Futuro ator de 007 assinará um contrato de 10 ou 12 anos como James Bond, afirmam produtores

“007: Sem Tempo para Morrer” estreou em 2021, marcando a saída de Daniel Craig como o agente secreto mais famoso da indústria cinematográfica, por mais de 15 anos no papel. Assim, se instaura uma longa e silenciosa caçada por parte dos produtores da EON, detentora da franquia de James Bond, de achar um novo ator que seja o rosto da mais nova versão de Bond para os cinemas, entrando no hall de lendários artistas que tiveram tal privilégio, como Pierce Brosnan (1995-2002) e Sean Connery (1962–67; 1971). Porém, para isso, além de testes de tela e toda a burocracia de seleção de atores de Hollywood, o novo 007 terá que cumprir um vasto contrato de compromisso, de 10 à 12 anos interpretando James Bond.

Quem afirmou isso foram os produtores da EON, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, que embora o processo de decisão do elenco ainda esteja fora dos planos, esperam que o mais novo 007 fique a longo prazo para o desenvolvimento da franquia. A entrevista foi concedida pela Variety, que disse que os produtores mais famosos do Reino Unido estão ocupados com o 60º aniversário do personagem James Bond, comemorado em outubro.

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A questão é que vai demorar alguns anos. E quando contratamos Bond, é um compromisso de 10, 12 anos. Então ele provavelmente está pensando: ‘Eu realmente quero essa coisa? Nem todo mundo quer fazer isso. Foi difícil o suficiente conseguir [Daniel Craig para fazer isso].” Wilson intervém: “E ele tinha 30 e poucos anos na época!

Barbara Broccoli e Michael G. Wilson à Variety

Completando a entrevista, Barbara e Michael dizem que é um fator determinante e que muitos jovens atores não entendem a dimensão de se tornar compromissado por uma década de filmes. Michael ainda aponta que será um investimento tanto para o ator quanto para eles, uma vez que será uma nova interpretação de Bond. Também, ao Deadline, Barbara relatou que a expectativa de começar a produção, bem como sua estretégia, é daqui a dois anos.

É por isso que, quando as pessoas vão, ‘Oh, quem você vai pegar?’ não se trata apenas de escalar um ator para um filme do 007. É sobre uma reinvenção e ‘para onde estamos levando isso? O que queremos fazer com o personagem?. E então, quando descobrirmos isso, quem é a pessoa certa para essa reinvenção em particular? Mas é um grande compromisso. Não é apenas aparecer por alguns meses de filmagem.

Ninguém está concorrendo (ao papel) por enquanto. Estamos trabalhando para onde ir com a franquia. Existem discussões sobre isso. Não há um roteiro, e não podemos criar um até decidirmos como vamos abordar esse próximo filme.

Na verdade, é uma reinvenção de Bond. Estamos reinventando quem ele é e isso leva tempo. Para começar a produção, diria que estamos a, pelo menos, dois anos de distância.

Barbara Broccoli e Michael G. Wilson à Variety (primeiro parágrafo) e Deadline (último parágrafo)

Adiantamento e possível série de TV de 007

É certo que veremos uma restauração e uma nova proposta para a nova leva de produções do 007, porém alguns elementos já antes inseridos, principalmente na ‘era 007’ de Craig, estarão de volta de uma forma mais impactante. Barbara Broccoli e Michael G. Wilson são diretores e membros ativos da organização “Time’s Up!”, atuante na defesa das mulheres, e garantiram que o que foi começado com Daniel Craig será acrescentado nos vindouros 007: humanizar o espião mulherengo e garantir papéis mais gratificantes e carnudos para as estrelas femininas da franquia.

É uma evolução. O vínculo está evoluindo assim como os homens estão evoluindo. Eu não sei quem está evoluindo em um ritmo mais rápido. Craig abriu emocionalmente Bond. Os filmes ao longo de seu mandato foram a primeira vez que realmente conectamos o arco emocional.

