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YOUPIX Summit 2022

E o Youpix Summit, hein?

Se é que se pode começar um texto dessa forma, eu diria que foi monstro, tal qual prega Júlio Secchin na sua deliciosa música Juntin.  A estrutura era impecável, as palestras causavam explosões mentais, as pessoas sorriam leves, se misturavam, se conheciam e aprendiam.

Para uma primeira vez, diria que o saldo foi muito melhor do que eu imaginei que seria. Eu, que mal sabia o que vestir quando o convite chegou, estava ali, entrevistando a Sabrina Compatangelo, uma das maiores referências da Samsung (Entrevista no final da publicação), conhecendo pessoas como a Ana Paula Passareli, a Bia Granja, a Janaisa e, de quebra, todo time de marketing do Itaú e os gerentes de Creators do Linkedin. Ouvi a Samantha Almeida (Globo) falar, aprendi mais sobre coisas que eu não imaginava que existiam, me joguei nas experiências que as marcas presentes (Riachuelo, Linkedin, Instagram e Magalu) proporcionavam.

Se até as 08h daquele dia alguém me dissesse tudo que aconteceria até as 18h, eu não acreditaria, porque, sem dúvidas, foi uma experiência tão enriquecedora que não há preço que pague. Então, sendo assim, nos resta agradecer – e falar muito bem de tudo, é claro.

Para começar, acho importante dizer que no Brasil as pessoas são muito, mas muito mesmo, influenciadas pelos criadores de conteúdo. Eles e elas levam multidões as compras e são capazes de esgotar grandes estoques em pouquíssimas horas. A esse movimento, dá-se o nome de Creator Economy, que nada mais é do que a economia que é gerada a partir do que os criadores divulgam, postam e consomem.

Em segundo lugar, cinco grandes insights que foram apresentados na palestra de abertura:

1. Criação de conteúdo pode ser uma ferramenta de transição social.

2. 65,3% dos creators afirmam terem recebido discurso de ódio.

3. Instagram continua sendo a plataforma mais utilizada pelos criadores.

4. TikTok criou uma dinâmica de consumo de conteúdo viciante e com entretenimento solitário e desumanizado.

5. O surgimento do Infocreator → junção do creator com o infoprodutor, criando uma nova categoria de creators que vai além do seu próprio estilo de vida e foca no seu conhecimento e especialidade para ensinar algo.

Falou-se, também, sobre a necessidade das marcas humanizarem cada vez mais os seus conteúdos e darem liberdade criativa para os influenciadores/creators, visto que, cada vez mais pessoas estão conseguindo refinar o seu olhar e entender quando um conteúdo é publicidade de algum serviço/produto. Além disso ficou muito claro que os combos que são solicitados por algumas marcas como ‘feed/3 stories/1 reels’ não tem capacidade de surtir grande efeito, chegando, muitas vezes, a girar muito pouco o ponteiro das vendas.

Como forma de solucionar esse problema, foi proposto o pilar Visibilidade, Conexão, Conversão e Fidelização. Cada um destes níveis e/ou nichos se conecta numa instância diferente com a comunidade da(o) criador de conteúdo – e é de fundamental importância que as marcas tenham em mente qual tipo de ponto de contato elas querem que o influenciador se torne. Um dos pontos altos foi a demanda que a rede TikTok trouxe muito fortemente, relacionada aos Short Videos. Apesar da rede estar moldando comportamentos – e até a duração das músicas, crescendo vertiginosamente e angariando cada vez mais adeptos, as marcas ainda apostam na segurança e solidez oferecidas pelas redes da Meta, como o Instagram.

