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2º episódio de The Last of Us confirma grande teoria sobre disseminação do fungo

Ainda apresentando algumas instabilidades na HBO Max, como ocorrera no último domingo (15), o segundo episódio de The Last of Us foi disponibilizado, com o título “Infected”, sendo dirigido pelo co-criador, produtor, roteirista e criador do videogame inspirador para a obra Neil Druckmann. Apresentando um episódio com menos de 1 hora de duração, cerca de 50 minutos, a segunda parte da série serviu amplamente para ditar o ritmo que o jogador do game já está conhecido, envolvendo muito suspense, tensão e calafrios com os infectados e com o mundo/sociedade nesse período pós-apocalíptico.

Dentre as reviravoltas e as cenas de ação e suspense, “Infected” ganhou destaque nas mídias sociais por confirmar grande teoria que estava circulando a internet sobre a alta contaminação por todo o globo, no universo de The Last of Us, inicialmente apontada pelo primeiro episódio por, predominantemente, cenas que olhares desatentos acharam ser apenas uma composição cenográfica singela. Posteriormente, Craig Mazin e Neil Druckmann verbalizaram o cânone da teoria em entrevista à Variety.

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Cena de The Last of Us. (Foto: Reprodução/ HBO)

Explicando a teoria de The Last of Us

A teoria envolvendo o contágio exacerbado do fungo Cordyceps por todo o mundo explica que o grande fator determinante para tal disseminação foi através de alimentos derivados da farinha. No jogo de videogame de The Last of Us, o motivo da proliferação das infecções causadas pelo fungo nunca foram claras, com algumas informações abstratas envolvendo sua evolução nas plantações da América do Sul.

Na série, é possível ver claras referências envolvendo uma relação diretamente proporcional entre farinhas e o contágio do fungo, uma vez que foi no primeiro episódio que vimos o mundo se tornando um verdadeiro caos no início do processo de pandemia fungênica.

Os destaques estão ali jogados nos diálogos mais “bobos”, de interação com Joel, Ellie, Tommy e a vizinhança. Incialmente, vimos Joel esquecendo de comprar a farinha para fazer panquecas, e consequentemente, Sarah prepara um café da manhã com ovos mexidos. Tommy chega na casa dos Miller e reclama que não tem panquecas para o café, fazendo o irmão do Joel comer um pedaço de frango sobrado do dia anterior

Nas cenas seguintes, Joel e Tommy vão levar Sarah para a escola, quando se deparam com seus vizinhos parados no gramado de fora da residência dos mesmos. Nota-se que a vizinha cita que fez biscoitos, chega a alimentar a idosa, que pertence a família, com estes mesmos biscoitos, e oferece um pouco para Sarah e Joel, que prontamente recusam.

Já na última cena de “cotidiano” do seriado da HBO The Last of Us mostra um take fechado focando exclusivamente na fornalha da vizinha, quando Sarah volta da loja que consertou o relógio de seu pai. Dentro do eletrodoméstico, Sarah pergunta se a nova fornalha de biscoitos é de chocolate, mas a vizinha responde que são de passas, com a filha de Joel deixando de comer o biscoito devido a isso.

Uma outra pequena cena envolve Joel e Sarah de noite sentados no sofá. Sarah pergunta se Joel comprou um bolo para comemorar o aniversário do pai, respondendo que não.

Além das numerosas referências envolvendo alimentos nos diálogos de The Last of Us, que envolvem farinha na sua composição, é importante destacar que os personagens principais do episódio – Sarah, Joel e Tommy – não comem estes alimentos, o que mostra como que eles acabaram passando impunes diante da infecção do super-fungo Cordyceps. Principalmente Joel e Sarah, que tiveram oportunidade de comer os biscoitos e acabaram recusando.

Por último, uma grande cena envolve o início do episódio de The Last of Us, com Tommy, Joel e Sarah na mesa ouvindo rádio. No rádio, o locutor aborda sobre problemas em Jacarta, capital da Indonésia, com uma indústria de farinhas que é uma das maiores exportadoras do alimento no mundo.

Muito mais que apenas referências ou coincidências, vale lembrar que a consolidação da teoria se provém dado ao argumento que é a mesma idosa, vizinha de Joel e Ellie que se alimenta dos biscoitos provenientes de farinha, que acaba sendo a primeira infectada que nós, telespectadores, tivemos contato, em The Last of Us.

O fato em si envolvendo a farinha como o principal fator para a disseminação da Cordyceps em The Last of Us não foge muito da cabeça: no momento inicial do jogo eletrônico, quando controlamos a Sarah vasculhando sua casa à procura de Joel, um jornal encontrado no banheiro da casa de Joel menciona em sua manchete uma contaminação misteriosa nos alimentos, junto com notícias de internações sobre uma infecção misteriosa provocada por um fungo.