Barbara Broccoli à Variety

Além disso, com uma grande ascensão do mercado das plataformas de streaming, muitas produções cinematográficas estão sendo feitas ou adquiridas para suprir a alta demanda. Em entrevista ao The Wrap, Barbara e Michael, produtores executivos dos filmes 007 desde 1995, com “GoldenEye”, afirmaram estar focados nos filmes feitos para o cinema, e apesarem de deter uma grande propriedade como 007 – o agente britânico mais conhecido no mundo -, a EON Productions é uma empresa familiar e “não uma fábrica”, adotando um método manual que leva tempo e energia para serem finalizados.

Do nosso ponto de vista, tentamos nos concentrar em fazer bons filmes de James Bond e isso exige muito tempo e reflexão, leva alguns anos para trabalhar no roteiro com um diretor. Se tivéssemos que fazer uma série de TV além de tudo teríamos que colocar a mesma quantidade de energia em 10 ou 20 horas de conteúdo, seria um grande compromisso. Então, teríamos que delegar. E temos sido muito relutantes em delegar.

Não somos uma fábrica. Nossos filmes são todos feitos à mão. Sempre fomos uma empresa familiar e continuaremos a ser uma empresa familiar, enquanto continuarmos a respirar.

Barbara Broccoli e Michael G. Wilson ao The Wrap

Porém, voltando a mais recente entrevista à Variety, os produtores confirmaram uma produção para TV baseada em James Bond: um reality show de aventura de nome “007’s Road to a Million”, uma versão ao estilo Bond de uma corrida ao redor do mundo. Em janeiro, o mesmo portal – Variety – lançou um relatório que dizia que a Amazon Prime Video sinalizou o andamento do início das produções desse reality.

Em tradução livre, “O Caminho para o Milhão de 007” se trata da primeira série de televisão do agente secreto e a primeira vez que um produtor – 72 Films, da Grã-Bretanha – estabelece uma parceria com a EON Productions. O reality inspirada no 007 James Bond está em andamento de produções e “está realmente ótimo”, conforme o produtor Michael G. Wilson disse ao portal.

As pessoas sempre nos procuram para fazer um programa de TV, [dizendo] ‘Ah, você deveria fazer um desafio de Bond’, mas sempre ficamos longe disso porque não queríamos colocar as pessoas em perigo e fazê-las fazer. coisa perigosa, porque não é para o público – é para profissionais treinados.

O público vai se divertir muito com isso, e é por isso que concordamos em fazer isso. Quero dizer, isso nos surpreendeu, assim como todos os outros. Tipo ‘uau, nós vamos fazer isso’.

Barbara Broccoli e Michael G. Wilson à Variety

Um fato curioso que apesar de se tratar da primeira produção do universo 007 destinado às telinhas, não será a primeira vez que James Bond aparecerá nas TV’s: na ocasião ele apareceu numa série de antologias da CBS em um episódio que adaptou a primeira versão de Cassino Royale em 1954, com o ator americano Barry Nelson no papel do agente.

“O Caminho para o Milhão de 007” contará com oito partes. As notícias do reality surgiram apenas uma semana depois que a Amazon fechou seu acordo de US$ 8,5 bilhões para a MGM em março, com a franquia 007 sendo uma poderosa fonte de riqueza e poder popular. Até então, Barbara e Michael negaram que algo seria feito nos streamings e nas TV’s – não mentiram, de fato, uma vez que é somente ume peça audiovisual inspirada em James Bond e seu vasto universo.

Atores no radar de 007

Um dos grandes favoritos do público é o ator Idris Elba, que confirmou não ter interesse em atuar como James Bond e chegou a se irritar com as incessantes perguntas sobre o tema. O ator disse que não se enxerga como o agente 007 no espelho, e até os produtores da EON, Barbara Broccoli e Michael G. Wilson, disseram que Elba, por mais que seja de agrado técnico e artístico, não é compatível aos pré-requisitos que impôram, sendo o mais determinante sua idade: Idris tem quase a mesma idade que Daniel Craig tem em seu último filme do 007 – “Sem Tempo para Morrer (2021)” -, 50 anos. Logo, com um contrato mínimo de 10 anos, Idris Elba teria 60, complicando o próprio ator com suas quantitativas cenas de ação manuais.

