Desde já, deixo claro que não sou o maior conhecedor de jogos MMO, mas desde a primeira vez que entrei no jogo, senti um forte sentimento de nostalgia e até mesmo fiquei impressionado com algumas qualidades, mas vamos por partes.
Lost Ark, como já dito, se trata de um MMORPG desenvolvido pela Smilegate, Tripod Studio, Smilegate RPG, Smilegate Entertainment e distribuído pela Amazon Game Studios. O jogo estava previsto para lançar no dia 11 de fevereiro, mas sofreu um adiamento para o dia 13 do mesmo mês.
Recebemos acesso antecipado ao jogo por meio do pacote Founder’s Pack, que também garante aos jogadores um inventário cheio de itens exclusivos que vão ser muito úteis no mundo perigoso de Arkesia. O primeiro fator que chamou atenção ao iniciar o jogo pela primeira vez é a qualidade que encontrei, principalmente pelo fato de ser um jogo free-to-play.
Ao iniciar o jogo pela primeira vez, me impressionei por conta do visual do jogo, principalmente rondando com todas as especificações no máximo. Algo que não foi muito difícil diga-se de passagem. Foi possível rodar o jogo com o máximo desempenho em uma máquina com 8Gb de RAM e com a placa de vídeo GTX 1060. É claro que, em relação a resolução, pode variar bastante.
Mas voltando ao visual, os cenários iniciais, mais fechados, possuíam um nível de detalhamento muito grande e eram muito bonitos visualmente, algo que acabou perdendo um pouco o brilho com o decorrer do jogo, mas é algo que já era esperado.
O visual dos personagens também impressiona, tanto pelos modelos quanto pelas animações presentes no jogo. Os personagens possuem uma estética bem “oriental” como costuma ser nesse tipo de jogo, pois fazem bastante sucesso lá do outro lado do mundo. É possível ainda personalizar seu personagem. Não são personalizações muito complexas, mas suficientes para passar para o personagem uma personalidade.
Mas antes mesmo de partirmos para essa parte de seleção de personagens, devemos selecionar o servidor que queremos utilizar. Para minha surpresa (e alegria), havia dois servidores localizados na América do Sul, algo que é de suma importância para jogos desse gênero.
Porém, uma coisa simples, mas muito importante faltou nesse jogo: localização em português do Brasil. Existe uma boa variedade de idiomas presentes no jogo, mas português não um deles, como infelizmente ocorre nesses jogos que tem um foco grande no público oriental. O que é uma pena pois muita gente aqui no país vai deixar de aproveitar o que o jogo tem a oferecer, principalmente pelo fato de o jogo ser um RPG, ou seja, é um jogo com muito conteúdo e muitos diálogos. Realmente, uma pena.
Falando novamente dos personagens, é possível ter até 6 personagens por servidor. Ao criar um personagem, temos a opção de selecionar a classe desejada, que é dividida em: Warrior, Mage, Martial Artist (Male / Female), Gunner (Male / Female) e Assassin. Cada uma das classes tem um tipo de armamento diferente, um visual diferenciado e um ponto muito importante: um nível de dificuldade para cada um deles. Além disso, ao selecionar a classe do personagem, posteriormente ainda selecionamos qual variação de arma queremos utilizar.
Como o jogo funciona?
Para aqueles que estão familiarizados com o gênero do jogo, ou até mesmo aqueles que jogam jogos como MOBA, é bem simples de entender como funciona o básico do jogo. Podemos jogá-lo tanto com mouse e teclado quanto com o Xbox Controller, porém, recomendo utilizar o teclado pois existe uma quantidade grande de interações possíveis para se fazer no jogo e uma quantidade baixa de botões no controle, o que acaba criando a necessidade de realizar “combos” para ações simples no jogo, o que pode ficar bem confuso.
Controlamos os personagens com o mouse, o bom e velho point and click. No caso dos controles, os personagens são controlados pelo analógico esquerdo, enquanto o direito serve para controlar o ponteiro do mouse. Quando entramos em combate, tudo é resolvido de forma simples e prática pressionando algumas teclas no mouse. Listamos algumas mais básicas abaixo, que servem tanto para momentos de combate como para momentos fora da ação:
- C – Ao pressionar a tecla C, realizamos o ataque mais simples;
- Q, W, E, R, A, S, D, F – Ao pressionar as teclas descritas, realizamos alguns ataques mais complexos, aqui chamados de Combat Skills. Uma coisa interessante é que, conforme evoluímos os personagens, liberamos novas habilidades. Podemos criar setups com diferentes disposições de Combat Skills que podemos alterar conforme a nossa necessidade. Porém, não é um número muito grande e caso queira liberar mais, será necessário comprar o slot;
- I – Por meio da tecla I, podemos abrir o nosso inventário. Bem intuitivo, né?