O Linkedin vem despontando no mercado de Creators. A rede quer deixar de ser vista como um currículo virtual e desde 2021 vem estruturando de maneira robusta a formação e construção do seu time de Creators. Conta com 4 gerentes, que são divididos por nichos de mercado, que encontram os potenciais criadores e os convidam para ingressar no programa – os dando, também, a chancela de usar no seu título o tão sonhado ‘Linkedin Creator’. Este ano, consolidando ainda mais a sua presença no Brasil e mostrando a que veio, fez acontecer o Programa de Aceleração para Creators Linkedin Brasil. Durante o processo seletivo as pessoas deveriam submeter uma ideia de projeto, defender uma estrutura lógica e mostrar a sua capacidade de gerar conversas importantes. Para tanto, premiou cada uma das 100 pessoas selecionadas com o valor de $ 2,900, mais um prêmio adicional para os que topassem fazer algumas atividades extras. Até onde se saiba, foi uma iniciativa única e que remunerou criadores por suas competências, criatividade e capacidade criadora.

Fotos no YOUPIX
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Projetos assim mostram que o futuro pode (e deve) ser muito bom. Marcas como Itaú e Bis já permitem que os seus conteúdos sejam 100% criados por pessoas, e não mais apenas por agências de publicidade – que, cá entre nós, cometem erros grosseiros de forma frequente, manchando a reputação e imagem das marcas. Num dos talks mais legais, pude aprender com a Camila Coutinho quais são os passos para que eu pudesse me tornar CEO do meu próprio nome/marca, mudando de patamar apenas de criadora de conteúdo para um C-level.

O metaverso, por sua vez, não passou em branco. Os avatares geraram polêmicas e a fala da Marina Menegon  deu o tom: “O avatar não possui barreiras do mundo humano”. Agora é olhar para o futuro e aprender a lidar com ele agora, no presente, pois tudo já está acontecendo, a vida acontece é no hoje. E se for um hoje como foi o YouPix Summit, tenho certeza de que o mercado de Creators, Influenciadores, plataformas sociais e marcas estará cada vez mais cuidadoso, ético, gentil e inclusivo.

Entrevista com a Sabrina Compatangelo. (Gerente sênior de marketing de Mobile Experience da Samsung Brasil)
  • Qual a estratégia atual da Samsung no Brasil?
    A Samsung está com uma estratégia única e global, com campanha nova, humanizada, que está trabalhando com Creators e influencers.
    Foi criado o Galaxy Creator Studio, e atualmente existem 60 micros influenciadores na base da Samsung Brasil. A ideia é chegar a 100, mas, por se tratar de um programa que ainda está em fase de incubação, não é possível estimar um prazo.
  • O que a Samsung oferece para esse público, que cria conteúdo para a marca?
    São disponibilizados diversos recursos além do financeiro. Por exemplo, o Galaxy Creator Studio é um ambiente propício para criação, possui diversos equipamentos de audiovisual, salas individuais etc. É uma especie de hub de criatividade.
  • Como a Samsung encontra os creators e influencers, há algum programa em que as pessoas podem se inscrever?
    O trabalho é feito através de hunting ativo, pelas agências que atendem a Samsung atualmente. Buscamos pessoas apaixonadas por tecnologia, por nossos equipamentos. Essas pessoas podem circular no universo de wellness (bem-estar), games, músicas, esportes e, também, fotografia.
    Sabemos que ainda não conseguimos atingir a todas as pessoas, mas está em nossos planos chegar mais longe, estamos aprendendo sobre a Creator Economy e assim será possível desenhar uma estratégia ainda mais robusta.
  • Como é ser uma mulher, líder, na Samsung?
    Estou há 9 anos na Samsung. Temos um comitê de formado por mulheres para discutir a questão da equidade de gênero, mas, pessoalmente, isso nunca foi uma grande questão. Já passei por diversas áreas e em todas fui respeitada por ser quem eu era, pelo conhecimento técnico que possuo. Já liderei e concretizei projetos importantes, hoje tenho 6 pessoas no meu time, temos uma visão abrangente do negócio e assim ampliamos nosso repertório constantemente.

Publicação em colaboração com Eliane Melo.

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