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SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake | REVIEW

SpongeBob SquarePants: Battle for Bikini Bottom – Rehydrated chegou em 2020, sendo um remake do jogo de PlayStation 2, dando uma repaginada no visual e na jogabilidade. Um jogo de plataforma simples, nostálgico e divertido, que mostrou que os jogos da era PS2 ainda tem um molde que cabe nos dias de hoje. Não é nem preciso falar que o jogo foi um sucesso, não é?

Devido a esse sucesso, três anos após o remake e vinte anos depois do jogo original, chega aos consoles e PC SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake, sequência do jogo que divertiu tantos pessoas na infância e novamente a poucos anos atrás. Mas essa sequência é tão divertida quanta? Inova em alguma coisa na franquia? Vale a pena o dinheiro gasto? É o que vamos discutir!

Então vamos voltar ao início! SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake é um jogo de plataforma 3D, desenvolvido pela Purple Lamp Studios e publicado pela THQ Nordic para Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows, ainda sem ter versões para os consoles de nova geração.

Como o próprio nome diz, no jogo, nos controlamos o Bo Esponja, um dos personagens animados mais carismáticos e conhecidos do mundo, tendo um programa que faz sucesso até hoje tendo sido lançado em 1999. Só por ter esse personagem, já é um jogo que tem um grande chamariz né? Mas infelizmente hoje em dia, nem um personagem grande como esse consegue ser um sucesso garantido.

Apesar de estar presente em provavelmente mais de uma geração, o Bob Esponja é mais comumente relacionado com conteúdos infantis, e quando se fala em conteúdos infantis no mundo dos games, quase sempre é relacionado a um baixo orçamento, salvo algumas exceções como por exemplo o Mario.

Nesse caso, não é diferente. SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake é um jogo infantil num universo que é quase que totalmente dominado por adultos. Mas apesar disso, é possível alcançar o sucesso mesmo sendo um jogo assim, novamente cito o Mario que é o exemplo perfeito para esse caso.

Tudo depende da qualidade do jogo. E isso vai além do âmbito de jogos infantis, como por exemplo, existem muitos jogos indies com baixo orçamento que são melhores que muitos jogos AAA. Mas falando especificamente de SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake, ele é um jogo bom?

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Do que se trata o jogo?

Posso dizer com propriedade que sim, SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake é um jogo muito bom, muito divertido, mas que possui algumas ressalvas. Falando em termos de enredo, nos foi disponibilizado oficialmente a seguinte sinopse:

“A esponja favorita de todo mundo está de volta, mais esponjosa do que nunca neste jogo de plataformas mais desejado que a fórmula secreto do hambúrguer de siri.

Bob Esponja e seu melhor amigo, Patrick, estão prontos para armar ainda mais confusão quando sem querer tomam posse das lágrimas de sereia, capazes de realizar desejos. É mais um dia comum no fundo do mar, apenas dessa vez Patrick é um balão de ar sem nenhum pensamento útil na cabeça vazia dele (pois é, nada muito diferente do habitual).

A estrutura que mantém o universo coeso pode se desfazer, abrindo portais para Wishworlds cheios de cavaleiros, caubóis, piratas e lesmas pré-históricas. Mas Bob Esponja tem ao seu dispor mais de 30 trajes, como SnailBob e SpongeGear, e uma trilha sonora com 101 canções da série, incluindo “Sweet Victory”.

O que poderia dar errado?”

Como é possível perceber, a história é bem simples, servindo basicamente como um pano de fundo que possibilita uma ampla variedade de cenários, e isso é muito legal pois nos possibilita visitar mundos totalmente diferentes. Temos a famosa Fenda do Biquini que serve como um mundo central ou hub, e por meio dele podemos ter acesso a outros sete mundos, cada um com um tema específico.

