Megatubarão 2 (2023) – Vale a pena assistir esta obra com ação incessante e diálogos bregas?
Os filmes de criaturas marinhas assassinas têm sido um marco em Hollywood desde o enorme sucesso de “Tubarão” em 1975 e com isso houveram várias tentativas em superá-lo com inúmeras histórias sérias, trashs e comédias non-sense que conquistaram o cinema e também os corações de muitas pessoas. Em 2018, a Warner Bros. Pictures decidiu apostar em mais uma tentativa, só que dessa vez com a história do autor Steve Alten sobre ataques de um tubarão pré-histórico capaz de assombrar os mares: o Megalodonte.
O “Megatubarão” (2018), longa-metragem estrelado por Jason Statham dividiu opiniões da crítica especializada, conquistando a pontuação de 46% tanto no Rotten Tomatoes quanto no Metacritic. Porém o filme arrecadou US$ 530,2 milhões em bilheteria mundial com seu evidente charme de filme B e como o dinheiro sempre fala mais alto para a indústria cinematográfica, um segundo filme foi oficializado para ser lançado nesta quinta-feira (03 de agosto) com outra história de Jason Statham contra Megalodontes. Será que o resultado é positivo? Confira na crítica abaixo:
Nota: Está é uma crítica sem spoilers, a fim de não estragar sua experiência em assistir ao filme. A crítica consiste em uma opinião do escritor e não deve ser considerada absoluta ou uma resposta definitiva para a sua dúvida de assistir ao filme ou não. Sempre priorize ver para estimular o trabalho dos realizadores. As informações contidas na crítica já foram apresentadas em sinopses e trailers.
Conforme a sinopse de “Megatubarão 2” Jonas Taylor e sua equipe partem em uma nova exploração nas profundezas do oceano, mas são surpreendidos por uma operação de mineração ilegal que ameaça a jornada do grupo e os coloca, novamente, em uma batalha insana pela sobrevivência em meio a predadores colossais de sangue frio.
Uma das primeiras informações liberadas a respeito de “Megatubarão 2” foi, assim como seu antecessor, a de que o novo longa seria levemente inspirado na saga literária escrita por Steve Alten: “THE MEG”. O que, honestamente, não consigo dizer se foi uma boa decisão. Já que por mais que a nova história de Jonas Taylor contra as criaturas marinhas gigantes seja interessante e seja cheia de momentos trashs para atrair um certo público, quando a artificialidade grita na nossa cara, fica difícil conseguir comprar a ideia e aproveitar cada segundo de projeção. Sendo assim, o segundo “Megatubarão” chega com a expectativa de tentar repetir o sucesso do jeito que Hollywood adora: com mais do que deu certo no antecessor.
Ben Wheatley (‘Rebecca: A Mulher Inesquecível’) substitui o talentoso Jon Turteltaub (“A Lenda do Tesouro Perdido”) na direção em “Megatubarão 2” e entrega alguns momentos de terror, suspense e ação frenética em meio a cenas bem pensadas que conseguem compor sequências de tirar o fôlego com a composição artística do diretor de fotografia Haris Zambarloukos (“Belfast”) e a edição de Jonathan Amos (“Em Ritmo de Fuga”). A maioria das cenas utiliza uma série de ângulos e movimentos de câmera inventivos e sólidos, mas o que prejudica é o excesso de informações visuais na tela.
Os atores do elenco não estão muito operantes em “Megatubarão 2”, alguns não conseguem transmitir carisma ou empatia e outras emoções e sentimentos, como Wu Jing, Sophia Cai, Sergio Peris-Mencheta e Sienna Guillory ao não conseguirem entender o que os personagens precisam ser para essa história, exceto Jason Statham, Page Kennedy e Cliff Curtis que se entregaram à galhofa de uma forma impecável e certamente estão se divertindo, demonstrando empenho em manter a franquia viva. Mesmo que para isso eles tenham que proclamar diálogos mais cafonas e bregas possíveis.
Os roteiristas do primeiro “Megatubarão”, Dean Georgaris, Jon Hoeber e Erich Hoeber, retornam para escrever um roteiro que continue a jornada de Jonas Taylor bem como na filosofia de sequências, com “quanto mais, melhor“, além de muita inspiração e homenagem aos demais filmes de criaturas marinhas assassinas para aproveitar todos os cenários possíveis desta aventura.
Porém, acontece que para imaginar uma história circunstancial em torno do “Jason Statham contra Megalodontes” em “Megatubarão 2”, o filme não consegue uma boa coesão e toma rumos facilitados com sequências que aparentam ser gratuitas e sem explicação em meio a um humor falho, se tornando um cruzamento estranho entre “Jurassic World“ e “Velozes e Furiosos“ que prefere focar em espetáculo visual do que criar algo minimamente profundo, especialmente quando combinado com a sua incapacidade de dialogar com o público por meio de seções sobre causas ambientalistas e vingança pessoal que não são exploradas, e não se encaixam, ao ponto de servirem para preencher espaço com embromação e atrapalhar a trama principal.
Não tem como negar que “Megatubarão 2”, novo longa-metragem estrelado por Jason Statham, responde à pergunta do título de forma bem curiosa e posso até falar que bem otimista, sendo um bom filme para os admiradores da temática de criaturas marinhas assassinas e um filme ruim para aqueles que vão assisti-lo somente por puro entretenimento. E por mais que não seja perfeito, – falha ao ter um roteiro mal escrito, ele se beneficia com a direção competente de Ben Wheatley e atuações empenhadas de Jason Statham, Page Kennedy e Cliff Curtis. São 1h 56m de puro “Jason Statham contra Megalodontes”, quem ama esse tipo de filme vai amar este aqui e quem odeia… já sabe, né?
.
“Megatubarão 2” estreia nesta quinta-feira, 03 de agosto, nos cinemas brasileiros e caso você já tenha assistido, comente a sua opinião sobre o filme.
CONFIRA OUTRAS CRÍTICAS DO NERDS DA GALÁXIA
SIGA A NERDS DA GALÁXIA
Facebook Twitter Instagram YouTube Pinterest
Olá, viajantes! Meu nome é Fabrizio Galluzzi. Assim como vocês, viajei para Westeros até uma Galáxia Muito, Muito Distante. Conheci os Heróis Mais Poderosos da Terra e os Grandes Deuses Nórdicos e Gregos. Porém, no meu tempo livre sou um simples aluno universitário do curso de Rádio e TV, que ama muito ir ao cinema.
Megatubarão 2
O longa acompanha Jonas Taylor e sua equipe partem em uma nova exploração nas profundezas do oceano, mas são surpreendidos por uma operação de mineração ilegal que ameaça a jornada do grupo e os coloca, novamente, em uma batalha insana pela sobrevivência em meio a predadores colossais de sangue frio.