diferentes de ideologias.

Porém foi como citei muito acima: todos os atores tiveram seus tempos de tela e fizeram muito bem. Entre eles, poderia pesar menos para Cooper Andrews, que interpretou o pai das crianças adotadas. Já as grandes surpesas foram voltadas para a mãe, Marta Millans; Meagan Good, a versão super-heróica da Darla (Faithe Herman); e Grace Fulton e Michelle Borth, que interpretam Mary Marvel, com a última sendo a versão Shazam! da personagem.

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Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Direção e Edição

A última categoria mais técnica que deve ser falada é a respeito da direção e da edição. “Shazam! Fúria dos Deuses” investe pesado na imensidão dos poderes que o herói-título tem capacidade de fazer, ao mesmo tempo que introduz três vilãs deusas gregas, filhas de o deus Atlas, e todo o cerne da mitologia grega, com a presença de criaturas mágicas e mitológicas.

Com isso, a tarefa não era fácil para a equipe de pós-produção. Cada detalhe valeu muito a pena, entregando um longa metragem de super-heróis perfeito em quesito efeitos especiais e fotografia. Até as cenografias das cenas de luta foram coerentes, seguindo a mentalidade que crianças sem nenhuma sabedoria de combate controlam o super corpo. Claro que seguindo essa medida, muitas das cenas práticas foram rasas, sem uma dimensão ou criatividade envolvida.

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Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

Os toques cheio de imaturidade e ignorância, que fazem de Shazam! uma figura engraçada, estão constantemente no filme, muito mais presente entre as expressões e gestos dos atores. A percepção do diretor nesse detalhe foi muito rico, assim como a posição de câmeras nas cenas de ação, mesclando técnicas de câmera lenta e zoom in e out, que acrescentaram no movimento e na escala da ideia do combate.

Cena Pós-Créditos

Sim, temos 2 cenas pós-créditos.

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Cena de Shazam! 2. (Foto: Reprodução/ Warner Bros. Discovery)

A primeira é importante para o futuro do então extinto DCEU, com o retorno de personagens muito bem lembrados nas últimas produções da DC nos cinemas e no streaming, que seriam de preparo para a atuação de Zachary Levi como Shazam! seguir outros moldes mais fora do casulo. Prepara-se para mais uma nova dose de risadas, com direito a zuações que ultrapassam as barreiras do Universo Cinematográfico da DC.

Já a última diz a respeito de uma continuação da primeira cena pós-créditos de “Shazam!“, de 2019, com o retorno de Mark Strong e da lagarta, que é o Sr. Cérebro. É bom que reprise antes o que aconteceu entre os dois personagens no pós-créditos do primeiro filme.

Conclusão em 1 parágrafo

Shazam! Fúria dos Deuses” traz a mesma pegada de sucesso do primeiro, com uma grande evolução cômica, narrativa e producional, colocando Shazam! páreo a páreo contra divindades gregas. A continuação é uma aventura leve, hilária e gostosa de assistir, mesmo trazendo as mesmices de sempre de um final feliz, redenção e o retorno da força de vontade. Com cenas de ação razoáveis, compensadas com uma belíssima fotografia e efeitos especiais, o segundo filme se torna melhor que o primeiro graças a um roteiro bem destrinchado, harmônico e coerente e atuações de gala do elenco.

Shazam! Fúria dos Deuses

7.6

Agraciado com os poderes dos deuses, Billy Batson e seus companheiros irmãos adotivos ainda estão aprendendo a conciliar a vida adolescente com alter egos de super-heróis adultos. Mas quando as Filhas de Atlas, um trio vingativo de deusas antigas, chegam à Terra em busca da magia roubada deles há muito tempo, Billy – também conhecido como Shazam – e sua família são lançados em uma batalha por seus superpoderes, suas vidas e o destino de seu mundo.

Análise

Shazam! Fúria dos Deuses | Seria um respiro para a DCEU, mas é uma comprovação que Zachary Levi permanece na casa. 7.6

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