O legal de ter essa variedade é que fica mais difícil os cenários se tornarem repetitivos, coisa que senti jogando o remake a algum tempo atrás. Além de termos diferentes cenários, as fantasias utilizadas pelo Bob Esponja e por outros personagens da franquia também mudam totalmente, as vezes até mesmo o modo de fala.

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Falando em modo de fala, um dos pontos mais altos do jogo é a presença de dublagem regional com os dubladores originais, que aqui no Brasil é o Wendel Bezerra no caso do Bob Esponja. A nostalgia é muito grande apenas por ter o personagem visualmente, mas tendo também a voz original que ouvimos na nossa infância, se torna ainda mais especial. Visualmente o jogo é bem bonito, mas muito simples.

É uma evolução gráfica em relação ao remake, mas não é nada que encha os olhos. Porém, também não é nada que incomode. A parte sonora também é bem decente

Agora falando da gameplay…

Sendo um jogo de plataforma, tem algumas características que quase todos os jogos possuem, e aqui não é diferente. Controlando o Bob Esponja, podemos pular, dar pulo duplo, golpear, desviar de golpes e etc. Até aí, nada além do normal né? Mas o legal é que do inicio ao fim, novas mecânicas são acrescentadas, assim como alguns tipos de gameplay diferentes e mini games.

Isso dá uma sensação de sempre ter uma coisa nova, renovando sempre a experiência. Outra coisa que varia bastante no decorrer do jogo são os obstáculos e inimigos que encontramos no decorrer do jogo. Temos inimigos específicos para fases específicas, assim como tipos de obstáculos específicos novamente para fases específicas. Alguns novos elementos são incorporados permanentemente, e isso gera algumas combinações variadas que deixa a experiência mais rica.

Temos também uma grande variedade de inimigos, com formatos, tamanhos e habilidades diferentes. Alguns deles bem criativos, e o mais importante, que requerem estratégias diferentes para serem derrotados. Além de deixar a jogabilidade bem variada, também acrescenta uma camada de desafio bem maneira.

spongebob cosmic shake

Afinal de contas, vale a pena?

Bom, já deixei claro que o jogo tem muitos pontos positivos né? Mas também citei que havia algumas ressalvas, e bom, nenhum jogo é perfeito. Mas até os pontos negativos mínimos em relação ao jogo, sendo basicamente resumido em questões técnicas e um pouco de preciosismo da minha parte.

Falei acima que a falta de orçamento é algo recorrente nesses tipos de jogos e essa é um dos pontos que me incomodaram no jogo. Não é que o jogo seja ruim de alguma forma por conta disso, mas me pareceu inacabado em alguns momentos. Algumas animações são finalizadas de forma abrupta, assim como alguns momentos é perceptível que um efeitinho a mais faria uma grande diferença prática.

É perceptível também isso em relação a mixagem de áudio, onde é possível perceber que as dublagens de diferentes personagens foram feitas em ambientes diferentes e com retorno sonoro diferente também. Além de que as frases também sofrem com os cortes abruptos. Essas coisas me incomodaram bastante inicialmente mas depois de um tempo acabei me acostumando.

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Mas um problema que não deu pra acostumar foram as constantes quedas de frames que ocorreram no jogo, e que aumentaram exponencialmente no decorrer do jogo. Como já dito, o jogo sai apenas para a geração anterior e joguei no PlayStation 5, que na teoria tem uma vantagem técnica em relação ao console para o qual ele foi projetado. Foram muitas travadas no decorrer do jogo, e isso de fato incomodou bastante, além de que tive um crash, mas nesse caso é até aceitável.

Novamente, é óbvio que o jogo não é perfeito, mas visto que os problemas do jogo são apenas relacionados a questões técnicas que podem ser corrigidas num possível update no lançamento, considero que seja um jogo muito competente. É divertido, bonitinho e que ainda tem um grande fator replay. Se você está nesta análise com dúvida se vale investir seu dinheiro nesse jogo, na minha opinião, acredito que vale sim muito a pena!

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SpongeBob SquarePants: The Cosmic Shake

8.5

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