INSTINTO MATERNO (2024) | Nova adaptação do livro de Barbara Abel é suspense psicológico bem leve que não exige do espectador
O instinto materno é considerado um impulso natural que leva as mães a criarem um forte vínculo com seus filhos, com o anseio de cuidar e proteger, para garantir a sobrevivência deles. Mas esse instinto sempre foi um assunto polêmico na sociedade, pois existem aqueles que acreditam que o instinto é real e inato, assim como há outros argumentam que ele é um mito socialmente construído.
Em “INSTINTO MATERNO”, a nova adaptação do livro homônimo de Barbara Abel, as atrizes Anne Hathaway (“Diabo Veste Prada”) e Jessica Chastain (“IT — Capítulo Dois”) colocarão à prova seus instintos maternos e sua amizade após um trágico acidente. O longa marca a estreia na direção do premiado diretor de fotografia Benoît Delhomme (“A Teoria de Tudo” e “No Portal da Eternidade”) e chegará aos cinemas brasileiros em 21 de março de 2024. Mas será que o resultado é positivo? Confira na opinião abaixo:
Nota: Está é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência ao assistir ao filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta e/ou uma resposta definitiva para a sua dúvida sobre assistir ou não à obra. Sempre priorize ver para estimular o trabalho dos realizadores e desenvolver sua formação de opinião. As informações contidas na crítica já foram apresentadas em sinopses e trailers.
Conforme a sinopse, “INSTINTO MATERNO” acompanha a vida, aparentemente perfeita, das amigas Alice (Jessica Chastain) e Céline (Anne Hathaway), que desmorona após um trágico acidente envolvendo um de seus filhos. O que começa como uma tragédia inimaginável acaba transformando a amizade entre elas em um jogo perigoso de segredos e mentiras. À medida que a culpa toma conta das famílias, a linha entre a maternidade e a obsessão se torna tênue, revelando o lado mais sombrio do instinto materno.
Durante as minhas opiniões sobre “Patos!”, a animação Illumination Entertainment, eu confessei que o longa se tornou uma grata surpresa para mim, pois havia criado preconceitos a seu respeito, chegando até questionar sua existência e algo semelhante aconteceu com “INSTINTO MATERNO”. A nova adaptação do livro escrito por Barbara Abel também foi uma surpresa para mim, só que de uma forma medíocre que proporciona algumas sensações conflitantes de um leve thriller psicológico “hitchcockiano”, bem superficial, com uma identidade fantasmagórica de um drama no estilo “anos 1960”.
As estrelas (e as produtoras) de “INSTINTO MATERNO”, Anne Hathaway e Jessica Chastain, foram as responsáveis pela entrada de Benoit Delhomme na direção e direção de fotografia do longa-metragem. Em sua maioria, o diretor consegue criar cenas impressionantes de tensão, sabendo utilizar ângulos e movimentos de câmeras sólidos com um ótimo teor “sessentista”, aproveitando bem a luz para imprimir sensações nos cenários caseiros, que se harmonizam com a história. E com a ajuda da edição, feita por Juliette Welfling (“Jogos Vorazes”), as cenas são montadas para impactar o público e dar ênfase as interpretações de suas atrizes principais.
Falando em interpretações em “INSTINTO MATERNO”, Hathaway e Chastain se entregaram de uma forma impecável à Celine e Alice, que lhe permitiram trabalhar com muitas nuances e conseguem construir uma química impressionante. Porém, Josh Charles, Anders Danielsen Lie e o restante do elenco, claramente, estão no piloto automático, onde não entregam nada além de caretas, entonação na voz e ações robóticas.
A autora da obra original, Barbara Abel, e a roteirista novata em longa-metragens, Sarah Conradt, escreveram um roteiro que sabe exatamente o que é e não tenta reinventar a roda. Permitindo “INSTINTO MATERNO” contar a história circunstancial entre Celine e Alice, com um forte protagonismo feminino em um grande drama entre suas famílias que segue a cartilha padrão de suspense psicológico. Porém, fora os desenvolvimentos de suas protagonistas, o roteiro se enfraquece e começa a demonstrar os seus problemas, como a linearidade da narrativa em ritmo lento (quase um sonífero), que impossibilita uma experiência de “altos-e-baixos” ou “Vaivém”, além de evitar o engajamento na história e atrapalhar a construção de clímax.
Não tem como negar que “INSTINTO MATERNO”, novo longa estrelado por Anne Hathaway e Jessica Chastain, é um filme “medíocre-para-bom”, tanto para os admiradores da obra original quanto para aqueles que vão assisti-lo somente por puro entretenimento. E por mais que não seja perfeito, falhando com a linearidade sonífera de sua narrativa e na construção de seu clímax. Porém, ele se beneficia com a direção de Delhomme e também com as atuações de suas protagonistas, permitindo que esqueçamos os defeitos para flutuarmos neste drama entre suas famílias que segue a cartilha padrão de suspense psicológico.
INSTINTO MATERNO estreia em 28 de março de 2024 nos cinemas brasileiros e caso você já tenha assistido, comente a sua opinião sobre o filme.
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Olá, viajantes! Meu nome é Fabrizio Galluzzi. Assim como vocês, viajei para Westeros até uma Galáxia Muito, Muito Distante. Conheci os Heróis Mais Poderosos da Terra e os Grandes Deuses Nórdicos e Gregos. Porém, no meu tempo livre sou um simples aluno universitário do curso de Rádio e TV, que ama muito ir ao cinema.
Instinto Materno
Instinto Materno acompanha a vida, aparentemente perfeita, das amigas Alice e Céline, que desmorona após um trágico acidente envolvendo um de seus filhos. O que começa como uma tragédia inimaginável acaba transformando a amizade entre elas em um jogo perigoso de segredos e mentiras. À medida que a culpa toma conta das famílias, a linha entre a maternidade e a obsessão se torna tênue, revelando o lado mais sombrio do instinto materno.