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Cena do primeiro jogo. (Foto: Reprodução/ Naughty Dog)

Confirmação da teoria no 2º episódio

A confirmação da teoria envolvendo a farinha como hospedeira do fungo Cordyceps já é comprovada em poucos segundos do episódio “Infected“, com mais um flashback (cenas de antes do contexto atual que se passa a série) introdutório destacando a ciência. Isso porque o lugar da cena é justamente na Indonésia, em Jacarta, durante o epicentro do contágio.

Lembra da cena do Tommy, Joel e Sarah comendo café da manhã na mesma enquanto escutam o rádio noticiando problemas na principal indústria de farinhas do país? Pois é, além de se passar no mesmo país citado no aparelho no primeiro episódio de The Last of Us, a cena conta sobre uma professora micologista que é procurada por militares, a fim de auxiliar nas investigações de uma trabalhadora de uma fábrica de farinha que enlouqueceu e atacou seus colegas.

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Cena de The Last of Us. (Foto: Reprodução/ HBO)

Devido ao comportamento agressivo da funcionária, a polícia teve que executá-la – se enquadrando em legítima defesa. Porém, ao examinar o corpo da mulher, ela apresentava fungos em seus órgãos internos. A micologista indonésia ficou espantada – e até não acreditou que fosse possível, por fungos não conseguirem infectar humanos, retornando ao outro flashback do primeiro episódio de The Last of Us – e deu um prognóstico muito negativo quando soube que mais 14 funcionários da fábrica estão desaparecidos, dizendo que não existe medicamentos ou vacinas contra fungos e que a melhor opção seria bombardear toda a cidade.

A ideia do bombardeio até foi vista e citada nos diálogos de exploração do trio Ellie, Joel e Tess, que chegou a ser usada em Boston, formando uma imensa ruptura no solo.

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Cena de The Last of Us. (Foto: Reprodução/ HBO)

Em entrevista à Variety, Craig Mazin disse sobre a mudança da forma de contágio do fungo Cordyceps. Já não é uma novidade que tanto Mazin como Neil Druckmann fizeram adaptações para o formato de série, que engloba deixar a dinâmica mais atual e realista com a ciência, e, de quebra, situar como uma questão parecida com a que vivenciamos com a pandemia da COVID-19.

Quando [a micologista] fala sobre onde essas pessoas trabalhavam e o que estava acontecendo naquela fábrica – sim, fica bem claro o que está acontecendo.

Gostamos da ideia dessa ciência e tentamos o melhor que podemos para garantir que todas as nossas pesquisas se conectem. Ela pergunta onde aconteceu, e o cara diz que é uma fábrica de farinha no lado oeste da cidade. Estamos absolutamente conversando sobre — existe o maior moinho de farinha do mundo em Jacarta — então essa é uma boa teoria e acho que as pessoas deveriam continuar trabalhando com ela.

Craig Mazin à Variety
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Cena de The Last of Us. (Foto: Reprodução/ HBO)

Mais de The Last of Us

The Last of Us é uma coprodução com a Sony Pictures Television e tem produção executiva de Mazin, Druckmann, Carolyn Strauss, Evan Wells, Asad Qizilbash, Carter Swan e Rose Lam. A Sony Pictures Television produz junto com a PlayStation Productions, Word Games, The Mighty Mint e o estúdio de videogame “Last of Us”, Naughty Dog.

O seriado terá nove episódios na primeira temporada, e a exibição acontecerá semanalmente, aos domingos, sempre às 22h-23h (de Brasília), em uma estratégia parecida com A Casa do Dragão. A pretensão que The Last of Us tenha, ao todo, três temporadas para adaptar todo o universo dos jogos.

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Cena de The Last of Us. (Foto: Reprodução/ HBO)

Craig Mazin (Chernobyl) e o criador da franquia na Naughty Dog, Neil Druckmann, são roteiristas e produtores. Além de Pedro Pascal (The Mandalorian) e Bella Ramsey (Game of Thrones), também teremos Gabriel Luna (O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio) como Tommy Miller, Anna Torv (Mindhunter) como Tess, Merle Dandridge (The Flight Attendant) como Marlene, Storm Reid (Euphoria) como Riley e Nick Offerman (Pam & Tommy) como Bill.

Os dubladores dos jogos no Brasil retornarão para a aguardada adaptação. Isso significa que Luiz Carlos Persy, Luiza Caspary, Clécio Souto, Victoria Brow Borges e Miriam Ficher serão as vozes de Joel, Ellie, Tommy, Sarah e Tess, respectivamente.

O episódio 1 e 2 de The Last of Us já está disponível na HBO Max. Foi confirmado pela HBO que o terceiro episódio da série – dito por Troy Baker, ator de Joel nos games e presente na série, como “surpreendente” – seguirá a mesma linha do primeiro, com 1 hora e 20 minutos. O quarto, por enquanto, será o episódio com menor duração, tendo 50 minutos no corte final. Se a HBO não atrasar ou remanejar os episódios, a série terminará no dia 12 de março.

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