- Tab ou M – As teclas Tab ou M servem igualmente para abrir o mapa;
- Space – a tecla space tem como função, das pequenos dashs com o personagem, que serve tanto para dar uma acelerada na corrida como para fugir de alguns momentos perigosos;
- G – é talvez a tecla mais utilizada no jogo pois é com ela que realizamos grande parte das interações no jogo.
Assim como as teclas descritas acima, existe uma grande variedade de outras teclas com diversas outras funções. É um jogo bem complexo, são tantas ações que podemos realizar que é bem fácil ficar perdido nas primeiras jogatinas. Mas relaxa que com o tempo, tudo começa a ficar bem mais dinâmico e intuitivo.
Ao terminar as missões introdutórias, finalmente somos soltos para explorar Arkesia, e o primeiro lugar que visitamos é Primeholder. Esse é o local onde encontramos a maioria dos NPCs, onde encontramos lojas e coisas do tipo e onde teremos uma grande quantidade de quests para aceitar. É nele também que encontramos o maior número de players.
Ele também é o ponto de partida para explorarmos o restante dos cenários. O mapa do jogo é dividido em grandes segmentos de mapa, chamados de cenários (duh!) e as missões costumam ficar destacadas no mapa.
Olhando pelo mapa, os cenários podem parecer um pouco pequenos, mas na prática, é necessário um bom tempo para cruzar cada um deles. E é por isso que se dá a importância de se ter montarias, pois elas diminuem o tempo gasto para atravessar os cenários. Outra maneira de encurtar o tempo de travessia é por meio de portais de teletransporte, porém, para utilizar o mesmo, é necessário gastar algumas moedas.
Ao percorrer o mapa, encontramos uma grande variedade de NPCs inimigos que podem estar tanto sozinhos como em grupos. Cada um deles tem seu próprio nível de agressividade, o que faz alguns inimigos simplesmente te ignorarem enquanto não se sentirem ameaçados, enquanto outros partem para o ataque com um mínimo de proximidade.
Outros players que estiverem ao redor podem participar das batalhas que estiver travando em tempo real, ou apenas podem ignorar. A propósito, surgem algumas missões aleatórias no mapa, no qual o objetivo é derrotar os inimigos de determinada região, e da qual os players que estiverem próximos da região podem se unir para cumprir.
Uma última coisa relacionada as missões que realizamos, em especifico as missões de história mais fechadas, é que a câmera se enquadra em alguns momentos de forma bem criativa, principalmente levando em consideração o tipo de visão que temos no jogo. Essas cenas se tornam simplesmente muito bonitas apesar de simples. O jogo em si é bonito dada as devidas proporções, e é possível admirar ainda melhor essa beleza pelo modo foto que está incluso no jogo.
Desvende os segredos de Arkesia em busca das Akrs perdidas
Como é de costume em RPG, o foco na história é muito importante pois é ela que move o jogo e isso não poderia ser diferente em Lost Ark. O mundo de Arkesia tem uma história bem interessante e tentarei passar alguns pequenos detalhes sem que a sua experiência seja comprometida. Curioso? Então vamos lá!
É um jogo com um grande foco na história, porém, cada um dos jogadores ao redor do mundo possui um personagem central na história. Por conta desse fato, o personagem principal, que criamos, acaba não tendo uma profundidade muito grande. Nós somos chamados simplesmente de aventureiros e estamos atrás de uma coisa, consegue chutar o que?
Exatamente, estamos atrás da Ark perdida e no decorrer dessa jornada, conhecemos diversos personagens que vão nos ajudar e outros que vão tentar nos impedir de cumprir nosso objetivo. Recomendo que preste atenção com alguns personagens, pois alguns deles podem ser um pouco traiçoeiros.
A nossa história é simples (inicialmente), porém a história do mundo de Arkesia tem uma profundidade maior. No passado, Akesia foi invadida por demônios que travaram uma guerra com os habitantes dela. Sendo criaturas muitos mais fortes, os demônios quase a destruíram por inteiro, porém, um grupo de sete corajosos heróis, chamados de Sidereals, encontraram uma Ark e por meio dela, conseguiram derrotar os demônios e deram um fim à guerra.
Rumores de uma nova invasão surge e bom… Acho que é isso que poderei dizer para não estragar muito a experiência. Por ser um jogo gratuito e que não demanda muito poder para rodar nos PCs, recomendo a você se aventurar por Arkesia e seguir a jornada em busca da Lost Ark. Garanto que terá dezenas, se não centenas, de horas de diversão.
- Desenvolvedora: Smilegate RPG, Amazon Game Studios
- Plataforma: PC via Steam
- Plataforma de Teste: PC
- Data de Lançamento Inicial: 11 de fevereiro de 2022
*Key de acesso antecipado recebida gratuitamente para review
SIGA A NERDS DA GALÁXIA
Grapfic design is my passion.