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Morre Rainha Elizabeth II aos 96 anos

A Rainha Elizabeth II, denominada gentilmente de Rainha Mãe, morreu nesta quinta feira, 8, aos 96 anos de idade por causas naturais. Desde há alguns dias, a rainha estava com uma saúde debilitada, que levou Elizabeth II a não comparecer em eventos importantes, como o próprio Jubileu de Platina – comemoração esta que celebra os 70 anos de reinado.

Na comemoração, que se estendeu por 4 dias, a Rainha não cumpriu todas as tradições monárquicas pela dificuldade de mobilidade, em que teve que ser substituída pelo Príncipe Charles, que deve ser coroado o mais novo Rei do Reino Unido e de mais 15 países independentes já na sexta feira, 9, aos 74 anos. Camila, esposa de Charles e centro principal de um dos maiores escândalos da Família Real – sobre o envolvimento amoroso extraconjugal enquanto Charles estava com Diana -, será a Rainha Consorte. Depois de Charles, William será o futuro herdeiro do trono, fruto do casamento de Charles com a Princesa Diana.

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Imagem: Veja

Segundo o Palácio de Buckingham, a Rainha morreu “pacificamente” em sua casa de férias no Castelo de Balmoral, Escócia. Elizabeth II foi colocada sob supervisão médica desde manhã de quinta feira, 8, em que foi relatado uma severa preocupação dos médicos sobre o estado de Elizabeth. Todos os filhos da Rainha Mãe – Charles, Anne, Andrew e Edward– estiveram no Palácio e o Príncipe William, seu neto. O príncipe Harry, irmão de William e sua esposa – a ex-atriz Meghan Markle – estavam à caminho.

A BBC, principal emissora e canal de notícias da Familia Real tinha suspendido sua programação até às 18h, focando exclusivamente sobre notícias do estado de saúde da Rainha Elizabeth. O site até chegou a mudar de cor o seu layout – de vermelho a preto – e ter já adiantado ações da Operação London Bridge, especialmente criado para organização dos preparativos da morte da Rainha Elizabeth, como a mudança das vestimentas dos jornalistas e funcionários para a cor preta predominante.

A Trajetória e Marcas de Rainha Elizabeth II

Em 2 de junho de 1953, a Rainha Elizabeth 2ª foi coroada rainha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, aos 26 anos. Sua coroação chegou a ser transmitida ao vivo pela rádio e TV como uma forma de aproximar seus súditos e a realeza. Foi a primeira transmissão midiática de uma coroação da monarquia britânica da história, acompanhada por centenas de milhares de pessoas ao redor do mundo.

Ainda falando de marcas, como rainha no cenário pós-guerra, Rainha Elizabeth acompanhou a diluição do império britânico e consequente formação da Commonwealth, grupo de 53 nações que inclui diversas ex-colônias da Grã-Bretanha. Também, Rainha Elizabeth II viajou para diversos países, incluindo para a Alemanha em 1965, fato que entrou para a história após mais de 5 décadas que nenhum chefe de Estado visitava o país europeu; e para países do Oriente Médio, em que foi concebido uma aliança e parceria comercial na importação de petróleo.

Seu nascimento foi no dia 21 de abril de 1926. Ela era a filha mais velha do príncipe Albert, duque de York –à época o 2º na linha de sucessão do rei George 5º. No começo, não havia grandes expectativas de Elizabeth se juntar ao trono.

Porém, com a renúncia de seu tio, Rei Edward VIII, ao trono real para se casar com a norte-americana Wallis Simpson – similar ao que aconteceu com seu neto, Príncipe Harry, ao largar a sucessão real para ficar com a americana Meghan Markle após o não-apoio aos comentários racistas em tona do relacionamento -, o pai da Rainha Elizabeth, intitulado George V, foi coroado, assim fazendo com que a Rainha Elizabeth fosse a próxima da linha de sucessão.

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Imagem: Catraca Livre

Ainda princesa, aos 21 anos, se casou com o tenente da Marinha Real britânica Philip Mountbatten, em 20 de novembro de 1947. Em mais de 73 anos de casamento, Phillip desempenhou o papel de príncipe consorte –cargo que o predispôs a “braço direito” da rainha. A morte de Phillip foi confirmada pelo Palácio de Buckingham em 9 de abril de 2021, aos 99 anos. Juntos, tiveram 4 filhos –Charles, Anne, Andrew e Edward –, 8 netos –incluindo os príncipes Harry e William – e 12 bisnetos – entre eles, George, Charlotte e Louis, filhos de William, e Archie e Lilibeth, filhos de Harry.

A Rainha Elizabeth 2ª trabalhou com 15 primeiros-ministros britânicos, entre eles, os mais conhecidos foram Winston Churchill (1951-1955), que auxiliou Elizabeth no começo de sua carreira como Rainha do Reino Unido; e Margareth Thatcher (1979-1990), em que viveu um clima de estranheza nesses 11 anos. Atualmente, desde o dia 6 de setembro, Liz Truss foi eleita a mais nova Primeira-Ministra, depois de uma disputa entre 8 diplomatas.

O encontro entre a Rainha Elizabeth e Truss se deu no Castelo de Balmoral decido aos problemas de saúde e mobilidade da Rainha – foi a 1ª vez em 70 anos de reinado que Elizabeth recebeu um novo líder britânico fora do Palácio de Buckingham. Liz Trauss ficará no cargo até janeiro de 2025, período que ocorre as eleições britãnicas.

