O novo capítulo da franquia Streets of Rage traz um visual primoroso, uma gameplay viciante e um novo patamar para os jogos beat’em up
Streets of Rage 4 é o mais recente capítulo da franquia que está na geladeira desde 1994. Com a missão de trazer novamente a qualidade que a franquia tinha e que perdeu no seu terceiro capítulo, mas será que ele cumpre essa missão? Bom, a resposta você já viu acima. Não há uma palavra que melhor defina esse jogo do que primoroso.
Desenvolvido pela Lizardcube e Guard Crush Games, publicado pela DotEmu em parceria com a SEGA, Streets of Rage 4 foi anunciado em 2018 e lançado no dia 30 de abril de 2020. Seu anúncio pegou muita gente de surpresa pois como foi dito anteriormente, a franquia estava parada a 27 anos. O terceiro jogo tinha sido muito abaixo em comparação com os anteriores, o que não rendeu a ele uma sequência por muito tempo, mas agora ela já está a um tempo entre nós.
Streets of Rage 4 é um beat ’em-up de rolagem lateral no qual os jogadores lutam contra ondas de inimigos usando uma série de ataques e movimentos especiais. As mecânicas são bem simples, e isso está diretamente ligado com o estilo de jogo. Nele o jogador pode andar, socar, agarrar, usar um golpe mais poderoso, mas que drena a vida do personagem e usar um golpe especial que gera uma animação bem bacana.
Inicialmente são 4 os personagens disponíveis, Axel Stone, Blaze Fielding, personagens recorrentes na franquia, ao lado de dois novos personagens, a filha de Adam, Cherry, e um aprendiz musculoso, melhorado ciberneticamente, do Dr. Gilbert Zan, chamado Floyd Iraia. Com o decorrer do jogo, mais um personagem é liberado para controlar, esse que também é bem recorrente na franquia.
Cada personagem possui golpes e jogabilidade totalmente diferente entre si, sendo totalmente diferente o modo de jogar com cada um deles, o que dá uma boa variada na gameplay. Mas existem outros fatores que fazem com que o jogo não seja nem um pouco repetitivo.
Os cenários são totalmente diferentes, o que será comentado mais a frente na review. Só que essa diferença não se faz apenas na parte visual. Os cenários afetam a gameplay de forma diferente a cada fase. Por exemplo, em determinada fase existem tubos que soltam gases venenosos, em outra fase, placas vem em direção aos personagens os forçando a pular para que não recebam danos.
Os inimigos são outro fator que impedem a sensação de repetição no jogo. A cada nova fase, um ou mais novos tipos de inimigos aparecem, que possuem aparência diferente, assim como seus golpes, o que exige estratégias diferentes para derrotar cada um deles. Além disso, cada tipo de inimigo possui alguns tipos de variações, que mudam um pouco os golpes, suas animações e é claro, a potência do golpe.
Tudo no quesito gameplay é variado, exceto a estrutura dele. Nelas, o jogador controla o personagem na fase, que é sempre para frente, enfrenta algumas hordas de inimigos, até que surge um mini boss. Passando desse inimigo, o personagem enfrenta mais algumas hordas de inimigos, até que enfrenta um boss e após ele, a fase termina. Claro, em alguns momentos essa estrutura é mudada, como por exemplo, os mini-bosses começam a aparecer em número maior no decorrer do jogo, para aumentar o desafio conforme o jogo decorre, e as vezes existem mais de um boss, que são enfrentados simultaneamente.
Uma pequena curiosidade que quero destacar é a diferença que tem em jogar com o teclado e com o joystick. A diferença é imensa, sendo muito mais dinâmico jogar com joystick, então, aqui fica a dica.
Agora a parte final dessa review é a que chamou mais a minha atenção nessa análise. Claro, a gameplay do jogo é muito divertida, gostosa de se jogar, viciante e variada, ainda mais com os seus diversos níveis de dificuldade, mas o que saltou mesmo aos meus olhos foi a sua parte visual.
O visual dos cenários parece ser desenhado a mão, com muitos detalhes para todos os lados que você olhar. Não são cenários fixos, havendo sempre alguma movimentação no cenário, deixando-o menos cansativo. E uma coisa que faz total diferença são os efeitos de iluminação. Não é nenhum efeito de outro mundo, mas é tão bem utilizado que parece ser. A maneira que ele reflete no próprio cenário e até mesmo nos personagens é muito bem-feito.
O traço do jogo é bem diferenciado, como dito anteriormente, parece ter sido feito a mão, mas isso não faz ele ter a sensação de estático. Os personagens são igualmente bem trabalhados, possuindo um leque de animações bem distintos entre si, assim como as suas características visuais.
Cada cenário, além de muito bem desenhado, é totalmente diferente entre cada fase, totalmente diferente mesmo. É um jogo que está em 2D, mas a quantidade de detalhes que podem ser vistos nos cenários e personagens me faz pensar que talvez na realidade seja em 3D. Penso isso pois está tão bem-feito que me parece ser impossível de ser feito diretamente em duas dimensões, mas digo isso sem nenhuma propriedade sobre o assunto.
É um jogo bem curto, sendo possível zerar em até quatro horas, porém, tem um alto fator replay, ainda mais sendo jogado com os amigos. É possível jogar em dupla online e em até quatro jogadores offline, sendo livre para escolher o nível de dificuldade desejado. E após zerar o jogo pela primeira vez, é possível selecionar a fases que quiser jogar. Sendo disponível para os jogadores um total de 11 fases.
Uma última coisa que vale a pena destacar é que o jogo se encontra totalmente localizado no nosso idioma. Todas as impressões que o jogo passou são totalmente positivas, o que é raro acontecer hoje em dia. Não existe um ponto negativo que tenha reparado além de seu enredo que é bem simples, mas seu foco é a gameplay, então não chega a incomodar. Fica a indicação para aqueles que não jogaram. É um jogo muito bom e que vale a pena ser investido.
Streets of Rage está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch, Microsoft Windows, macOS, Linux, Mac OS.
*Key cedida para análise
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