O primeiro a informar o desejo da EON Productions, de escalar um ator jovem ao papel de James Bond, veio de Ross King, jornalista insider. Posteriormente, confirmado pelos produtores em entrevista à Variety.

A principal especulação – e, de certa forma, parte disso é muito verdadeiro – é que, basicamente, os produtores de Bond estão procurando por um ator mais jovem. Alguém provavelmente na casa dos 30 anos. No final do dia, querem alguém que será Bond para mais do que três filmes. Eles querem alguém que carregue essa coisa da mesma maneira que Daniel Craig fez.

Ross King em sua rede social

Por isso, alguns supostos candidatos acabaram descartados, incluindo Tom Hardy (Venom) e Sam Heughan (Outlander). Um novo escolhido pelo público seria Jacob Elerdi (Euphoria e Barraca do Beijo), ume vez que o ator está em alta em Hollywood, possui um físico característico para cenas de ação e tem somente 25 anos.

Outro que está em agrado pela massa popular – e até ganhou apoio de diretores – é o ator britânico Regé-Jean Page (Bridgerton). Os diretores de “Agente Oculto”, filme de ação da Netflix com Chris Evans e Ryan Gosling, Joe e Anthony Russo (Vingadores: Ultimato) gostariam de ver Regé substituindo Daniel Craig como 007, em entrevista ao Radio Times, afirmando que o ator possui “muita carisma” comparado a vários artistas de Hollywood.

Um grande movimento de atores interessados em serem vilões de James Bond nos cinemas teve um crescimento exponencial. Após Rami Malek (Bohemian Rhapsody) dar a vida ao vilão Safin, atores como Daniel Kaluuya (Corra!) e Jamie Campbell Bower (Stranger Things) expressaram publicamente suas vontades em atormentar Bond em futuros filmes de 007. Jamie disse em entrevista ao Happy Sad Confused e Kaluuya ao Yahoo!

Eu só não sei se eu gostaria de assistir minha versão de James Bond. Isso sou só eu. Sou só eu, eu digo, ‘Eu não quero assistir isso’. Mas eu gostaria de assistir um vilão. Eu faria isso. Acho que seria divertido.

Vou ser honesto: Estou atrás de James Bond. Não para interpretar Bond, mas para ser um vilão. E eu me lembro antes de Rami (Malek) ser escolhido (como Safin) no último filme, fiquei pensando, ‘Vou ser a primeira pessoa com menos de 30 anos a fazê-lo!’ e então ele apareceu e simplesmente acabou com minhas chances.

Daniel Kaluuya (primeiro parágrafo) ao Yahoo! e Jamie Campbell Bower (último parágrafo) ao podcast Happy Sad Confused

Houve apenas seis atores de Bond até hoje desde o primeiro filme do 007, “Dr. No”, em 1962: Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton, Brosnan e Craig.

“007: Sem Tempo Para Morrer”, a despedida de Craig, se tornou um dos principais sucessos do período da crise mundial de saúde, arrecadando US$ 774 milhões. Na trama, Bond deixou o serviço ativo e está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica. Seu período de paz é curto, pois seu velho amigo da CIA, Felix Leiter, aparece pedindo ajuda. A missão de resgatar um cientista raptado pode ser mais traiçoeira do que o esperado, levando Bond para a trilha de um misterioso vilão armado com uma tecnologia perigosa.

Enzo Sapio

Olá, Nerds da Galáxia! Sou Enzo Sapio, vida longa e próspera! Sou um estudante de jornalismo (até dezembro de 2023) completamente enlouquecido por cinema, sempre tentando ver alguma coisa nova por aí. Sim, sou marvete assumido, pai de gatos, gamer de Playstation e jogador de RPG nas horas vagas. Além disso, gosto de ler quadrinhos e falar sobre games, tecnologia, música (sou mais do rock) e de crushs pesados em famosas nas quais nunca conhecerei. Não tenho nenhum dinheiro no bolso, devido a periféricos gamers, funko pop’s e baldes/copos temáticos de alguma coisa nerdola. Ajude um necessitado e mete um pix… ou simplesmente compartilha minhas matérias! Obrigado!