Rainha Elizabeth no Brasil

A Rainha Elizabeth II esteve uma única vez no Brasil, em novembro de 1968, também na sua 1ª viagem à América Latina. Em sua ida, se encontrou com o presidente Costa e Silva e fundou uma escola infantil em Brasília, de nome “Jardim de Infância”, 308 Sul. A Rainha Elizabeth conheceu todos os chefes de Estado do Brasil desde o período ditatorial até a democracia, tendo se encontrado mais vezes com Fernando Henrique Cardodo, somando 4 reuniões – e uma delas, acontecendo 5 meses antes de sua posse oficial. Celebridades brasileiras, como o jogador Pelé, o escritor Jorge Amado e a cantora Elza Soares, também tiveram a honra de conhecê-la pessoalmente.

Elizabeth II ficou 11 dias no Brasil. A viagem da Rainha Elizabeth, com então 42 anos e 16 de reinado, começou pelo Recife no dia 1º de novembro visitando o Palácio do Campos das Princesas, sede do governo pernambucano. À bordo da Britannia, iate da monarquia, passaram por Salvador, São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Campinas. Em Brasília, no 5 de novembro a rainha Elizabeth II fez um pronunciamento no Congresso Nacional, onde elogiou o prédio e agradeceu pela cortesia do povo brasileiro.

Em São Paulo, a rainha Elizabeth II e o príncipe Philip visitaram o Monumento do Ipiranga, Museu de Arte de São Paulo (MASP) e o icônico Edifício Itália. Em Campinas, conheceram o Instituto Agronômico e a Fazenda Santa Elisa.

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Imagem: Catraca Livre

Produções cinemtográficas da Família Real

Não somente pelo alto tempo de cargo que a Rainha Elizabeth se tornou um ícone popular. As produções cinematográficas envolvendo a Família Real contribuíram para a tal famosidade da Rainha Elizabeth. Confira as principais produções para homenagear a eterna Rainha Elizabeth.

  • Elizabeth: A Idade de Ouro (2007): Filme dirigido por Shekhar Kapur, vemos a atriz Cate Blanchett como uma Rainha Elizabeth I mais madura, no ano de 1585, já há quase três décadas no poder. Cate também fez outro filme, intitulado “Elizabeth”, de 1998, focado em sua irmã.
  • The Crown (2016 -): A série conta a história desde o início das atividades de Elizabeth II (Olivia Colman) no poder, após a morte do pai, chegando até os dias de hoje. Na quarta temporada, o destaque é a Princesa Diana (Emma Corrin) e toda a sua popularidade, trazendo também questões políticas com Margaret Thatcher (Gillian Anderson). Em sua quinta temporada, veremos a retratação da morte de Diana e os príncipes Charles e Harry e sua sexta – e última – temporada, tivemos a escalação dos atores que interpretarão o Príncipe William e sua esposa Kate Middleton – sendo os atores Ed McVey e Meg Bellamy, respectivamente.
  • The Tudors (2007 – 2010): A série retrata a história de Henrique VII, no século XVIII, desde quando ele ainda lutava para conquistar o assento mais desejado da Inglaterra até suas desventuras como rei.
  • Spencer (2022): Apesar dos sorrisos para as câmeras e da filantropia que praticava, na privacidade Lady Di tinha uma vida miserável, um casamento falido, sofria de bulimia e estava sozinha. Foi esse o tema do filme “Spencer”, que rendeu uma indicação a ‘Melhor Atriz’ no Oscar 2022 a Kristen Stewart, mergulhando de cabeça nas dores e sofrimentos mascarados pelo luxo e nobreza.
  • The Royal House of the Winsdor (2017): Com o auxílio de documentos históricos e depoimentos de pessoas importantes que já fizeram parte do governo britânico e do dia a dia do Palácio de Buckingham, esta série documental mostra como eles contornoram o sentimento antialemão e se desvencilharam da imagem de Nicolau II, o último grande czar russo, para não caírem com o restante da monarquia europeia no início do século XX e driblaram todas as grandes crises desde então, até os dias atuais, para ficarem exatamente onde estão.
  • Diana (2013): Neste filme biográfico que leva o nome da princesa, conferimos os momentos em que a jovem está prestes a se divorciar do Príncipe Charles, enfrentando a solidão de sua vida no palácio em meio aos compromissos beneficentes. A história ganha uma reviravolta quando ela conhece o médico Hasnat Khan (Naveen Andrews) e fica encantada por ele tratá-la como uma pessoa sem títulos reais. Naomi Watts interpreta a personagem título.
  • A Rainha (2006): A história de A Rainha se centra na repercussão da morte da princesa Diana, e mostra a dificuldade da rainha Elizabeth II em compreender a reação emocional do povo britânico. Ao lado do primeiro-ministro Tony Blair, que percebe a necessidade de reaproximar a família real da população. A atriz Helen Mirren chegou a ganhar o Oscar de Melhor Atriz em 2007.
  • O Discurso do Rei (2010): Ao ascender ao trono inglês, George VI (Colin Firth) debatia-se com um  trauma: ele era gago. Para superar o problema e entregar os tão frequentes discursos da realeza com mais facilidade, sua esposa Elizabeth (Helena Bonham Carter), contrata Logue (Geoffrey Rush), um fonoaudiólogo australiano. George adquire a segurança necessária para assumir a coroa, ao passo que uma grande amizade se desenvolve entre os dois homens. O filme venceu quatro categorias no Oscar de 2011, incluindo a de Melhor Filme
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Imagem: IGN

Créditos: Poder 360, CanalTech e Veja

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